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Publicada em 28 de Março de 2019 às 15:23

Mais do que uma massa de meios de comunicação

Liana Bazanela

Liana Bazanela

CELSO CHITOLINA/DIVULGAÇÃO/JC
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Adotei a definição de que tecnologia é tudo aquilo que quando eu nasci não existia. Assim, podemos dizer que a percepção desse conceito é único para cada um de nós. Quando ela passa a fazer parte do cotidiano vira default e incorporamos à vida naturalmente, não é mesmo?
Adotei a definição de que tecnologia é tudo aquilo que quando eu nasci não existia. Assim, podemos dizer que a percepção desse conceito é único para cada um de nós. Quando ela passa a fazer parte do cotidiano vira default e incorporamos à vida naturalmente, não é mesmo?
Ferramentas, processos e relações mudam cada vez mais rápido e exigem um olhar diferente sobre nossa realidade. Aceitar que é necessário uma adaptação constante na velocidade dos avanços tecnológicos, para muitos, não é fácil. É preciso perceber o seu próprio delay, reconhecendo que seu conhecimento pode ser obsoleto.
No mercado publicitário não é diferente. Nunca a possibilidade de se aproximar dos consumidores foi tão grande. Eles estão "de plantão", interagindo e exigindo uma relação mais próxima e particular com as marcas. Não importa o que você faça, seu negócio precisa se relacionar com as pessoas, produzir conteúdo e engajar os clientes. A era pós-digital provocou transformações de comportamento.
Algumas empresas e profissionais de comunicação demoraram para aceitar a nova realidade e perderam o timing. Mas a transformação aconteceu e o mercado mudou. O poder que antes era centralizado nos meios de comunicação de massa hoje é diluído em uma massa de meios de comunicação.
Há uma explosão de novas mídias, novos formatos e tudo é pulverizado. Muitas ferramentas estão disponíveis de forma gratuita e capazes de atingir milhões de pessoas instantaneamente. Mas, será que são eficientes?
A verdade é que uma coisa não exclui a outra. Cada meio tem o seu papel e objetivo. Se por um lado conseguimos alcance e impacto com meios tradicionais, por outro, engajamos as pessoas com meios dirigidos e segmentados. Cada vez mais, é preciso habilidade técnica para administrar tudo isso de forma estratégica e coerente.
A propaganda nasceu para estimular o consumo e incentivar as vendas. Atualmente, ela evoluiu, e a comunicação vai muito além. Para ter valor, é preciso construir imagem em todos os pontos de contato, trabalhando de forma transparente, próxima e interativa. As marcas ganharam vida e agora se comportam praticamente como uma pessoa. Existe uma humanização das relações, que deve levar em consideração os valores, as crenças e a essência da empresa. Não podemos esquecer que as pessoas se conectam primeiro com as pessoas, depois com as marcas. E o segredo para ter sucesso é ter consistência: no discurso, no atendimento e no relacionamento.
A verdade é que a administração do trabalho de comunicação para manter a personalidade de uma marca, mesmo com todos os recursos de dados e ferramentas que a tecnologia proporciona, tornou-se muito mais complexa. E isso exige espírito empreendedor, capacidade de adaptação e mente de aprendiz. Quem não entendeu isso, virou história.

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