Contrariando expectativas de prefeitos e setores da economia, o Estado segue com bandeira preta em todas as 21 regiões do distanciamento controlado. É a nona semana consecutiva nessa condição, que indica risco altíssimo de contaminação pela Covid-19. O mapa é definitivo e tem vigência até o dia 3 de maio. De acordo com o governo gaúcho, como todas as regiões estão em cogestão, podem ser adotados protocolos de bandeira vermelha.
Nesta rodada, houve melhora, na média estadual, no número de internados por Covid-19 em leitos clínicos (-12%) e em UTIs (-10%). Já o número de registros de óbitos reduziu 24% em relação à semana passada. Mesmo assim, o Estado ficou na bandeira preta devido à trava de segurança do modelo, que coloca as regiões nessa cor mesmo que alguma tenha ficado com a média mais baixa. A salvaguarda da bandeira preta é acionada quando a relação entre leitos de UTI livres e ocupados por pacientes de Covid-19 baixa de 0,35. Nesta rodada, o índice ficou em 0,25.
"Os leitos de UTI SUS estão com 82% de ocupação e os leitos privados, mais de 95%. Ainda é um indicador alto e, por isso, as pessoas precisam ajudar cumprindo protocolos, denunciando casos de aglomerações e descumprimento de regras pelo disque denúncia", afirmou o governador Eduardo Leite em transmissão pela internet.
Esses foram os motivos, explicou o governador, para que a trava de segurança fosse mantida. "Embora a situação esteja melhorando, não está confortável", disse. Com uma média de ocupação de leitos de UTI de 85,5%, o Estado tem 2.010 pacientes suspeitos e confirmados com Covid-19 em unidades de terapia intensiva, mais do que o dobro do registrado em 9 de fevereiro, no pico da pandemia.