O primeiro trimestre do ano foi positivo para os supermercados brasileiros, que registraram crescimento real – deflacionado pelo IPCA/IBGE - de 0,42% em relação ao mesmo período de 2018. No mês de março, as vendas cresceram 11,15% em relação a fevereiro, apresentando queda de 3,24% na comparação com o mesmo mês do ano anterior.
De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), João Sanzovo Neto, o resultado acumulado foi devido ao fator "efeito Páscoa", que concentra vendas no mês de março, o que mudou neste ano, pois a data foi comemorada na segunda quinzena de abril.
Sobre a comparação mensal, o presidente destaca que março conta com três dias a mais que fevereiro, o que justifica o resultado positivo. Apesar disso, as vendas teriam ficado aquém do esperado pela Abras.
Em março, a cesta de produtos Abrasmercado (cesta composta por 35 produtos mais consumidos nos supermercados: alimentos, incluindo cerveja e refrigerante, higiene, beleza e limpeza doméstica), pesquisada pela GfK e analisada pelo Departamento de Economia e Pesquisa da Abras, registrou alta de 1,39%, passando de R$ 475,44 para R$ 482,07. No acumulado dos últimos 12 meses (março 2019/março2018), a cesta apresentou crescimento de 9,85%.
As maiores quedas de preço no mês de março, em relação a fevereiro, foram registradas nos produtos: pernil (-2,65%), leite em pó integral (-2,51%), extrato de tomate (-1,85%) e queijo mussarela (-1,55%). Enquanto isso, as principais altas foram observadas nos itens: tomate (26,76%), batata (13,86%), feijão (8,03%) e cebola (6,83%).
Rio Grande do Sul tem cesta mais cara
Todas as regiões brasileiras apresentaram alta nos preços da cesta Abrasmercado no mês de março. A maior variação foi observada na Região Norte, 2,24%, chegando a R$ 516,68, e a menor variação da cesta foi registrado na Região Sul (0,40%).