A deputada estadual Manuela d'Ávila (PCdoB) admitiu abrir mão de sua pré-candidatura à presidênciada República em nome de uma união de partidos de esquerda já no primeiro turno das eleições presidenciais. Ela condiciona o posicionamento, no entanto, a um gesto do PT, que mantém a pré-candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula Silva mesmo com o petista preso e condenado na Lava Jato, do PDT, que lançou o ex-ministro Ciro Gomes na corrida, e do PSOL, cujo pré-candidato é Guilherme Boulos.
Para Manuela, o PCdoB não é um obstáculo à união das esquerdas, mas o partido não abriria mão de seu nome se as outras legendas do campo não fizessem o mesmo em torno de um único projeto. "Nós já fizemos o gesto. Se eu não for candidata, os outros três se entendem para nós estarmos unidos? Os outros três têm essa disposição? Eu não sou óbice", disse.
Na semana passada, o líder do PCdoB na Câmara, deputado Orlando Silva (PCdoB), defendeu que os partidos de esquerda se juntem em torno de um único nome se houver o risco de nenhuma das candidaturas do campo chegar ao segundo turno das eleições presidenciais.
O partido avalia apoiar outro nome, como o de Ciro Gomes, e lançar Manuela d'Ávila ao governo do Rio Grande do Sul. Atualmente, o nome do partido para o Palácio Piratini é de Abgail Pereira.