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Porto Alegre, domingo, 03 de junho de 2018.
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Com a Palavra

Not�cia da edi��o impressa de 04/06/2018. Alterada em 01/06 �s 18h45min

Marca mundial ganha as cl�nicas de est�tica

Kevin da Anna Pegova  cr�dito Anna Pegova divulga��o

Kevin da Anna Pegova cr�dito Anna Pegova divulga��o


/ANNA PEGOVA/DIVULGA��O/JC
Luciana Radicione
Quando a cosmetóloga franco-russa Anna Pegova se dedicou - ainda nos anos 1930 - à descoberta de matérias básicas, elementos nobres, ativos inovadores e, depois de algum tempo, técnicas estéticas surpreendentes, ela não imaginava o poder econômico que o segmento de beleza alcançaria no mundo. Para este ano, a projeção é que o setor alcance um faturamento de R$ 118 bilhões apenas no País, parte pela contribuição dos dermocosméticos, produtos que agem na camada mais profunda da pele e proporcionam um tratamento de "dentro para fora".
Não foi à toa que as brasileiras também se renderam à onda iniciada com a chegada da marca francesa ao Brasil há mais de 46 anos. No início, Anna Pegova ficou conhecida pelas lojas localizadas em pontos nobres - onde tradicionalmente a parte da frente é dedica à exposição da linha de produtos, e a parte de trás, às cabines para tratamentos estéticos.
Há cerca de dois anos, no entanto, a empresa percebeu um novo filão dentro do gigantesco mercado da beleza. "Muitas esteticistas e dermatologistas, que são profissionais que frequentam nossas lojas, mostraram interesse em trabalhar em seus consultórios com os produtos utilizados nos nossos tratamentos", conta Kevin Zehil, diretor comercial da Anna Pegova no Brasil. Com a linha profissional Pegolia Pro e um plano de negócios inovador, a empresa agora busca fidelizar também profissionais de beleza para que enxerguem nisso a possibilidade de aumentar a lucratividade em seus estabelecimentos. Apesar do pouco tempo de captação de parcerias, no Rio Grande do Sul a marca profissional da empresa francesa já está presente em seis municípios, Porto Alegre, Canoas, Santa Maria, Santo Ângelo, São Gabriel e Caxias do Sul.
JC Empresas & Negócios - O que é o modelo tradicional de atendimento da Anna Pegova no Brasil?
Kevin Zehil - Anna Pegova era uma esteticista que em 1947 abriu seu primeiro negócio, em Paris. Ela sempre trabalhou com serviços e produtos dentro do cosmetologia, desenvolvendo fórmulas para as clientes atendidas em sua loja. Esse é o modelo tradicional da marca, que se consagrou e é conhecido no mundo todo desta forma. Nele, a parte da frente funciona como loja de produtos e ao fundo dessa mesmo ambiente, estão localizadas as cabines para os tratamentos de pele e anti-idade. Esse tipo de atendimento prestado maximiza o negócio e somos uma das poucas empresas que oferece esse formato. A fidelização neste modelo de negócios é muito grande em cima dos nossos produtos. A venda de produtos e o tratamento estético no mesmo ambiente nos garante uma taxa de fidelização muito grande. Dentro do modelo convencional da loja, uma pessoa que entra na Anna Pegova tem 33% de chance de voltar. Se essa cliente retorna duas vezes, a chance sobe a 47% em se volta pela terceira vez, vai a 57%.
Empresas & Negócios - Com esse formato tão consolidado, o que levou a empresa investir em uma linha exclusiva para clínicas?
Zehil - Estamos no Brasil há 46 anos e por muito tempo profissionais de estética, dermatologia e áreas afins comentavam sobre o interesse em trabalhar com nossos produtos. Temos know how muito grande sobre atendimento de clínicas, sabemos o que funciona e o que não funciona. Com esse novo formato de negócios, conseguimos transmitir aos nossos clientes, que são os profissionais que atuam em clínicas estéticas, todo esse conhecimento do universo de tratamento dermocosmético. Além de treinamento, prestamos consultoria também na área comercial tanto para a linha profissional Pegolia - exclusiva para uso dentro das clínicas - como para a linha Home Care, que engloba os produtos que a cliente adquire na clínica e leva para casa.
Empresas & Negócios - Há quanto tempo a empresa vem investindo neste projeto de parceria com clínicas?
Zehil - Iniciamos nesse formato há cerca de dois anos, mas mais como modelo de testes. No último ano entramos com força na prospecção de clínicas parceiras que vem consolidando de forma mais efetiva nosso plano de negócios. O ponto de partida foi São Paulo, mas o Rio Grande do Sul é uma praça muito importante para a marca, onde já estamos há cerca de oito meses com clínicas em Porto Alegre e nas cidades de Canoas, Caxias do Sul, Santa Maria, Santo Ângelo e São Gabriel. Temos dois representantes comerciais prestando esse atendimento no Estado e buscando clínicas cujo perfil de cliente se comunica com a marca Anna Pegova. Não cobramos nada pela consultoria que prestamos e a clínica começa o atendimento dentro da parceria com um know how muito grande sobre o conceito da marca.
Empresas & Negócios - Quanto foi investido nesse plano de negócios e qual o mix?
Zehil - Até o momento foram direcionados R$ 3,8 milhões no desenvolvimento de 19 produtos que formam a linha Pegolia Pro. Fora isso, temos um mix composto por cerca de 90 produtos que são considerados best sellers da marca, com um giro de vendas muito rápido. Todos os itens são utilizados no tratamento de pele e outros são maquiagem funcional. No Rio Grande do Sul, por exemplo, os produtos funcionais são bastante procurados pelas clientes, especialmente os que levam em sua composição hidrante, em função do clima mais frio.
Empresas & Negócios - Qual a expectativa da empresa com essas novas parcerias no Brasil?
Zehil - Em dois anos, queremos chegar num faturamento de R$ 15 milhões/ano, onde o Rio Grande do Sul deve representar uma fatia de 8,5% desses resultados, se mantendo na terceira ou quarta colocação em importância, sempre disputando com o Paraná.
Empresas & Negócios - Qual foi o impacto da crise nos números da empresa?
Zehil - Tradicionalmente o setor de beleza é sempre um dos menos afetados em crises, pois ano a ano apresenta taxas de crescimento muito altas. Embora o ritmo de expansão tenha caído, não ficou no vermelho e foi um dos menos afetados se comparados com outros segmentos importantes da economia. Vale ressaltar também a máxima do "Efeito batom", estudo de um economista norte-americano que diz que quando uma mulher está em momento de dificuldade, ela investe para ficar ainda mais bonita e ganhar autoestima. Mas assim como todos as empresas, tivemos que nos reinventar e considerar que nem sempre o que é sucesso vai se manter no topo. Para o mercado, o importante é que temos um produto de grande aceitação e no qual as pessoas confiam. Em 2017 tivemos queda de crescimento, mas mesmo assim emplacamos números 18% maiores sobre o desempenho de 2016.
 
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