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Publicada em 15 de Março de 2018 às 14:22

O P da questão

Liana Bazanela

Liana Bazanela

RAUL KREBS/DIVULGAÇÃO/JC
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Jornal do Comércio
O que os clientes esperam das suas agências, hoje, vai muito além da propaganda. É preciso ter novas habilidades, oferecer novas entregas para atender novas necessidades. É simples. Mas, na prática, não é fácil.
O que os clientes esperam das suas agências, hoje, vai muito além da propaganda. É preciso ter novas habilidades, oferecer novas entregas para atender novas necessidades. É simples. Mas, na prática, não é fácil.
A fraqueza das agências vem da força das agências. Nos fragilizamos pelo excesso de confiança em um modelo que, historicamente, fez bastante sucesso. E, por muito tempo, defendemos este padrão ultrapassado sem perceber que ele era indefensável. Vivemos em um momento de transformações muito rápidas e não temos como continuar competindo sem deixarmos de ser "tradicionais". A única certeza é que o modelo que nos trouxe até aqui não é o que vai nos levar adiante.
O cenário atual exige novas formas de interação entre marcas e consumidores. Nós, enquanto parceiros estratégicos de comunicação, temos que ter capacidade de adaptação, flexibilidade e velocidade para fazer as conexões necessárias. A verdade é que não adianta pensar com olhos no passado, tentando ressignificar práticas que não fazem mais sentido. Não tem segredo: para resolvermos um problema precisamos, primeiro, admitir que ele existe.
Podemos definir problema como questão ou circunstância, cuja resolução é muito difícil de se realizar. Paixão, por sua vez, é um sentimento intenso que possui a capacidade de alterar um comportamento, um pensamento. Agora, imaginem se juntarmos estes conceitos e transformarmos isso em um movimento coletivo de mudança: pessoas com um sentimento intenso que, juntas, mudam a capacidade, o comportamento e o pensamento sobre algo que é difícil, mas que precisamos resolver.
Muito se fala sobre qual o formato ideal da "nova agência" - aquela que vai voltar a ocupar um espaço estratégico e de relevância junto ao cliente. Mas, em meio a tanta discussão e reflexão, o que fica subestimado é o talento e a força das pessoas. O fato é que, independentemente da configuração do negócio, são elas que podem nos tirar dessa situação de obsolescência.
E, para evoluirmos nesta causa, precisamos repensar as relações. Quando a gente entende que pessoas são maiores do que empresas e relacionamentos são maiores do que contratos, o ambiente muda, as pessoas criam novos valores, encontram-se soluções, e os resultados aparecem.
O mercado publicitário está se reinventando e aumentando sua participação como um eixo importante da economia criativa. Para continuarmos acelerando e nos projetando neste horizonte precisamos ter o engajamento das PESSOAS. Este é o grande "P" da questão. Afinal, o que faz a diferença em nosso negócio é a paixão.
Bora lá, publicitários! Apaixonem-se sem moderação.

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