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Publicada em 15 de Março de 2018 às 12:11

Sucessão familiar

Gissela Franke Colombo Berlaver

Gissela Franke Colombo Berlaver

JULIO DAL MONTE/DIVULGAÇÃO/JC
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Jornal do Comércio
Há anos a Lojas Colombo, através de seus acionistas, definiu que a empresa seria totalmente profissionalizada. Dentro deste contexto, a família preparou-se na estruturação de sua governança, que encontrou consenso na preparação dos futuros herdeiros para serem donos e não para serem gestores, ou seja, para pensar como sócios acionistas, sócios conselheiros ou ambos.
Há anos a Lojas Colombo, através de seus acionistas, definiu que a empresa seria totalmente profissionalizada. Dentro deste contexto, a família preparou-se na estruturação de sua governança, que encontrou consenso na preparação dos futuros herdeiros para serem donos e não para serem gestores, ou seja, para pensar como sócios acionistas, sócios conselheiros ou ambos.
Fiel à essa premissa, foram construídos modelos de governança corporativa, com a criação da holding A.R. Colombo, controladora das ações das empresas do grupo, e das holdings familiares (onde cada núcleo da família tem seu próprio foro de discussões e planejamento de liderança). Em uma segunda etapa foi criada outra ferramenta importante de governança, o Conselho de Família, onde cada representante das holdings familiares atua para implementar ações de visão de futuro e do acionista em frente aos seus negócios. Através deste Conselho que é elaborado o acordo de acionistas, documento maior, que engloba ações de diversos aspectos da sociedade, entre eles a regulamentação da representatividade da família no conselho de administração, a regulamentação da compra e venda das ações, reinvestimento de lucros e distribuição de dividendos, políticas de investimento entre tantas outras pautas pertinentes para um bom relacionamento que visa a perpetuação do negócio.
Um dos mais importantes motes deste acordo e das práticas de governança é garantir que os valores familiares venham ao encontro dos valores da empresa. Durante este processo sentimos que ambos valores tinham grande sintonia, e que a figura do patriarca é espelhada na cultura da empresa, sendo assim naturalmente constatamos que nossa alma era de empresa familiar, de tal sorte que evoluímos a concepção de que deveríamos ser uma empresa totalmente profissionalizada para a realização de que nosso sucesso está em ser uma empresa mista em seu comando, com a condição de que pessoas na família atendessem aos requisitos necessários, com a convicção de que a condução feita pela família daria condições mais assertivas de continuidade dos valores tão bem construídos pelo nosso patriarca e fundador.
Tendo essa constatação em mente, o Conselho de Família iniciou processos de preparação da segunda e terceira gerações para dar continuidade ao planejamento da sucessão. Paralelamente, trabalhamos com muito apego junto ao nosso fundador para facilitar o passo crucial de uma sucessão em um momento de gozo pleno de suas habilidades físicas e emocionais.
O processo tomou forma nas duas esferas, do Conselho de Família e do fundador, até que a maturação do esforço culminou em janeiro de 2018 com a aprovação da sucessão por unanimidade tanto no Conselho de Família quanto no Conselho de Administração.
Seguimos, agora na segunda geração, como família acionária representada através da minha pessoa na gestão das Lojas Colombo com o cargo de presidente. Nosso desafio é levar os valores, o retorno dos investimentos e acima de tudo o compromisso social com os 4.500 colaboradores diretos para a terceira e quarta gerações da família. Tenho certeza que eles terão o mesmo orgulho do trabalho iniciado e levado ao sucesso pelo nosso fundador e a confiança de que trabalharemos para que tenham não só o mesmo orgulho, como um orgulho ainda maior.
 
Confira o depoimento de Gissela Colombo durante o evento Marcas de Quem Decide 2018:

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