Neste ano, o número de eleitores que se declararam com alguma deficiência é o maior da história das eleições no Brasil, chegando a 1.451.846 milhão, de um total de 155.912.680 eleitores, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O número representa um aumento de 25%, na comparação com 2020. Na próxima segunda-feira (14), o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) divulga os dados referentes ao Rio Grande do Sul.
Antes da divulgação dos números, a reportagem buscou pessoas com algum tipo de deficiência visual ou motora para compreender como se deu o acesso às urnas em Porto Alegre, capital com o maior número de abstenções (31,51%), durante o primeiro turno das eleições, realizado no último domingo (6). As respostas apresentam êxito no voto e dificuldades para chegar até as urnas.
“Voto em uma escola perto de casa, então não tive problemas de locomoção, pois, fui caminhando. As mesárias foram atenciosas, cheguei na urna e elas colocaram um fone de ouvido para que eu conseguisse realizar o voto”, conta o vice-presidente Gilberto Kemer, da Associação de Pessoas Cegas e com Baixa Visão do Rio Grande do Sul (Acergs), que tem perda total da visão.
Antes da divulgação dos números, a reportagem buscou pessoas com algum tipo de deficiência visual ou motora para compreender como se deu o acesso às urnas em Porto Alegre, capital com o maior número de abstenções (31,51%), durante o primeiro turno das eleições, realizado no último domingo (6). As respostas apresentam êxito no voto e dificuldades para chegar até as urnas.
“Voto em uma escola perto de casa, então não tive problemas de locomoção, pois, fui caminhando. As mesárias foram atenciosas, cheguei na urna e elas colocaram um fone de ouvido para que eu conseguisse realizar o voto”, conta o vice-presidente Gilberto Kemer, da Associação de Pessoas Cegas e com Baixa Visão do Rio Grande do Sul (Acergs), que tem perda total da visão.
Em 2022, Kemer realizou a biometria e informou sua condição à Justiça Eleitoral. De acordo com ele, o voto foi realizado com êxito também por outros integrantes da associação. Todas as urnas eletrônicas são preparadas para atender pessoas com deficiência visual, conforme o TSE.
Além do sistema braile e da identificação da tecla número cinco nos teclados, os tribunais eleitorais disponibilizam fones de ouvido nas seções com acessibilidade e naquelas onde houver solicitação específica. Dessa forma, o eleitor cego ou com deficiência visual recebe sinais sonoros com indicação do número escolhido e retorno do nome do candidato em voz sintetizada.
Além do sistema braile e da identificação da tecla número cinco nos teclados, os tribunais eleitorais disponibilizam fones de ouvido nas seções com acessibilidade e naquelas onde houver solicitação específica. Dessa forma, o eleitor cego ou com deficiência visual recebe sinais sonoros com indicação do número escolhido e retorno do nome do candidato em voz sintetizada.
Já o voto da fundadora do Movimento Feminista Inclusivass, Carol Santos, carrega anos de luta. Para chegar até a urna com a cadeira de rodas, Carol, que é moradora do bairro Chapéu do Sol, no extremo-sul de Porto Alegre, buscou, durante anos, a instalação de uma faixa para chegar até a parada de ônibus.
“A votação em si foi tranquila, porque me colocaram no térreo, mas durante anos lutei para ter acessibilidade onde moro. Tem uma faixa que me leva até a parada principal de ônibus, mas a escola apresenta apenas o mínimo de acessibilidade. Não tem, por exemplo, piso tátil para pessoas cegas”, lamenta.
Segundo Carol, a instalação de uma rampa na escola Escola Municipal de Ensino Fundamental Chapéu do Sol ocorreu depois de um acidente. “Só instalaram a rampa depois que eu caí e quebrei o fêmur”. Procurada pela reportagem, a escola não retornou até o fechamento do material.
Segundo o TSE, o eleitor pode contar com a ajuda de uma pessoa de uma pessoa considerada de confiança. Caso seja autorizada pelo presidente da mesa receptora de votos, a pessoa poderá acompanhá-lo, ingressando na cabine de votação e até mesmo digitar os números na urna. A condição é que a presença do acompanhante seja imprescindível para que a votação ocorra e que o escolhido não esteja a serviço da Justiça Eleitoral, de partido político ou de coligação.
“A votação em si foi tranquila, porque me colocaram no térreo, mas durante anos lutei para ter acessibilidade onde moro. Tem uma faixa que me leva até a parada principal de ônibus, mas a escola apresenta apenas o mínimo de acessibilidade. Não tem, por exemplo, piso tátil para pessoas cegas”, lamenta.
Segundo Carol, a instalação de uma rampa na escola Escola Municipal de Ensino Fundamental Chapéu do Sol ocorreu depois de um acidente. “Só instalaram a rampa depois que eu caí e quebrei o fêmur”. Procurada pela reportagem, a escola não retornou até o fechamento do material.
Segundo o TSE, o eleitor pode contar com a ajuda de uma pessoa de uma pessoa considerada de confiança. Caso seja autorizada pelo presidente da mesa receptora de votos, a pessoa poderá acompanhá-lo, ingressando na cabine de votação e até mesmo digitar os números na urna. A condição é que a presença do acompanhante seja imprescindível para que a votação ocorra e que o escolhido não esteja a serviço da Justiça Eleitoral, de partido político ou de coligação.