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Publicada em 10 de Setembro de 2024 às 13:14

Nomes de urna relacionados ao meio militar são maioria em disputa a vereador em Porto Alegre

Na Capital gaúcha, são 24 candidatos cujos nomes de urna citam patentes do Exército e cargos na área de segurança pública

Na Capital gaúcha, são 24 candidatos cujos nomes de urna citam patentes do Exército e cargos na área de segurança pública

MARCO QUINTANA/JC
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Lívia Araújo
Lívia Araújo Repórter
Cerca de 20% dos 517 candidatos a vereador em Porto Alegre em 2024 têm seu nome de urna relacionado a ocupações diversas, salientando aspectos profissionais ou sociais dos concorrentes à Câmara de Porto Alegre. São professores, doutores, comerciantes e prestadores de serviço, além de nomes relacionados a bairros ou causas. O levantamento visual foi feito pelo Jornal do Comércio, com base em dados do Tribunal Superior Eleitoral.
Cerca de 20% dos 517 candidatos a vereador em Porto Alegre em 2024 têm seu nome de urna relacionado a ocupações diversas, salientando aspectos profissionais ou sociais dos concorrentes à Câmara de Porto Alegre. São professores, doutores, comerciantes e prestadores de serviço, além de nomes relacionados a bairros ou causas. O levantamento visual foi feito pelo Jornal do Comércio, com base em dados do Tribunal Superior Eleitoral.
Dentro desse universo, a maioria - praticamente um quarto - é relacionado ao meio militar e da segurança pública: são 24 candidatos cujos nomes de urna citam patentes do Exército, como soldado, capitão, tenente, coronel, comandante; e ligados a cargos na área de segurança pública, como delegado, inspetor, comissário e agente.
Em segundo lugar, “professor” é o termo mais presente: são 17 candidatos dentre os outros com nomes de profissão.
O setor de comércio e serviços também é bastante presente dentre os nomes, com 14 representantes: são candidatos que citam borracharias, padarias, bares e restaurantes, com espaço até para motoboy e motorista de aplicativo – possivelmente populares e conhecidos justamente pelo vínculo com esses estabelecimentos ou serviços.
Áreas como saúde e esportes também estão representados, com “doutores”, enfermeiros, e treinadores. Outros 10 candidatos têm nomes ligados a bairros e regiões de Porto Alegre, mencionando Restinga, Zona Norte, Sarandi e IAPI.


Candidaturas coletivas têm crescimento de 150% na Capital

As candidaturas coletivas, que unem ativistas e atuantes por causas diversas e são encabeçadas por um nome único, tiveram um crescimento expressivo em Porto Alegre desde a eleição passada: se em 2020 eram quatro candidatos na disputa, na eleição atual são 10 grupos que pleiteiam uma vaga na Câmara Municipal.
Apesar de não haver, na legislação, a possibilidade do registro de candidaturas coletivas, na prática, elas resultam de um acordo interno que escolhe um nome específico para representar o grupo e ser o titular da vaga legislativa. No caso de ser eleito e precisar se afastar por algum motivo, quem assume é o suplente, e não outro membro do coletivo.
Em 2023, assumiu em Porto Alegre o primeiro grupo com essa característica: o coletivo liderado pelo cientista social Giovani Culau (PCdoB), que incluía os “covereadores” Airton Silva, Tássia Amorim, Vivian Aires e Fabíola Loguercio. Na eleição de 2020, eles tiveram 3.691 votos e haviam ficado na primeira suplência, tendo assumido a partir da vacância deixada pela então vereadora Bruna Rodrigues (PCdoB), eleita para a Assembleia Legislativa.

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