O empresário Neco Argenta está à frente de nove empresas do grupo Argenta, de Flores da Cunha, entre elas a rede SIM de postos de combustíveis. As empresas Argenta têm um dos maiores faturamentos do Rio Grande do Sul, e o grupo segue em franco crescimento, expandindo negócios e melhorando resultados em dois dígitos a cada ano.
Conhecedor da realidade local, Neco Argenta avalia que o turismo ligado à produção de vinhos é um dos grandes potenciais que poderá alavancar ainda mais o desenvolvimento econômico da Serra Gaúcha. As oportunidades e desafios para a região serão tema de painel do Mapa Econômico do RS, que será realizado pelo Jornal do Comércio nesta quinta-feira (15) no Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves (CIC-BG).
Neco Argenta observa que o movimento do turismo no Estado ocorre há várias décadas, especialmente na Região das Hortênsias, com Gramado e Canela, "que souberam se reinventar, e há 50 anos são a locomotiva do turismo".
O empresário aponta que Bento Gonçalves, mais recentemente, se tornou também um atrativo importante, com o apelo do enoturismo, a partir da produção de uva e vinho na Serra. "O pessoal vinha para o Rio Grande do Sul e ficava dois dias em Gramado e Canela. Depois, aumentou mais um dia, com Bento Gonçalves. E agora estamos incluindo Flores da Cunha."
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Argenta aponta que já são mais de 10 projetos enoturísticos no município de Flores da Cunha, que é o maior produtor de uvas do Brasil e, há alguns anos, se consolidou como maior produtor de vinhos. "Há um projeto enoturístico forte em Flores da Cunha, conjuntamente com Antônio Prado", destaca o empresário, que tem a vinícola Luiz Argenta, como um dos seus negócios.
Embora reconheça a importância da indústria para a região, Neco Argenta vê o enoturismo avançando com força, ganhando espaço na economia da Serra e acredita que isso ainda possa crescer exponencialmente. "Todo o agricultor que produzia sua uva, hoje está produzindo vinho em sua própria vinícola, está fazendo queijo e salame para vender ao turista que vai lá no fim de semana. Então, está havendo uma transformação. Uns anos atrás não tinha isso em Bento Gonçalves, era mais restrito a algumas grandes cooperativas", compara.
Argenta acredita que além de tornar a Serra Gaúcha um polo de turismo e vitivinícola ainda mais forte, a região também deve fortalecer o setor de serviços e tem potencial para uma indústria com mais valor agregado. "Nossa indústria, na região da Serra, vejo que cada vez mais vai partir para uma indústria 'nichada', com valor agregado", projeta.
O presidente da Argenta ainda falou de planos de expansão para suas empresas durante visita ao Jornal do Comércio nesta terça-feira (13), quando foi recebido pelo diretor-presidente do JC, Giovanni Jarros Tumelero, e pelo editor-chefe, Guilherme Kolling.