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Publicada em 08 de Setembro de 2025 às 12:47

Estado alerta para tendência de aumento de casos e internações por Covid-19

Alerta foi emitido preventivamente após a identificação de uma nova variante no Rio Grande do Sul

Alerta foi emitido preventivamente após a identificação de uma nova variante no Rio Grande do Sul

Divulgação/OMS/JC
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Cássio Fonseca
Cássio Fonseca
A Secretaria de Saúde (SES) do governo do Estado emitiu um alerta para a tendência de aumento dos casos de Covid-19 até o final deste ano. Conforme observado em 2023 e 2024, a partir da semana epidemiológica 34, referente à segunda metade do mês de agosto, se inicia uma crescente do vírus e, por consequência, um aumento nas internações. A epidemiologista do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), Carolina Port, também explica que, com a identificação de uma nova variante no Rio Grande do Sul, por precaução, foi divulgado o comunicado.
A Secretaria de Saúde (SES) do governo do Estado emitiu um alerta para a tendência de aumento dos casos de Covid-19 até o final deste ano. Conforme observado em 2023 e 2024, a partir da semana epidemiológica 34, referente à segunda metade do mês de agosto, se inicia uma crescente do vírus e, por consequência, um aumento nas internações. A epidemiologista do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), Carolina Port, também explica que, com a identificação de uma nova variante no Rio Grande do Sul, por precaução, foi divulgado o comunicado.
A SES destaca, porém, que a variante XFG, identificada em agosto, não está, até o momento, associada ao agravamento dos quadros clínicos nem à redução da eficácia das vacinas. 
A explicação para o cenário que se estende até o final do ano é que, a partir da diminuição do número de casos de influenza e o arrefecimento do inverno, a Covid começa a aumentar. “Claro que essa observação ainda é limitada, porque é um vírus novo, mas é justamente o que vem acontecendo nesse momento”, relata Carolina.
Ela também destaca que há um pequeno crescimento, ainda em patamares bastante baixos, na internação por Coronavírus, justamente por ser subsequente ao aumento de casos. Conforme a pasta, entre os dias 3 e 30 de agosto, foram dadas 41 baixas em hospitais pela doença. No mesmo recorte de tempo (quatro semanas), entre os dias 6 de julho e 2 de agosto foram “apenas” 20. Ao todo, em 2025, foram 435 internações, com 78 óbitos.
Carolina ressalta que é preciso, portanto, buscar a vacinação. Grupos prioritários como idosos e gestantes devem se vacinar a cada seis meses e estão elegíveis, enquanto crianças de seis meses a cinco anos possuem um esquema de três doses, sendo a segunda quatro semanas após a primeira e a terceira oito semanas após a segunda.
Anualmente, são contemplados grupos como indígenas, puérperas, trabalhadores de saúde, pessoas com deficiência, pessoas privadas de liberdade e pessoas em situação de rua, segundo a epidemiologista. Ela conta que no início deste mês foi liberado um novo estoque para os municípios. “A população em geral que não tem vacinação prévia também pode ir aos postos. Mas quem já se vacinou não tem essa indicação”, completa.
Com a tendência da situação se agravar, são ressaltadas as principais medidas preventivas, que foram repetidamente explicadas ao longo da pandemia e funcionam para todos os vírus respiratórios, como a lavagem de mãos, evitar tocar os olhos, a boca e o nariz sem ter lavado as mãos.
Em Porto Alegre, em sintonia com o registro dos últimos anos de um aumento nos casos a partir da semana 34, o Hospital Conceição registrou um surto de Covid-19 no dia 16 de agosto, que perdurou até o dia 1º de setembro. Nesta segunda-feira (9), a instituição decretou oficialmente o fim do caso após análise da Comissão Interna de Controle de Infecção Hospitalar. Foram 65 pacientes e dois óbitos de idosos, que registram o maior número de internações ao redor do Estado, segundo Carolina. Por região, no entanto, não é observado um cenário mais grave em um ponto específico, frisa.
Confira os grupos vacinais especificados pela SES
Vacinação de rotina
- Crianças de 6 meses a menores de 5 anos: vacina Pfizer (Comirnaty) com esquema de três doses, sendo a segunda quatro semanas após a primeira e a terceira oito semanas após a segunda.
- Idosos: uma dose a cada seis meses.
- Gestantes: uma dose a cada gestação, em qualquer período gestacional.
Vacinação especial
Grupos especiais (a partir de 5 anos): uma dose anual para
- Pessoas vivendo em instituições de longa permanência
- Indígenas, ribeirinhos e quilombolas
- Puérperas
- Trabalhadores da saúde
- Pessoas com deficiência permanente ou comorbidades
- Pessoas privadas de liberdade e funcionários do sistema prisional
- Adolescentes e jovens em medidas socioeducativas
- Pessoas em situação de rua
Imunocomprometidos
- Esquema primário: três doses (segunda dose após quatro semanas da primeira; terceira dose após oito semanas da segunda).
- Vacinação periódica: uma dose a cada seis meses.
- População geral (de 5 a 59 anos) sem vacinação prévia: uma dose única.

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