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Publicada em 22 de Julho de 2025 às 10:45

Ex-presidente da EPTC vê impacto psicológico da pandemia refletido no trânsito

Entre janeiro e junho deste ano, Porto Alegre registrou 45 mortes no trânsito

Entre janeiro e junho deste ano, Porto Alegre registrou 45 mortes no trânsito

TÂNIA MEINERZ/JC
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Cássio Fonseca
Cássio Fonseca
A postura do condutor porto-alegrense no trânsito, que registrou um número elevado de mortes neste ano, gera preocupação às autoridades e à população. Com 45 óbitos entre janeiro e junho deste 2025, são dois os fatores que precisam de uma atenção especial, segundo o ex-presidente da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Vanderlei Cappellari, que esteve à frente da pasta entre 2010 e 2016. Para Cappellari, a educação e a fiscalização são pontos norteadores. O momento, no entanto, é de melhora necessária em ambos os quesitos.
A postura do condutor porto-alegrense no trânsito, que registrou um número elevado de mortes neste ano, gera preocupação às autoridades e à população. Com 45 óbitos entre janeiro e junho deste 2025, são dois os fatores que precisam de uma atenção especial, segundo o ex-presidente da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Vanderlei Cappellari, que esteve à frente da pasta entre 2010 e 2016. Para Cappellari, a educação e a fiscalização são pontos norteadores. O momento, no entanto, é de melhora necessária em ambos os quesitos.
“São fatores conjuntos, a educação é a base de tudo, e a fiscalização chama a atenção do condutor. Se você não tiver um trabalho na base do respeito, tem que ter alguém para coibir. E se isso não acontecer, os maus prevalecem, e vão se comportar inadequadamente colocando em risco as outras pessoas”, alerta Cappellari. “Hoje temos motoristas que desrespeitam sistematicamente a sinalização. É uma série de irregularidades que realmente me deixa preocupado no sentido da qualificação do nosso motorista”, completa.
Fora de ação após 35 anos de serviço público, o ex-presidente da empresa relembra que, em sua época, a prioridade estava na segurança do trânsito e da fluidez, conforme a orientação do então prefeito da Capital, José Fortunati. A autonomia, no entanto, é total. “O presidente da EPTC é a autoridade de trânsito do município e tem liberdade para definir prioridades, tanto na parte de fiscalização como em outros setores da empresa”, explica.
No cenário atual, com subsequentes infrações, Cappellari vê um impacto da pandemia e do isolamento social na postura dos motoristas da cidade. Segundo ele, é preciso um estudo aprofundado para analisar os motivos de comportamentos que podem ser oriundos do período de reclusão. “Precisamos retomar o comportamento mais prudente e defensivo do motorista e do pedestre”.
Há ainda a aposta na tecnologia para combater as irregularidades. Atualmente, radares de velocidade e lombadas eletrônicas são o foco de compra da EPTC. Ademais, os caetanos, que controlam automaticamente a ultrapassagem no sinal vermelho, estão na pauta. Na gestão Cappellari, o equipamento chegou a ser adquirido. “Depois de um período, com a finalização do contrato, ele não foi renovado na época por motivos técnicos. Houve ações judiciais e uma série de outros empecilhos que não permitiram a nova licitação”, conta o ex-presidente.

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