Após nove anos de atuação em Porto Alegre, o Grupo Leiteria decidiu transformar um desafio recorrente em oportunidade estratégica. Em 2025, o grupo, que reúne as marcas Leiteria, Ferro Xiseria, Pizzaria Ferradura e Madre, apostou no Litoral Gaúcho para expansão das marcas, instalando uma operação temporária no complexo Ramblas, em Atlântida. O projeto, que reúne Leiteria, Ferro e Ferradura em um formato mais enxuto, foi construído em tempo recorde, em duas semanas entre a assinatura do contrato e a abertura ao público.
A decisão de ir para a praia surgiu a partir de Tiago Leite, CEO do grupo. Segundo ele, nos meses de janeiro e fevereiro o movimento em Porto Alegre cai de forma cada vez mais acentuada, acompanhando o aumento do fluxo de pessoas rumo ao Litoral. “Sentimos um movimento cada vez mais forte de praia. As pessoas, de fato, em janeiro e fevereiro estão vindo mais pra cá, e, consequentemente, o movimento em Porto Alegre acaba caindo”, afirma. Tradicionalmente, esse cenário levava o grupo a realizar demissões sazonais na virada do ano. Em 2025, a lógica foi invertida.
“Em vez de demitir alguns colaboradores nesse período que é mais fraco, a gente fez essa operação na praia para trazer essa galera para cá”, explica Tiago. Para viabilizar a mudança, o grupo alugou uma casa para acomodar o time deslocado da Capital, preservando a equipe já treinada e evitando o custo de novas contratações no retorno da alta temporada em Porto Alegre.
A decisão de ir para a praia surgiu a partir de Tiago Leite, CEO do grupo. Segundo ele, nos meses de janeiro e fevereiro o movimento em Porto Alegre cai de forma cada vez mais acentuada, acompanhando o aumento do fluxo de pessoas rumo ao Litoral. “Sentimos um movimento cada vez mais forte de praia. As pessoas, de fato, em janeiro e fevereiro estão vindo mais pra cá, e, consequentemente, o movimento em Porto Alegre acaba caindo”, afirma. Tradicionalmente, esse cenário levava o grupo a realizar demissões sazonais na virada do ano. Em 2025, a lógica foi invertida.
“Em vez de demitir alguns colaboradores nesse período que é mais fraco, a gente fez essa operação na praia para trazer essa galera para cá”, explica Tiago. Para viabilizar a mudança, o grupo alugou uma casa para acomodar o time deslocado da Capital, preservando a equipe já treinada e evitando o custo de novas contratações no retorno da alta temporada em Porto Alegre.
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A execução da operação no Ramblas foi marcada por uma intensidade incomum, conforme aponta Tiago. O contrato foi fechado no dia 6 de dezembro, as obras começaram no dia 8 e, no dia 18, as portas já estavam abertas. “Em 10 dias, tirei tudo do zero. Foi uma correria insana, trabalhando quase 20 horas por dia”, relata o empreendedor. Durante o processo, problemas estruturais exigiram decisões rápidas, como a troca completa do telhado após fortes chuvas. A abertura antecipada, antes do início oficial da temporada que aconteceu em 27 de dezembro, funcionou como um período de testes. “Optamos por abrir para forçar o erro, corrigir a tempo e chegar mais preparado para o formato forte da temporada”, diz.
No Litoral, a estratégia de marcas também foi cuidadosamente pensada. O Ferro, consolidado há dois anos, assumiu o protagonismo da operação. A Ferradura entrou por ter uma dinâmica considerada mais simples, enquanto a Leiteria atua como marca “madrinha”, emprestando seu reconhecimento construído ao longo de quase uma década. “Ela vem muito mais para chancelar as marcas Ferro e Ferradura do que propriamente com o projeto completo dela”, explica Tiago. Na praia, a Leiteria opera de forma reduzida, focada em cafés e tortas.
Essa escolha, no entanto, trouxe desafios logísticos importantes. Diferentemente do Ferro e da Ferradura, cuja produção é feita integralmente no local, a Leiteria exige que parte dos produtos seja preparada em Porto Alegre e transportada até o Litoral. Soma-se a isso a diferença de perfil de consumo: enquanto o parque concentra fluxo a partir das 18h, os produtos da Leiteria são tradicionalmente mais procurados durante o dia. “Estamos entendendo como otimizar isso, como trabalhar a venda de tortas à noite”, afirma o CEO, destacando que o verão servirá como base de aprendizado para futuras decisões.
A recepção do público tem sido positiva e revela dois perfis de clientes, sendo alguns fiéis da Capital, que aguardavam há anos a presença das marcas na praia, e novos consumidores, moradores do Litoral, que estão conhecendo o grupo agora. “O produto está maravilhoso. Hoje, tanto o Ferro quanto a Ferradura chegaram no modelo ideal, nas receitas ideais. Agora, é a hora de vir conhecer”, afirma Tiago, confiante na maturidade das operações.
A execução da operação no Ramblas foi marcada por uma intensidade incomum, conforme aponta Tiago. O contrato foi fechado no dia 6 de dezembro, as obras começaram no dia 8 e, no dia 18, as portas já estavam abertas. “Em 10 dias, tirei tudo do zero. Foi uma correria insana, trabalhando quase 20 horas por dia”, relata o empreendedor. Durante o processo, problemas estruturais exigiram decisões rápidas, como a troca completa do telhado após fortes chuvas. A abertura antecipada, antes do início oficial da temporada que aconteceu em 27 de dezembro, funcionou como um período de testes. “Optamos por abrir para forçar o erro, corrigir a tempo e chegar mais preparado para o formato forte da temporada”, diz.
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Essa escolha, no entanto, trouxe desafios logísticos importantes. Diferentemente do Ferro e da Ferradura, cuja produção é feita integralmente no local, a Leiteria exige que parte dos produtos seja preparada em Porto Alegre e transportada até o Litoral. Soma-se a isso a diferença de perfil de consumo: enquanto o parque concentra fluxo a partir das 18h, os produtos da Leiteria são tradicionalmente mais procurados durante o dia. “Estamos entendendo como otimizar isso, como trabalhar a venda de tortas à noite”, afirma o CEO, destacando que o verão servirá como base de aprendizado para futuras decisões.
A recepção do público tem sido positiva e revela dois perfis de clientes, sendo alguns fiéis da Capital, que aguardavam há anos a presença das marcas na praia, e novos consumidores, moradores do Litoral, que estão conhecendo o grupo agora. “O produto está maravilhoso. Hoje, tanto o Ferro quanto a Ferradura chegaram no modelo ideal, nas receitas ideais. Agora, é a hora de vir conhecer”, afirma Tiago, confiante na maturidade das operações.
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Apesar da procura por franquias, especialmente para o Litoral, o grupo segue resistente a esse modelo. Para o empresário, a alta performance está diretamente ligada à presença dos donos e ao envolvimento diário com a operação. “As pessoas podem até ter a grana, mas não têm a alma, não têm o empenho para fazer a marca dar certo”, diz. Esse receio reforça a decisão de manter uma gestão própria, mesmo que isso signifique crescer de forma mais controlada.
Operando até o final de fevereiro, a experiência no Litoral funciona como um grande evento de curta duração e alta pressão, quase como um laboratório intensivo para testar modelos, logística e gestão de equipe. Ao mesmo tempo em que consolida aprendizados para futuras expansões, o grupo já olha para frente. Tiago antecipa que uma nova marca, descrita como “robusta” e localizada em uma das regiões mais valorizadas de Porto Alegre deve sair do papel no primeiro semestre de 2026. “É um projeto bem trabalhado, uma nova marca, que possivelmente vai dar as caras em abril ou maio”, revela.
Apesar da procura por franquias, especialmente para o Litoral, o grupo segue resistente a esse modelo. Para o empresário, a alta performance está diretamente ligada à presença dos donos e ao envolvimento diário com a operação. “As pessoas podem até ter a grana, mas não têm a alma, não têm o empenho para fazer a marca dar certo”, diz. Esse receio reforça a decisão de manter uma gestão própria, mesmo que isso signifique crescer de forma mais controlada.
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