O Grupo Leiteria começou a operar com apenas uma loja localizada na avenida Venâncio Aires. Em 2019, com dois anos de negócio, a marca passava por um momento de reformulação e aprimoramento do seu projeto, que inicialmente contava com um minimercado. Além disso, foi quando Tiago Leite, à frente do grupo, fechou as portas do Rosário Resto Lounge, que deu espaço para a segunda unidade da Leiteria 639 na rua 24 de Outubro.
“Percebemos que o público não tinha comprado a ideia de mercado, então fomos retirando essa parte e entramos com o empório”, afirma Tiago, acrescentando que a empresa é o resultado de todos os lugares que ele já trabalhou. “A Leiteria é o resumo da minha história. O projeto é a realização de todas as minhas escolhas profissionais. Passei por um minimercado de bairro, já fui padeiro, confeiteiro, tinha o Rosário Resto Lounge, onde tive experiência com a gastronomia, então a Leiteria foi a união de tudo que eu tinha feito na vida”, destaca o empreendedor.
Apesar de, na época, ser um negócio recente, o chá da tarde e o brunch já eram braços fortes da operação, que voltou todos os esforços para a confeitaria e para o restaurante. Ainda em 2019, a Leiteria esteve entre as 10 matérias mais acessadas do ano. Atualmente, seis anos após ser destaque no GeraçãoE, o grupo conta com cinco lojas: duas unidades da Leiteria 639, o restaurante Madre, o Ferro Xiseria e a Ferradura Pizzaria.
De acordo com o empreendedor, a evolução do grupo envolveu um aprendizado contínuo sobre as necessidades e desejos dos clientes. “A gente vive o negócio, se dedica 24 horas tentando melhorar o nosso trabalho, gastronomia, trabalhar com pessoas. Temos um número grande de pessoas, de colaboradores, então é sempre um desafio”, relata Tiago.
Além da evolução do modelo de negócio, a Leiteria demonstra uma evolução em seu papel social e organizacional, com o proprietário focado em desenvolver e capacitar seus colaboradores. Segundo o empreendedor, ele busca ser um "chefe que não teve" e estender a mão para aqueles que buscam crescer, transformando a empresa em um degrau para a vida profissional dos funcionários. “Acredito que talvez isso esteja na minha base, de estender a mão que não foi estendida quando eu era um colaborador”, observa.
Atualmente, o grupo emprega cerca de 120 colaboradores, um número que, embora tenha diminuído após a enchente que afetou a central de produção em Canoas, na Região Metropolitana, ainda é significativo, aponta Tiago. Hoje a produção é distribuída entre as lojas da Capital.
A filosofia de crescimento do grupo está atrelada diretamente à dedicação. Tiago enfatiza que a evolução profissional e o crescimento do negócio exigem dedicação e uma compreensão de que o tempo investido é crucial para o avanço. Ele reconhece que esse processo é longo e demorado e que nem todos querem apostar seu tempo, quando não há um retorno imediato.
Há seis anos, quando a marca ainda dava os primeiros passos, Tiago compartilhou sua história e a de seu negócio com o GeraçãoE, mas admite que acompanhava o caderno antes mesmo de aparecer nas páginas. “Confesso que eu pensava ‘será que um dia eu vou ter uma matéria minha ali?’ É muito importante esse trabalho de incentivar os pequenos empreendedores, as empresas que estão nascendo aqui. O caderno marcou uma virada para muita gente, então isso foi muito gratificante”, destaca.

