Saúde e bem-estar são temas cada vez mais presentes na vida cotidiana, especialmente nas gerações mais novas. A corrida de rua, por exemplo, tem dominado as cidades com eventos que reúnem multidões. O Relatório Anual sobre Tendências de Esportes do Strava aponta que o esporte foi o mais praticado no mundo em 2024 e que é um meio de socialização, consequência da transformação da atividade física em um tema comportamental, para além do cuidado com o corpo. Já a quantidade de academias praticamente triplicou entre 2014 e 2024 no Brasil. O aumento do interesse pelo tópico vem fomentando o mercado do setor. Além do surgimento de negócios que atendam o público final, algumas iniciativas surgem como facilitadoras para quem deseja empreender no ramo da saúde.
A Blix (@blix.tecnologia), por exemplo, é uma empresa que desenvolve aplicativos para empreendedores e produtores de conteúdo nas áreas de saúde e bem-estar. Roberto Muniz, um dos sócios-fundadores, é formado em educação física e sempre quis desenvolver um projeto que levasse qualidade de vida às pessoas. Mas a ideia da Blix só começou a sair do papel pouco antes da pandemia, quando suas duas sócias entraram no negócio. Engenheiras químicas de formação, Taís Klein e Bruna Pinto trouxeram uma visão voltada ao impacto socioambiental à proposta. O foco era a criação de um empreendimento que fosse barato e simples, em que os sócios só precisariam do seu conhecimento para iniciar. “Foi aí que começamos a aprender sobre programação e desenvolvimento de software, fazendo projetos pequenos e sem remuneração”, conta Roberto.
Um dos primeiros clientes da Blix foi o Yoga com Histórias, uma iniciativa para promover a prática da atividade com crianças. O desenvolvimento do aplicativo Yom Kids foi fundamental para definir as bases da Blix, já que foi neste momento que os sócios definiram algumas diretrizes importantes. “Em diversas reuniões com eles, nós pensamos num modelo de negócio que seria: desenvolver um aplicativo, investir nosso tempo, nosso dinheiro, mas que o aplicativo seja escalável para que a gente consiga replicá-lo e entregar para vários profissionais, através de uma mensalidade”, explica Roberto.
A Blix (@blix.tecnologia), por exemplo, é uma empresa que desenvolve aplicativos para empreendedores e produtores de conteúdo nas áreas de saúde e bem-estar. Roberto Muniz, um dos sócios-fundadores, é formado em educação física e sempre quis desenvolver um projeto que levasse qualidade de vida às pessoas. Mas a ideia da Blix só começou a sair do papel pouco antes da pandemia, quando suas duas sócias entraram no negócio. Engenheiras químicas de formação, Taís Klein e Bruna Pinto trouxeram uma visão voltada ao impacto socioambiental à proposta. O foco era a criação de um empreendimento que fosse barato e simples, em que os sócios só precisariam do seu conhecimento para iniciar. “Foi aí que começamos a aprender sobre programação e desenvolvimento de software, fazendo projetos pequenos e sem remuneração”, conta Roberto.
Um dos primeiros clientes da Blix foi o Yoga com Histórias, uma iniciativa para promover a prática da atividade com crianças. O desenvolvimento do aplicativo Yom Kids foi fundamental para definir as bases da Blix, já que foi neste momento que os sócios definiram algumas diretrizes importantes. “Em diversas reuniões com eles, nós pensamos num modelo de negócio que seria: desenvolver um aplicativo, investir nosso tempo, nosso dinheiro, mas que o aplicativo seja escalável para que a gente consiga replicá-lo e entregar para vários profissionais, através de uma mensalidade”, explica Roberto.
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O projeto foi capaz de aliar o propósito de todos os sócios da Blix. “Democratizar o acesso à saúde, já que pelo modelo de mensalidade sai bem mais em conta, e ao mesmo tempo dar visibilidade a projetos muito legais e necessários para várias pessoas”, destaca Roberto, lembrando que a Blix iniciou oficialmente suas atividades a partir daí, com 15 clientes para quem desenvolveram modelos de teste grátis. Sete deles contrataram o serviço e hoje, mais de três anos depois, seis continuam com o serviço.
Com o passar do tempo e a chegada de novos clientes, a Blix passou a se adaptar a um perfil um pouco mais amplo. “Fomos entendendo que o nicho de bem-estar e saúde tem várias dimensões. Físico, mental, espiritual, emocional. Então o nosso público vai desde profissionais de yoga e meditação, até o mundo fitness, sexualidade feminina e terapias holísticas”, comenta Roberto.
Com 55 clientes ativos, a Blix leva em torno de 35 a 60 dias entre a contratação e a finalização do desenvolvimento do aplicativo. “É um pouco demorado porque é um trabalho colaborativo com o cliente. Nós vamos conversando, fazendo alterações, tem tarefas que dependem do cliente, que precisa adicionar os conteúdos na plataforma".
O grande diferencial da Blix, de acordo com Roberto, é fornecer um serviço com ferramentas específicas da área da saúde, como calendários de aulas e lives, que o aluno recebe notificação, e pesquisas de satisfação para entender as necessidades dos clientes. “O mercado de influenciadores está se consolidando cada vez mais, e o de saúde também. As novas gerações estão pensando cada vez mais no que faz bem. Isso tem a ver com status social. Antigamente o status estava em a pessoa ir para uma um jantar caro, hoje é ter um tênis de marca para corrida, ir correr numa praça, postar foto numa academia boa. E isso é só o começo”, analisa.
O projeto foi capaz de aliar o propósito de todos os sócios da Blix. “Democratizar o acesso à saúde, já que pelo modelo de mensalidade sai bem mais em conta, e ao mesmo tempo dar visibilidade a projetos muito legais e necessários para várias pessoas”, destaca Roberto, lembrando que a Blix iniciou oficialmente suas atividades a partir daí, com 15 clientes para quem desenvolveram modelos de teste grátis. Sete deles contrataram o serviço e hoje, mais de três anos depois, seis continuam com o serviço.
Com o passar do tempo e a chegada de novos clientes, a Blix passou a se adaptar a um perfil um pouco mais amplo. “Fomos entendendo que o nicho de bem-estar e saúde tem várias dimensões. Físico, mental, espiritual, emocional. Então o nosso público vai desde profissionais de yoga e meditação, até o mundo fitness, sexualidade feminina e terapias holísticas”, comenta Roberto.
Com 55 clientes ativos, a Blix leva em torno de 35 a 60 dias entre a contratação e a finalização do desenvolvimento do aplicativo. “É um pouco demorado porque é um trabalho colaborativo com o cliente. Nós vamos conversando, fazendo alterações, tem tarefas que dependem do cliente, que precisa adicionar os conteúdos na plataforma".
O grande diferencial da Blix, de acordo com Roberto, é fornecer um serviço com ferramentas específicas da área da saúde, como calendários de aulas e lives, que o aluno recebe notificação, e pesquisas de satisfação para entender as necessidades dos clientes. “O mercado de influenciadores está se consolidando cada vez mais, e o de saúde também. As novas gerações estão pensando cada vez mais no que faz bem. Isso tem a ver com status social. Antigamente o status estava em a pessoa ir para uma um jantar caro, hoje é ter um tênis de marca para corrida, ir correr numa praça, postar foto numa academia boa. E isso é só o começo”, analisa.
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Para o futuro, a Blix procura estabelecer parcerias com outras empresas, especialmente levando em consideração as mudanças legislativas. “Como o nosso trabalho é de saúde e bem-estar e estão sendo implantadas leis de regulamentação para incentivo à saúde do mental do funcionário, nossa ideia é ter uma espécie de passe, para que as empresas disponibilizem que os funcionários tenham acesso a vários conteúdos da nossa plataforma”, revela Roberto.
Para o futuro, a Blix procura estabelecer parcerias com outras empresas, especialmente levando em consideração as mudanças legislativas. “Como o nosso trabalho é de saúde e bem-estar e estão sendo implantadas leis de regulamentação para incentivo à saúde do mental do funcionário, nossa ideia é ter uma espécie de passe, para que as empresas disponibilizem que os funcionários tenham acesso a vários conteúdos da nossa plataforma”, revela Roberto.
Academia de futebol lança curso online para profissionais do setor
A Academia Porto Alegrense de Futebol (Apafut) é uma iniciativa criada pelos educadores físicos Thiago Lopes, Luciano Menezes e Francisco Laitano. Ex-funcionários das categorias de base do Grêmio, os profissionais decidiram, em meio à pandemia, abrir um negócio focado na formação de crianças através do esporte. A oportunidade apareceu em 2021, quando a FC Arena Soccer, complexo de quadras localizado na Zona Sul da Capital, estava ampliando a operação visando a volta das atividades presenciais. Após a indicação de um vizinho, Thiago entrou em contato com os administradores do local e estabeleceu a parceria que dura até hoje.
Como professores de educação física, os sócios compreendem que o processo de formação nas escolas de futebol vão muito além da prática esportiva. "De todos os jogadores com quem trabalhei no Grêmio, quando eles tinham 11, 12 anos, só três se tornaram profissionais. Isso que era a categoria de base de um clube profissional. A imensa maioria vai seguir outras profissões. Então, nós precisamos pensar primeiro em formar pessoas", ressalta Thiago.
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Foi com estes valores em mente que os sócios da Apafut desenvolveram um curso voltado para quem deseja abrir a própria escola de futebol. A ideia surgiu após Thiago acompanhar as aulas de um amigo e treinador, que desenvolveu um projeto sobre tática no futebol. O professor gostou da ideia e percebeu que poderia adaptar o formato a um conteúdo que conversasse com o trabalho que já desenvolvia. "É um produto diferente do que temos no mercado. Eu, particularmente, não conheço nenhuma outra escola que abra a sua metodologia de trabalho e compartilhe isso para o mundo", confessa Thiago.
Os módulos do curso passam por diversos fatores que envolvem a criação, o desenvolvimento e a condução de uma escola de futebol. Entre os temas abordados estão a relação do futebol como ferramenta de socialização, as adaptações às estruturas do espaço, a separação pelo nivelamento dos atletas, modos de avaliação, gestão de pessoas, relação com os pais, além de questões técnicas do jogo, como organização e transição ofensiva e defensiva. Sobre a preocupação em estar formando profissionais que possam ser concorrentes, Thiago enxerga o curso por outra ótica.
Sócios da APAFUT. Escola de Futebol. GE. Arena Soccer.
TÂNIA MEINERZ/JC
"A melhor forma de crescer profissionalmente é ajudando os outros. Estamos tentando fomentar este mercado. Quem quer entrar para o futebol, quase sempre está pensando no alto rendimento. Ser treinador, preparador físico, e sempre em grandes clubes. Poucas pessoas querem fazer uma iniciação na formação esportiva. Criar um material complementar para esse processo também nos motivou", declara Thiago.
O curso foi construído com um orçamento baixo e de forma autônoma, pensado para ser curto, direto e permanente. "Compramos só uma webcam e um microfone para as gravações, e o resto foi feito com nossos próprios recursos. A gente sabe que, cada vez mais, as pessoas querem conteúdos curtos, não têm paciência para vídeos longos, então separamos em vários vídeos pequenos", afirma Thiago sobre o formato das aulas, que ficam disponíveis em uma plataforma no modelo on demand. "Nós também atendemos às dúvidas que surgirem por parte dos alunos", completa.
Startup cria plataforma de atividades físicas online para pacientes com câncer
Com a ideia de proporcionar bem-estar e a melhoria na performance de pacientes oncológicos por meio de atividades físicas, o médico Geraldo Gomes da Silveira, especialista em medicina do esporte e exercício e ginecologia oncológica, ao lado de sua sócia, a fisioterapeuta Roberta Feldmann, criou a OncoloGym (@oncologym).
Desde 2024, a startup oferece o serviço para pacientes em tratamento de câncer através de uma plataforma 100% online, com aulas ao vivo, em grupo, e orientação de um professor de educação física ou fisioterapeuta. "As aulas online são importantes, elas agregam segurança, conforto e praticidade. Também tem o fator segurança, porque o paciente oncológico, muitas vezes, está fragilizado do ponto de vista imunológico", explica Geraldo.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, o câncer é a segunda principal causa de morte no Brasil, perdendo apenas para doenças cardiovasculares. São 690 mortes por dia e uma incidência crescente de mais de 700 mil novos casos por ano. Geraldo comenta que estudos recentes destacam que a prática de exercícios físicos, como a intervenção de primeira escolha no tratamento da fadiga e hipotonia muscular, que são fatores comuns durante o tratamento oncológico, supera medicações ou outras intervenções isoladas.
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"Vem chamando muito atenção a questão dos efeitos das atividades em relação ao próprio tratamento, diminuindo taxas de mortalidade e de recidiva da doença. Isso falando de alguns dos tumores mais comuns, como o câncer de mama, de próstata e de cólon", destaca o médico.
Um estudo recente publicado no New England Journal of Medicine revelou que a prática de exercício físico no câncer de cólon (o segundo tumor mais comum) reduz a taxa de mortalidade em 37% e a recidiva da doença em 28%, resultados que nenhum remédio sozinho consegue alcançar.
O serviço da OncoloGym inclui protocolos exclusivos de exercícios, que são os mais efetivos para pacientes oncológicos, visando diversos objetivos e benefícios. Além disso, a startup busca ter uma equipe multidisciplinar, composta por profissionais de medicina, fisioterapia e educação física. As sessões são orientadas por professores de educação física, mas a gestão é multidisciplinar. "O professor ao vivo adapta a intensidade e o grau de esforço dos exercícios para homogeneizar a aula, permitindo que pacientes com diferentes níveis de condicionamento físico e capacidade funcional treinem na mesma intensidade", detalha.
Atualmente, a OncoloGym opera em dois modelos de negócio, o B2B e o B2C. Ainda em 2024, os primeiros passos da startup foram vender os planos diretamente para os consumidores finais. O acesso é feito através de planos de assinatura, com aulas experimentais disponíveis e planos mensais ou trimestrais a partir de R$ 99,00 por mês.
As aulas acontecem diariamente em diversos horários - entre manhã e tarde - e os pacientes têm acesso livre a qualquer aula, o que proporciona mais flexibilidade. "Oferecemos também aulas experimentais, então qualquer pessoa pode entrar em contato e fazer uma aula experimental", conta o médico.
A startup tenta escalar o produto no modelo B2B, onde há venda de serviços para as empresas. Segundo Geraldo, as companhias se beneficiam ao adotar programas como esse para seus funcionários oncológicos, podendo reduzir a sinistralidade com planos de saúde e negociar valores com operadoras.
Outros benefícios incluem diminuição de faltas no trabalho ou o distanciamento mental do colaborador que está presente na empresa, além da aceleração do retorno ao trabalho e contribuição para melhores práticas ESG - especialmente na parte social.

