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Publicada em 23 de Novembro de 2023 às 19:16

Átrio Capitão 7: diversão popular para jovens e coroas de classe média-baixa

Pista cheia marcou os 15 anos de funcionamento da Átrio na Capital

Pista cheia marcou os 15 anos de funcionamento da Átrio na Capital

/ACERVO IVAN SILVA/REPRODUÇÃO/JC
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Marcello Campos
Está nos dicionários. "Átrio": substantivo masculino que designa o principal aposento nos templos da Roma Antiga; antessala; pátio frontal; saguão coberto; câmara de acesso ao prédio principal. Pois o empresário bageense Danilo Lima Maia (1931-2003) estava para lá de inspirado ao assim nomear a sua terceira boate em Porto Alegre, no final de 1986. Em um espaço tão amplo quando despojado da avenida João Pessoa nº 599, na borda entre os bairros Cidade Baixa e Farroupilha, o empreendimento se tornaria um dos mais concorridos de praticamente todas as faixas etárias de uma baixa classe média pouco ou nada habituada a endereços mais elitizados.
Está nos dicionários. "Átrio": substantivo masculino que designa o principal aposento nos templos da Roma Antiga; antessala; pátio frontal; saguão coberto; câmara de acesso ao prédio principal. Pois o empresário bageense Danilo Lima Maia (1931-2003) estava para lá de inspirado ao assim nomear a sua terceira boate em Porto Alegre, no final de 1986. Em um espaço tão amplo quando despojado da avenida João Pessoa nº 599, na borda entre os bairros Cidade Baixa e Farroupilha, o empreendimento se tornaria um dos mais concorridos de praticamente todas as faixas etárias de uma baixa classe média pouco ou nada habituada a endereços mais elitizados.
Ingressos, bebidas e petiscos a preços módicos. Promoções imperdíveis. Música ao vivo ou som mecânico para jovens ou coroas. Festas estreladas por alguns dos principais nomes do rádio. Acesso fácil por ônibus, com parada a poucos metros do local, de frente para o Parque da Redenção e em área de boemia fervorosa. Não tinha como dar errado, intuiu Danilo, experiente no ramo como dono do antecessor Status - no mesmo endereço - e do consagrado Star Club (1979-2003), na avenida Assis Brasil, Passo D'Areia. O sujeito bonachão e de tino comercial aguçado havia construído seu patrimônio e reputação, aliás, em outras frentes de trabalho.
Primeiro foi um ferro-velho na Zona Norte, seguido de posto de gasolina na Azenha e duas oficinas com loja de carros usados, ambas em imóveis próprios na João Pessoa. Em viagens a São Paulo e Rio de Janeiro, o empreendedor viu no segmento noturno uma oportunidade promissora e apostou na ideia. "O Star Club foi um estouro mas o Status acabou quebrando", contextualiza o então cunhado e colaborador Ivanhoé 'Ivan' Silva, 60 anos. "Ele deu um tempo, providenciou mudanças e reinaugurou o espaço da João Pessoa com nome e proposta diferentes, tendo como gerente inicial Mauro Sergio Richinitti e seu filho, antes que eu assumisse de vez a função".
Sobrecarregado, em 1987 Danilo topou arrendar o Átrio a Ivan, então universitário de Ciências Contábeis e que não apenas manteve o embalo como colocou as finanças no azul naquele segundo ano de atividades. A casa quase sempre cheia tinha como chamariz uma agenda que podia começar à tardinha e prosseguir até as 5 da manhã, abrindo com bailes para o público de cabelo branco, emendados a encontros dançantes da turma jovem. Mas o grande salto de popularidade ocorreria no final da década, sob o protagonismo de radialistas campeões de audiência e que, mediante participação na bilheteria, ali promoviam festas inspiradas em seus programas.
A casa já vinha ampliando a presença do som mecânico em relação aos conjuntos musicais, a fim de dinamizar o negócio. Foi quando entrou na jogada, em 1989, o comunicador Moisés de Assis (1954-2022), da Farroupilha (então localizada a duas quadras, na mesma avenida) com o Baile do Namoro, para uma clientela que já não cozinhava na primeira fervura. O estouro da iniciativa - a partir de uma sugestão do amigo Jorge Falleiro - logo seria incrementado por nomes do microfone local voltados ao segmento jovem. Arlindo Sassi, da Cidade FM, com o apelo irresistível de sua Love Dance. Mano Délcio DJ, da Princesa AM, com suas Máximas.
 

Agito noturno que o bolso pode pagar

Átrio (mais tarde adotando, como aponta o luminoso, o 'sobrenome' Capitão 7) era opção barata de entretenimento noturno, daquelas que se podia chegar de ônibus

Átrio (mais tarde adotando, como aponta o luminoso, o 'sobrenome' Capitão 7) era opção barata de entretenimento noturno, daquelas que se podia chegar de ônibus

/ACERVO MARCELLO CAMPOS/REPRODUÇÃO/JC
Na antiga Rua da Azenha, rebatizada de João Pessoa após o assassinato do governador paraibano e vice na chapa do gaúcho Getúlio Vargas em 1930, o trecho entre as ruas da República e Luiz Afonso hospedou em 1951-1954 uma novidade: o Cineteatro Continente. O 'primeiro cinema de verão no Brasil' tinha conceito popular focado em filmes, variedades e peças infantis, tendo à frente um grande bar a céu aberto com mesas e guarda-sóis a emular cenário praieiro, até que um incêndio decretasse o fim da fita. A reconfiguração da área cederia lugar às sedes da Casa de Portugal (1960) e Touring Club (1971) - entre as duas, um pavilhão.
A caixa de concreto em linhas retas de 11 metros de largura por 100 de profundidade e quase sem divisórias dispensava maiores requintes, em uma configuração ideal para as pretensões de uma boate como o Átrio na segunda metade da festiva década de 1980. Tamanha era a simplicidade que até mesmo uma simpática piscina no pátio dos fundos (fronteiriço à padaria do supermercado Zaffari da rua Lima e Silva) se prestava não ao deleite de funcionários ou clientes, mas como reservatório de um sistema improvisado para fornecimento de água em eventual combate ao fogo. Sob a chancela de bombeiros e fiscais da prefeitura, a gambiarra felizmente jamais se mostrou necessária.
O mais perto que a casa chegou de algum luxo foram mesas separadas por muretas nas laterais da pista, fazendo as vezes de "camarotes vip" ao pessoal em melhor condição financeira para uma "chinfra". Cliente e depois funcionário como "DJ Bola" entre 1991 e 2004, o hoje corretor André Luiz Paim, 53 anos, solta o riso ao relembrar que sequer havia saguão: "Quem chegava da rua deparava apenas com o barulho da música e um biombo próximo à porta, colocado malandramente para que ninguém pudesse ver como estava o movimento. Um casal de seguranças fazia a revista de homens e mulheres, cada um entrando por um lado". 

DJ Bola começou como cliente e acabou pilotando as pick-ups na pista de dança

DJ Bola começou como cliente e acabou pilotando as pick-ups na pista de dança

ACERVO DJ BOLA/REPRODUÇÃO/JC
A diversão estava mesmo na pista, que podia ser ampliada com o uso da área atrás do palco. Ali o povão se esbaldava sob uma trilha sonora que incluía artistas locais como Conjunto Impacto e 3ª Dimensão, além de forasteiros antes da fama nacional - Zezé Di Camargo, Latino, Sampa Crew. Nos discos rolava música gaudéria, hits sertanejos, samba, pagode, lambada, axé, pop-rock, technopop, funk e rap, em pick-ups pelas quais passaram Clésio Calone com sua equipe de som Star Face e DJs como Nelsinho, Paulo Leitão, Rafael, Marcelo, Nene, Jean (antes da carreira como MC Jean Paul) e o já citado Bola.

"Como trabalho, foi o lugar onde aprendi tudo sobre discotecagem, uma atividade suada e nem sempre devidamente reconhecida", enaltece Paim. "Foi a época mais bacana da minha vida de jovem, porque ali também engatei com a Jaqueline um namoro que virou casamento, com dois filhos. E ainda tinha minha mãe, a saudosa Dona Ana Maria da Oração, que organizava no Átrio suas festas da terceira idade, com concursos de rainha, distribuição de prêmios etc."

Com eventos para até 2 mil pessoas - fisgadas por cartazes na fachada, blitze de panfletagem em diversos pontos da cidade, chamadas em rádio e ações promocionais como ingressos-cortesia e bótons de acesso gratuito pelo público feminino - o Átrio primava pela organização e disciplina para manter a casa em ordem. "Mesmo sem ser padre ou polícia, eu era bastante rigoroso nesse aspecto", garante o então administrador Ivan Silva, responsável pela boate desde o segundo ano de atividades. Jornais da época mencionavam, por exemplo, o protocolo de a clientela adolescente receber nas mãos o carimbo "menor de 18" como impeditivo ao consumo de birita nas dependências da boate.

"Eu tinha 17 anos e já gostava de hi-fi (vodka com refrigerante de laranja), mas lá curtia de 'cara limpa' porque era divertido demais e se gastava bem pouco", conta a auxiliar administrativa Patrícia Alves, 48. "Com aquela idade a gente ainda podia entrar em vários points no início da década de 1990, então minha turma pegava o ônibus no bairro Santo Antônio (Zona Leste) e descia em frente à Redenção, na última parada antes do Centro. Até hoje lembro das coreografias em grupo, dançando todas as músicas até altas horas da madrugada, e de uma vez que cruzei na portaria com uma tia minha, saindo de um daqueles bailinhos para o pessoal das antigas."

Cabelos brancos

Bailes da terceira idade eram uma das marcas do Átrio, que trouxe décadas de diversão barata aos boêmios da Capital

Bailes da terceira idade eram uma das marcas do Átrio, que trouxe décadas de diversão barata aos boêmios da Capital

/ACERVO DJ BOLA/REPRODUÇÃO/JC
Na rara alternância de faixas etárias promovida pela casa noturna, o primeiro grande cartaz coube ao radialista Moisés de Assis, a partir de uma "pilha" de Jorge Falleiro, então frequentador da emissora como vendedor ambulante. "O programa Namoro no Rádio atraía à sede da Farroupilha dezenas de pessoas em busca de um par romântico, muitas já cobrando um baile para a turma", narra Falleiro, 63 anos, jornalista em Santa Catarina. "Convenci o Moisés e acertamos com o Átrio, em abril de 1989. Acabei me tornando seu amigo, divulgador e mestre-de-cerimônias do Baile do Namoro (às quartas e domingos) e Baile da 3ª Idade (às quintas), sucesso total durante dez anos."
As filas eventualmente dobravam a esquina com a rua Luiz Afonso a partir das cinco da tarde (ou antes), demanda que estimulou pequenas boates ao longo da avenida a improvisarem seus próprios bailinhos. Guardião de memórias impagáveis, Falleiro puxa da manga a "marca das damas", brincadeira na qual elas tiravam eles para dançar: quem desse "carão" era obrigado a pagar uma bebida ou sofrer alguma punição divertida. “Houve uma época em que liberamos ingresso e comanda a dez homens bem-apessoados, conhecidos nossos, para servirem de chamariz a uma mulherada que normalmente estava em maioria de três para um”, testemunha.
Ele se emociona ao partilhar episódio envolvendo o reencontro de um casal, 50 anos depois da separação. "Ao pedir que eu tocasse Luzes da Ribalta, do Charles Chaplin, um senhor já setentão comentou que aquela música o lembrava de um namoro encerrado na juventude, por pressões familiares. Dividi os detalhes ao microfone, e para delírio geral, a antiga paixão do sujeito estava lá! Imagine que ambos frequentavam o Átrio sem desconfiarem de nada. Os dois foram chamados ao palco, dançaram de rosto colado e se 'grudaram' ali mesmo, sob aplausos e lágrimas. O relacionamento foi então retomado e levado para o altar."
 

Capitão 7 vira herói noturno

DJ Jean, antes da fama como cantor MC Jean Paul, fez discotecagem na casa noturna que movimentava a João Pessoa

DJ Jean, antes da fama como cantor MC Jean Paul, fez discotecagem na casa noturna que movimentava a João Pessoa

/ACERVO IVAN SILVA/REPRODUÇÃO/JC
A trajetória seria marcada por outro lance curioso, na primeira metade da década de 1990. Um dos "cartazes" da boate com suas festas de flashback, o radialista Arlindo Sassi sugeriu que a divulgação de suas festas fizesse referência a um personagem que o cativara na infância: Capitão 7, super-herói brasileiro com seriado na TV Record/SP em 1954-1966 e gibi de sucesso na época. A homenagem caiu no agrado geral e, sem demora, a fachada passou a ostentar o luminoso ÁTRIO - CAPITÃO 7, encampando a citação como uma espécie de "sobrenome" - lance capaz de desafiar qualquer especialista em marketing. E de render alguma incomodação ao pessoal.
"Até pelo Átrio ser frequentemente citado na imprensa e receber visitantes de outras partes do Brasil, em algum momento aconteceu de o fato chegar aos ouvidos dos donos da marca (herdeiros do ator mineiro Ayres Campos, coautor e intérprete do personagem televisivo)", revela Ivan Silva. "Aí fomos procurados por um advogado da família para acertar questões financeiras de direito autoral, esse tipo de coisa, que conseguimos contornar. Mas o alerta nos fez optar pela troca do 'Capitão 7' por 'Cap.7', para que cobranças e outros problemas não batessem novamente à nossa porta."
Outro bem-sucedido comunicador recrutado na época foi Mano Délcio DJ - na carteira de identidade Délcio Pinheiro, 61 anos. Desbravador da black music em eventos e transmissões locais, ele ajudou a tornar ainda mais popular o número 599 da João Pessoa. "Meti bronca com a festa As Máximas do Mano Délcio, trazendo para as sextas-feiras uma rapaziada que já acompanhava meu programa na Princesa AM (então pertencente ao grupo Jornal do Comércio) e as discotecagens que eu fazia na Esquina Democrática ou Ginásio Gigantinho, por exemplo", orgulha-se o agitador cultural, que se mantém ativo com a emissora on-line reacaofm.com e outros embalos.
Daquele tempo de mochilas recheadas com pelo menos 40 LPs para segurar o pique sem repetir qualquer faixa das 23h às 5h, ele compartilha memórias que remetem a um lugar de gente simples: "O Átrio praticamente não tinha problemas com estacionamento, afinal quase todo mundo chegava de ônibus, e muitos vindos de longe. Como eu mobilizava a galera com sorteios de ranchos de supermercado e até mesmo televisores usados, imagine que loucura o sujeito voltando de madrugada para casa em algum bairro de periferia ou mesmo de cidades vizinhas como Viamão, Guaíba, Canoas, feliz da vida ao carregar um trambolho daqueles debaixo do braço!"
 

Inspiração roqueira

Logomarca do Átrio, espaço que marcou a noite na João Pessoa durante mais de 15 anos

Logomarca do Átrio, espaço que marcou a noite na João Pessoa durante mais de 15 anos

/ACERVO MARCELLO CAMPOS/REPRODUÇÃO/JC
As "indiadas" a bordo de transporte público até a boate não passaram batidas pelo rock gaúcho. Em 2000, a banda porto-alegrense Bidê ou Balde (1998-2016) incluiu em seu disco de estreia a faixa Me Envergonha, cuja primeira estrofe narra "(...) Vamos no Átrio-Capitão 7, sábado é o Baile dos Namorados. E vai ser legal! Pegamo o Cefer na Bento, pra descer na João Pessoa, uma depois do JC". Com a palavra, o cantor e compositor Carlinhos Carneiro, 45 anos, que assina com Rafael Rossato a crônica musical baseada em um mix de elementos de ficção com experiências pessoais do período como universitário de jornalismo da Pucrs:
"Eu tinha 17 anos e estagiava como 'pesquisador de internet' no Jornal do Comércio, em 1996, quando os office-boys me chamaram para um rolê que começava nos bares tipo Peter Pan, Bom Ami e Corujinha, na primeira ponta da avenida Salgado Filho, depois emendando a noite até o Átrio (a 850 metros). Daí veio a ideia da música, com uma linguagem inspirada nas conversas daquela turma e a referência à sigla JC, porque a parada do corredor de ônibus quase em frente à empresa era a última antes de descer na boate. Tempos depois, voltei lá com o (coletivo carnavalesco) Bloco da Laje, quando o lugar já tinha outro nome, mas continuava enorme".
 

Tapumes e 'passinhos'

Projeto Geração Atriana reúne saudosos do Átrio em bailes itinerantes

Projeto Geração Atriana reúne saudosos do Átrio em bailes itinerantes

/ACERVO RICARDO CARDONAS/REPRODUÇÃO/JC
Diferente de boates que definham até ganhar um cadeado definitivo, as luzes do Átrio não se apagaram por queda no movimento ou desinteligência entre sócios, mas devido a assuntos particulares de seu proprietário Danilo Maia, em data incerta de 2000 - três anos antes de ele sucumbir a um infarto. O espaço acabou cedido a Moisés de Assis para a montagem da Cervejaria Rodeio, de perfil similar, clientela fiel e cujo ciclo se fecharia em 2016, em meio ao processo de aquisição dos imóveis naquele trecho da João Pessoa por uma rede de supermercados - tapumes, abandono e pichações servem de prefácio à demolição por algum megaempreendimento.
A saga de um dos mais populares pontos de encontro noturno para jovens e coroas da cidade ao longo de quase 15 anos, porém, não tem fim. Reunido desde 2019 no projeto Geração Atriana, seis habituês da última década da casa têm promovido festas itinerantes capazes de mobilizar 1.500 saudosistas por evento, além de 3 mil seguidores nas redes sociais e a produção de itens temáticos como bonés e camisetas. "A gente percebeu uma carência por parte do público que frequentava a casa", explica o empresário e DJ Ricardo Coronas, 44 anos, auxiliado na missão pela esposa Sheila Figueiredo e os amigos Isabel Quadros, Vando Silveira, Elis Rosa e Marco 'Anos Oitenta'.
Um dos atrativos dos remembers são os chamados "passinhos", como ficaram conhecidas as coreografias coletivas na pista. A sincronia é cuidadosamente trabalhada em ensaios na véspera, ao som de hits como a versão remix de It's Not Right But It's Okay, da cantora norte-americana Whitney Houston (1963-2012). "Nem mesmo a pandemia de coronavírus impediu a galera de manter o pique, dançando em casa nas lives que a gente usava para montar vídeos no Youtube", ressalta Sheila, 40 anos, empreendedora do ramo de beleza e que conheceu Ricardo na boate em 1997 - ainda adolescente, ela frequentava o Átrio acompanhada da mãe. O globo espelhado dá suas voltas: hoje é a filha quem leva Dona Inajara, 59 anos, para curtir o agito.
 

* Marcello Campos é formado em Jornalismo, Publicidade & Propaganda (ambas pela PUCRS) e Artes Plásticas (UFRGS). Tem seis livros publicados, incluindo as biografias de Lupicínio Rodrigues, do Conjunto Melódico Norberto Baldauf e do garçom-advogado Dinarte Valentini (Bar do Beto). Há mais de uma década, dedica-se ao resgate de fatos, lugares e personagens porto-alegrenses. Contato: [email protected]

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