Afetado pelas enchentes do ano passado, que causaram seu assoreamento devido à movimentação de sedimentos pela hidrovia gaúcha, o Canal de Itapuã já recuperou em parte do seu trecho o seu calado original de 5,18 metros. A dragagem da área, determinada pelo governo do Estado, iniciou no final de novembro. O local, que faz a ligação do Guaíba com a Lagoa dos Patos, é considerado um dos pontos críticos para acessar ou sair do porto da capital gaúcha ou fazer a ligação até o terminal Santa Clara, em Triunfo. O presidente da Portos RS (companhia pública responsável por administrar o sistema hidroportuário no Rio Grande do Sul), Cristiano Klinger, espera que em pouco tempo ocorra a oficialização do novo calado por parte da Capitania dos Portos e da Marinha.
O dirigente comenta que as obras seguem acontecendo. Porém, segundo uma recente batimetria (medição) realizada, já há condições de navegar no Canal de Itapuã com o seu calado normal. A obra completa, que aumentará a largura da área dragada, deve ser encerrada em mais cerca de 30 dias. O investimento nessa iniciativa será de cerca de R$ 8,7 milhões para a retirada de aproximadamente 156 mil metros cúbicos de sedimentos.
O dirigente adianta que, em breve, também começarão as dragagens dos canais de Pedras Brancas, Leitão, Furadinho e São Gonçalo. Ele informa que o processo licitatório para a contratação da empresa que fará esse serviço está aberto e a perspectiva é que o acordo seja assinado ainda em janeiro.
Depois de firmado o contrato, a companhia vencedora terá até 30 dias para mobilizar equipamentos e pessoal e iniciar o serviço, com previsão de conclusão total das obras nos quatro canais em 150 dias.
Depois de firmado o contrato, a companhia vencedora terá até 30 dias para mobilizar equipamentos e pessoal e iniciar o serviço, com previsão de conclusão total das obras nos quatro canais em 150 dias.
Já a respeito dos outros canais que compõem a hidrovia gaúcha, Klinger informa que o acordo da batimetria desses locais já está vigente e terá duração de dois anos. Com a medição, será possível fazer as dragagens dessas áreas. Para realizar todas as batimetrias e dragagens necessárias na hidrovia gaúcha, o Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs) destinou cerca de R$ 730 milhões.