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Publicada em 05 de Setembro de 2024 às 12:19

Aptos a operar em breve, aeroportos de Torres e Canela dependem das aéreas

Aeroporto de Torres poderá operar aeronaves de grande porte

Aeroporto de Torres poderá operar aeronaves de grande porte

Prefeitura de Torres/Divulgação/JC
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Bárbara Lima
Bárbara Lima Repórter
Diretor de projeto da Secretaria Extraordinária da Presidência da República para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul e coordenador das discussões sobre o repasse de aeroportos gaúchos à Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), Milton Zuanazzi acredita que o aeroporto de Torres possa estar apto a funcionar nas próximas semanas, e prevê que o de Canela fique pronto até o final do ano. A transferência da administração foi confirmada em decreto publicado no Diário Oficial no início da semana. Ele explica, no entanto, que a finalização das obras não significa, necessariamente, o início imediato das operações de voo. Será preciso convencer as companhias aéreas de que vale a pena incluir os dois aeroportos em suas rotas."Abre-se um ambiente de possibilidades, mas as empresas têm autonomia, inclusive para definir o preço das passagens. Elas precisam ser convencidas a operar nesses aeroportos", disse o ex-Secretário Nacional de Políticas para o Turismo e ex-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A equipe da Infraero chega nesta quinta-feira (5) ao Estado para reuniões que ocorrerão na segunda-feira (9), em Torres, e na terça (10), em Canela. Durante os encontros, espera-se que a Infraero apresente o cronograma oficial das obras a serem realizadas nos aeroportos do Litoral Norte e da Serra Gaúcha."O aeroporto de Torres já está bem mais adiantado. Faltam apenas alguns equipamentos", afirmou, ressaltando que a Infraero possui muitos deles em estoque, o que agiliza as operações. Além disso, em Torres, as companhias aéreas poderão operar aviões de grande porte. Já o aeroporto de Canela pode demorar um pouco mais para ficar pronto, devido à necessidade de ampliação da pista. Mesmo que possa receber aeronaves ATR-72, com capacidade de transportar 72 passageiros, e seja economicamente mais atrativo, considerando que a maioria dos passageiros que desembarcam no Salgado Filho segue para a Serra, não será possível operar voos com aeronaves maiores no local por restrições estruturais. A previsão, contudo, é que o aeroporto esteja apto antes do final do ano, período de grande movimento turístico na região. "Temos o Natal Luz em dezembro", comentou.De acordo com Zuanazzi, todas as obras serão custeadas com recursos da Infraero, mas o valor do investimento necessário ainda não foi detalhado. Após a conclusão das melhorias, ele destaca que a Infraero tem a outorga para operar os aeroportos pelo tempo que desejar. "Esses aeroportos não estavam sendo utilizados para voos de passageiros, apenas para aviação particular. É muito importante que a Infraero tenha aceitado assumir a administração dos aeroportos. A empresa tem expertise e traz os investimentos necessários para isso", afirmou.Embora, em um primeiro momento, os aeroportos possam servir para atender à demanda reprimida pela falta de operação no Aeroporto Salgado Filho, afetado pelas cheias de maio, Zuanazzi espera que a solução se mantenha no longo prazo. "Torres tem um desejo muito grande pela operação comercial. O litoral experimenta um aumento populacional", ponderou. Isso pode impulsionar o turismo, além de facilitar o deslocamento da população local.
Diretor de projeto da Secretaria Extraordinária da Presidência da República para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul e coordenador das discussões sobre o repasse de aeroportos gaúchos à Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), Milton Zuanazzi acredita que o aeroporto de Torres possa estar apto a funcionar nas próximas semanas, e prevê que o de Canela fique pronto até o final do ano. A transferência da administração foi confirmada em decreto publicado no Diário Oficial no início da semana. Ele explica, no entanto, que a finalização das obras não significa, necessariamente, o início imediato das operações de voo. Será preciso convencer as companhias aéreas de que vale a pena incluir os dois aeroportos em suas rotas.

"Abre-se um ambiente de possibilidades, mas as empresas têm autonomia, inclusive para definir o preço das passagens. Elas precisam ser convencidas a operar nesses aeroportos", disse o ex-Secretário Nacional de Políticas para o Turismo e ex-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A equipe da Infraero chega nesta quinta-feira (5) ao Estado para reuniões que ocorrerão na segunda-feira (9), em Torres, e na terça (10), em Canela. Durante os encontros, espera-se que a Infraero apresente o cronograma oficial das obras a serem realizadas nos aeroportos do Litoral Norte e da Serra Gaúcha.

"O aeroporto de Torres já está bem mais adiantado. Faltam apenas alguns equipamentos", afirmou, ressaltando que a Infraero possui muitos deles em estoque, o que agiliza as operações. Além disso, em Torres, as companhias aéreas poderão operar aviões de grande porte. Já o aeroporto de Canela pode demorar um pouco mais para ficar pronto, devido à necessidade de ampliação da pista. Mesmo que possa receber aeronaves ATR-72, com capacidade de transportar 72 passageiros, e seja economicamente mais atrativo, considerando que a maioria dos passageiros que desembarcam no Salgado Filho segue para a Serra, não será possível operar voos com aeronaves maiores no local por restrições estruturais. A previsão, contudo, é que o aeroporto esteja apto antes do final do ano, período de grande movimento turístico na região. "Temos o Natal Luz em dezembro", comentou.

De acordo com Zuanazzi, todas as obras serão custeadas com recursos da Infraero, mas o valor do investimento necessário ainda não foi detalhado. Após a conclusão das melhorias, ele destaca que a Infraero tem a outorga para operar os aeroportos pelo tempo que desejar. "Esses aeroportos não estavam sendo utilizados para voos de passageiros, apenas para aviação particular. É muito importante que a Infraero tenha aceitado assumir a administração dos aeroportos. A empresa tem expertise e traz os investimentos necessários para isso", afirmou.

Embora, em um primeiro momento, os aeroportos possam servir para atender à demanda reprimida pela falta de operação no Aeroporto Salgado Filho, afetado pelas cheias de maio, Zuanazzi espera que a solução se mantenha no longo prazo. "Torres tem um desejo muito grande pela operação comercial. O litoral experimenta um aumento populacional", ponderou. Isso pode impulsionar o turismo, além de facilitar o deslocamento da população local.

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