O Instituto Latino Americano de Desenvolvimento Econômico Sustentável (Ilades) assinou, nesta sexta-feira, com a Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), por intermédio de sua Escola de Direito, um convênio para a criação de cursos de Educação Ambiental Corporativa e de um pós-graduação. A iniciativa tem como meta qualificar o setor empresarial para tratar de temas relacionados ao meio ambiente e às mudanças climáticas.
O termo foi assinado na abertura do evento Diálogos Sustentáveis, realizado pela manhã no campus de Porto Alegre da Unisinos. O Ilades foi representada pelo seu presidente, o advogado Marcino Fernandes Rodrigues Junior. O reitor da Unisinos, padre Sérgio Eduardo Mariucci, assinou o acordo por parte da universidade.
Nos próximos dias, haverá uma reunião entre dirigentes do Ilades e o professor Miguel Tedesco Wedy, do programa de Pós-Graduação em Direito da Unisinos (Mestrado e Doutorado) e decano da Escola de Direito da universidade, além da professora Josiane Brietzke Porto, da gerência de Lato Sensu e Cursos de Curta Duração para tratar dos detalhes e cronograma das atividades.
"O curso de extensão terá 15 horas/aula e o pós-graduação tem um desenho básico 360 horas e que é um latu sensu em Direito e Governança Sustentável", detalha o presidente do Ilades, sobre o projeto de Educação Ambiental Corporativa.
O reitor da Unisinos destacou a importância de a questão ambiental ser tratada de forma responsável e com base em dados e evidências, como faz o meio acadêmico. Mariucci ainda comentou os desafios econômicos e sociais vividos pela sociedade após as enchentes e defendeu o conceito de justiça ambiental.
Marcino classificou o protocolo com a Unisinos como "guarda-chuva", já que além da Educação Ambiental Corporativa, deve ter desdobramentos em eventos e fóruns, como o 5º Fórum de Mudanças Climáticas da descarbonização da economia - o Diálogo da Bioeconomia, que será realizado em agosto. "O Ilades vai trabalhar programas de extensão, capacitação e qualificação para o setor corporativo", projeta.
O conteúdo programático é do Ilades, com a participação de professores e especialistas associados ao instituto, com conhecimentos e experiência prática. O dirigente do Ilades detalha que, como os professores atuam em empresas e entidades, serão capazes de promover um movimento nas organizações públicas e privadas. "São profissionais capazes de levar conhecimento sobre tecnologia e de modelos adequados de cidades e de controle de resíduos e de gases de efeito estufa, inventário e mercado de carbono”, enumera.
Para o professor Wedy, a parceria com o Ilades pode representar um grande salto para o Rio Grande do Sul para o aprimoramento da questão ambiental e para o desenvolvimento socioambiental e econômico. Segundo ele, a questão econômica não está dissociada do aspecto socioambiental. "O convênio busca integrar universidades, empresas, a sociedade civil e instituições públicas. É deste modo que podemos erguer o Rio Grande do Sul", salienta.
O conteúdo programático é do Ilades, com a participação de professores e especialistas associados ao instituto, com conhecimentos e experiência prática. O dirigente do Ilades detalha que, como os professores atuam em empresas e entidades, serão capazes de promover um movimento nas organizações públicas e privadas. "São profissionais capazes de levar conhecimento sobre tecnologia e de modelos adequados de cidades e de controle de resíduos e de gases de efeito estufa, inventário e mercado de carbono”, enumera.
Para o professor Wedy, a parceria com o Ilades pode representar um grande salto para o Rio Grande do Sul para o aprimoramento da questão ambiental e para o desenvolvimento socioambiental e econômico. Segundo ele, a questão econômica não está dissociada do aspecto socioambiental. "O convênio busca integrar universidades, empresas, a sociedade civil e instituições públicas. É deste modo que podemos erguer o Rio Grande do Sul", salienta.
Homenagem
A edição desta sexta-feira do evento Diálogos Sustentáveis teve ainda uma homenagem a três jornalistas: Telmo Flor, editor-chefe do Correio do Povo; Juliana Bublitz, colunista de Zero Hora; e Guilherme Kolling, editor-chefe do Jornal do Comércio, receberam a distinção Líderes Sustentáveis, simbolizada na escultura João de Barro, obra da artista plástica Glória Corbetta.
Promotor defende que boas práticas ambientais sejam premiadas

Daniel Martini, promotor do Ministério Público Estadual, palestrou no evento Diálogos Sustentáveis
TÂNIA MEINERZ/JCO painel Diálogos Sustentáveis realizado nesta sexta-feira na Unisinos teve como tema “Instrumentos Econômicos de Tutela Ambiental”, com palestra de Daniel Martini, promotor de Justiça do Ministério Público do Estado. O especialista em Direito Ambiental, que é doutor pela Universidade Roma 3, analisou o que considera um “esvaziamento da legislação ambiental” nos últimos anos, com flexibilização e retrocessos, em diferentes governos.
Também analisou o sistema legislativo apontando que o foco na punição não tem funcionado. Martini defendeu a importância de trabalhar “sanções positivas”, isto é, recompensar quem cumpre e vai além do que é exigido por lei no cuidado com o meio ambiente. Uma empresa que se responsabiliza por uma Reserva Particular do Patrimônio Natural, por exemplo, poderia ser beneficiada.
O promotor vê avanços possíveis com premiações a quem promove boas práticas, e vê espaço e iniciativas já sendo feitas, tanto na indústria quanto no agronegócio do Rio Grande do Sul. E concluiu que estimular organizações e o meio corporativo a irem além do que a legislação exige – seja como incentivo fiscal ou outro benefício – é um caminho para avançar na questão ambiental.