Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Energia

- Publicada em 22 de Março de 2024 às 18:09

RGE planeja implementar 24 novas subestações até 2028

Empresa projeta investimento de R$ 9,3 bilhões em cinco anos

Empresa projeta investimento de R$ 9,3 bilhões em cinco anos


Divulgação RGE/JC
A distribuidora gaúcha de energia RGE prevê, entre 2024 e 2028, fazer o maior investimento de sua história dentro de um ciclo de cindo anos: R$ 9,3 bilhões. O diretor-presidente da companhia, Marco Antônio Villela de Abreu, afirma que boa parte desses recursos será destinada à construção de 24 novas subestações. O executivo comenta que esses complexos possibilitarão maior flexibilidade quanto a manobras de carga elétrica e mais confiabilidade no atendimento das demandas. Atualmente, a empresa possui 164 subestações, todas telecomandadas.
A distribuidora gaúcha de energia RGE prevê, entre 2024 e 2028, fazer o maior investimento de sua história dentro de um ciclo de cindo anos: R$ 9,3 bilhões. O diretor-presidente da companhia, Marco Antônio Villela de Abreu, afirma que boa parte desses recursos será destinada à construção de 24 novas subestações. O executivo comenta que esses complexos possibilitarão maior flexibilidade quanto a manobras de carga elétrica e mais confiabilidade no atendimento das demandas. Atualmente, a empresa possui 164 subestações, todas telecomandadas.
Outro reflexo dos aportes, ressalta o dirigente, é a perspectiva de concluir a troca de todos os postes de madeira presentes na área de concessão da distribuidora, que totaliza 381 municípios. No momento, a companhia registra aproximadamente 2 milhões de postes e dessa quantidade em torno de 82% é constituída de unidades de concreto ou fibra.
Até julho deste ano, a RGE almeja ainda contratar mais 500 eletricistas e agregar 100 caminhões a sua frota de veículos (que hoje é composta por cerca de 2,9 mil unidades). “E essa força de trabalho adicional também vai para (situações de) emergência se precisar”, adianta Villela. Com esse acréscimo de pessoal, a concessionária passará a ter quase 8 mil pessoas trabalhando para a empresa, entre empregados próprios e terceirizados.
A distribuidora tem colhido os frutos dos seus investimentos (nos últimos cinco anos foram desembolsados em torno de R$ 7 bilhões pela companhia). Depois de recentemente subir dez posições no ranking de fornecimento de energia da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), ficando no nono lugar entre 29 concorrentes e sendo a empresa que mais evoluiu nesse levantamento, nesta sexta-feira (22) a RGE venceu o prêmio Índice de Satisfação do Consumidor (Iasc), também promovido pelo órgão regulador do setor, na categoria concessionárias da Região Sul do Brasil que atendem acima de 400 mil unidades consumidoras, superando a catarinense Celesc e a paranaense Copel que completaram o pódio das melhores colocadas.
Para Villela, a distinção ganha importância, pois a RGE atua em uma região acometida por muitos vendavais, raios e chuvas intensas. No pico do temporal que atingiu o Rio Grande do Sul na madrugada de quinta-feira (21), por exemplo, em torno de 419 mil clientes ficaram sem energia elétrica na área de abrangência da distribuidora. Desses atingidos, cerca de 35 mil ainda aguardavam o retorno da luz no começo da tarde de sexta-feira (20).
De acordo com Villela, esse temporal mais recente foi diferente do que assolou o Estado em janeiro e que, somando RGE e CEEE Equatorial, deixou mais de 1 milhão de unidades às escuras. O dirigente explica que agora houve a queda de árvores, mas não tantas de grande porte. O executivo atribui a ocorrência cada vez mais frequente e severa desses fenômenos às mudanças climáticas globais.
Ele defende que é preciso avançar com o debate sobre o plantio e o manejo de árvores corretos com governo estadual, municípios e sociedade para atenuar os desdobramentos dessas ocorrências. “É uma discussão que não é simples, porque se fosse simples já teria sido resolvida”, argumenta Villela.
O governador Eduardo Leite chegou a anunciar, após o temporal de janeiro, que um projeto de lei para estabelecer um plano de arborização deveria ser encaminhado para a Assembleia Legislativa em fevereiro. No entanto, o documento ainda não foi enviado e, conforme informações das secretarias estaduais do Meio Ambiente e Infraestrutura e da Casa Civil, não há uma previsão de data para que isso aconteça.
Segundo o presidente da RGE, a distribuidora está contribuindo com algumas sugestões para a elaboração desse planejamento. Uma delas é o aumento da faixa de distância na qual seria permitido o plantio de árvores no meio rural, aumentando o limite dos atuais sete metros estipulados para cada lado da rede elétrica. “Se conseguirmos avançar para 30 metros, vamos ter muito menos desligamentos”, sustenta o executivo.
Quanto a uma multa que a RGE sofreu neste mês de março no valor de aproximadamente R$ 40 milhões, dada pela Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (Agergs), Villela antecipa que a empresa irá recorrer da penalidade na Aneel. A Agergs justificou a sua decisão alegando que a concessionária não observou corretamente, em 2020, prazos e critérios para a devolução de cobranças indevidas lançadas no ajuste do calendário de faturamento das unidades consumidoras do grupo A (aquelas atendidas com fornecimento em média ou alta tensão). O presidente da RGE ressalta que a companhia discorda da multa por entender que cumpriu os procedimentos adequados.

Municípios que receberão novas subestações da RGE até 2028:
Frederico Westphalen
Gravataí
Erechim
Bento Gonçalves
Cambará do Sul
Santa Maria
Nova Santa Rita
Imigrante
Cruzeiro do Sul
Alegrete
Igrejinha
Canela
Riozinho
Formigueiro
São José do Sul
Santana do Livramento
Tio Hugo
Passo Fundo
Carlos Barbosa
Boa Vista do Buricá
São Gabriel
São Leopoldo
Jaguari
Doutor Ricardo
Fonte: RGE