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Publicada em 15 de Março de 2024 às 13:00

CEEE Equatorial fica em penúltimo lugar em ranking de fornecimento de energia da Aneel

Ex-estatal superou empresa que pertence ao mesmo grupo do seu atual controlador

Ex-estatal superou empresa que pertence ao mesmo grupo do seu atual controlador

Diego Nuñez/Especial/JC
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Jefferson Klein
Jefferson Klein Repórter
Depois de consecutivamente nos últimos anos (desde 2019) ter figurado na pior colocação no ranking de qualidade de atendimento realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a CEEE Equatorial deixou essa posição no levantamento publicado nesta sexta-feira (15) e relativo ao desempenho em 2023 das distribuidoras analisadas. No entanto, o progresso foi tímido: um avanço para o penúltimo lugar, superando apenas a Equatorial Goiás, empresa também pertencente ao grupo controlador da concessionária gaúcha, privatizada em 2021.
Depois de consecutivamente nos últimos anos (desde 2019) ter figurado na pior colocação no ranking de qualidade de atendimento realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a CEEE Equatorial deixou essa posição no levantamento publicado nesta sexta-feira (15) e relativo ao desempenho em 2023 das distribuidoras analisadas. No entanto, o progresso foi tímido: um avanço para o penúltimo lugar, superando apenas a Equatorial Goiás, empresa também pertencente ao grupo controlador da concessionária gaúcha, privatizada em 2021.
A CEEE Equatorial foi avaliada pela Aneel dentro do conjunto das distribuidoras de grande porte (com mais de 400 mil unidades consumidoras em sua área de abrangência), formado por 29 companhias. A outra empresa gaúcha desse grupo de concessionárias foi a RGE, que ficou na nona posição, empatada com a CPFL Piratininga. A RGE, inclusive, foi a distribuidora que mais evoluiu no ano passado, com um avanço de 10 posições em relação a 2022.
Das empresas de grande porte, a campeã foi a paulista Companhia Jaguari de Energia (CPFL Santa Cruz), seguida pela paraense Equatorial Pará Distribuidora de Energia (Equatorial PA) em segundo e duas distribuidoras empatadas em terceiro, a Companhia Energética do Rio Grande do Norte (Cosern) e a paulistas Energisa Sul-Sudeste – Distribuidora de Energia (ESS). Já em relação às companhias com até 400 mil consumidores, a campeã foi a Empresa Força e Luz João Cesa (SC), em segundo ficou a Energisa Borborema – Distribuidora de Energia (PB) e a gaúcha Muxfeldt Marin e Cia, a Mux Energia, em terceiro.
O ranking da Aneel é estabelecido através do Desempenho Global de Continuidade (DGC) das empresas. Trata-se da média aritmética de dois indicadores: Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (DEC) e Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (FEC). O primeiro diz respeito ao tempo que cada unidade consumidora ficou sem energia elétrica e o segundo quanto ao número de interrupções ocorridas no período de observação. Quanto menor o DGC, melhor é a avaliação da empresa. Por exemplo, enquanto a CEEE Equatorial ficou com um DGC de 1,63, a RGE registrou 0,69, menos que o dobro.
De uma maneira geral, a Aneel calcula que, em média, os consumidores brasileiros ficaram 10,43 horas em média sem energia (DEC) em 2023, o que representa uma redução de 6,9% em relação ao ano anterior, quando se registrou 11,20 horas em média. A frequência (FEC) das interrupções se manteve em trajetória decrescente, reduzindo de 5,47 interrupções em 2022 para 5,24 interrupções em média por consumidor no ano passado, o que significa uma melhora de 4,2% no período. Mesmo assim, o valor das compensações de continuidade pagas aos clientes registrou aumento, passando de R$ 765 milhões, em 2022, para R$ 1,080 bilhão em 2023.

Ranking das concessionárias de energia de grande porte (mais de 400 mil unidades consumidoras):
*Quanto menor o Desempenho Global de Continuidade (DGC), melhor a avaliação a empresa.
1º CPFL Santa Cruz – DGC: 0,56
2º Equatorial PA – DGC: 0,60
3º Cosern – DGC: 0,62
4º ESS – DGC: 0,62
5º ETO – DGC: 0,64
5º EDP ES – DGC: 0,64
5º EPB – DGC: 0,64
8º EMR – DGC: 0,68
9º CPFL Piratininga – DGC: 0,69
9º RGE – DGC: 0,69
11º EMT – DGC: 0,70
12º EDP ES – DGC: 0,71
13º CPFL Paulista – DGC: 0,72
13º EMS – DGC: 0,72
15º ESSE – DGC: 0,77
15º Coelba – DGC: 0,77
17º Light – DGC: 0,78
18º Celpe – DGC: 0,80
18º Elektro – DGC: 0,80
18º Enel CE – DGC: 0,80
21º Enel SP – DGC:0,82
21º Enel RJ – DGC: 0,82
21º Equatorial MA – DGC: 0,82
24º Celesc – DGC: 0,83
25º Copel – DGC: 0,86
26º Cemig – DGC: 0,91
27º Neoenergia Brasília – DGC: 0,96
28º CEEE Equatorial – DGC: 1,63
29º Equatorial GO – DGC: 1,66
Fonte: Aneel.

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