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Energia

- Publicada em 27 de Abril de 2023 às 19:02

Portos RS e porto de Roterdã firmarão convênio na área de hidrogênio verde

Complexo em Rio Grande tem potencial para produção do combustível

Complexo em Rio Grande tem potencial para produção do combustível


WENDERSON ARAUJO/TRILUX/CNA/DIVULGAÇÃO/JC
Avançando em um tema considerado como estratégico para o governo do Estado, a Portos RS (empresa pública responsável por administrar o sistema hidroportuário gaúcho) celebrará com o porto de Roterdã acordo de colaboração para desenvolver ações envolvendo o hidrogênio verde. O convênio será selado durante o evento World Hydrogen Summit 2023, que acontecerá na cidade holandesa entre os dias 9 e 11 de maio.
Avançando em um tema considerado como estratégico para o governo do Estado, a Portos RS (empresa pública responsável por administrar o sistema hidroportuário gaúcho) celebrará com o porto de Roterdã acordo de colaboração para desenvolver ações envolvendo o hidrogênio verde. O convênio será selado durante o evento World Hydrogen Summit 2023, que acontecerá na cidade holandesa entre os dias 9 e 11 de maio.
Além de integrantes da Porto RS, outros representantes do governo do Rio Grande do Sul participarão da comitiva que irá à Europa, entre os quais a secretária estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura, Marjorie Kauffmann. Ela detalha que o encontro na Holanda apresentará diversas iniciativas abrangendo o assunto hidrogênio verde, abordando questões como fontes para produzir o combustível, equipamentos, mercados, entre outros tópicos.
No caso do acerto que será assinado entre a Portos RS e o porto de Roterdã a ideia é fazer um convênio para trocar experiências. “E muito provavelmente fazer uso de mercados comuns para o hidrogênio verde”, destaca a secretária. No ano passado, uma comitiva liderada pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) e pelo governo gaúcho já havia visitado a cidade holandesa prospectando oportunidades nesse campo.
Ao se obter o hidrogênio puro, é possível aproveitá-lo para ações como armazenar e gerar energia por meio de células de combustível (em veículos de pequeno, médio e grande porte, como automóveis e caminhões) e pode servir como insumo para a produção siderúrgica, química, petroquímica, agrícola, alimentícia e de bebidas e para aquecimento de edificações. O porto do Rio Grande é visto como um excelente local para se produzir esse combustível porque conta com geração de energia eólica (é preciso de uma eletricidade de fonte renovável para se obter o hidrogênio e ele ser considerado ‘verde’) e uma ótima condição logística.
“Assinar um acordo com os holandeses nos coloca no centro da discussão da pauta e pode fazer do porto do Rio Grande um grande polo de energias renováveis”, projeta o presidente da Portos RS, Cristiano Klinger. O dirigente reforça que a empresa pública está atenta aos mercados e às oportunidades no Brasil e no mundo, trabalhando para criar um ambiente de negócios favorável para atrair esses investimentos.
Marjorie acrescenta que as plantas de hidrogênio estão sendo planejadas onde podem aproveitar as energias renováveis e para o Estado, ambientalmente, é muito importante diversificar a matriz energética e utilizar fontes limpas. A secretária participou nesta quinta-feira (27) do 18° Fórum GD Sul realizado no BarraShoppingSul, em Porto Alegre. Sobre a geração distribuída, em que o consumidor produz sua própria energia, ela ressaltou na ocasião que, no ano passado, houve aumento da capacidade de geração de energia através de módulos solares fotovoltaicos porque muitos consumidores resolveram adotar a solução antes de entrar em vigor a lei 14.300, que aumentou o payback (tempo de retorno do investimento) para quem comprou esses equipamentos.
Em 2022, no Estado, 51% da energia produzida foi através da fonte hidrelétrica, 23% de eólica, 15% fóssil e 11% fotovoltaica. “Mas, eu acho que vamos ter a ampliação dessa matriz fotovoltaica”, aposta Marjorie. Já a secretária estadual de Inovação, Ciência e Tecnologia, Simone Stülp, diz que a energia, renovável e limpa, é um assunto em foco globalmente. Ela informa que as fontes renováveis produziram 39% da eletricidade do planeta no ano passado.
Particularmente quanto ao Rio Grande do Sul, Simone frisa que o Estado tem condições de desencadear uma evolução tecnológica, pensando em cidades mais inteligentes, o que envolve energia e mobilidade. A secretária afirma que é uma prioridade para o governo gaúcho avançar para uma economia de maior valor agregado e de alta produtividade, em um mundo que se descarboniza e onde a mão de obra é cada vez mais escassa.

Selo Energia Sustentável busca qualificar empresas do setor fotovoltaico

Outra participante do 18° Fórum GD Sul foi a professora e pesquisadora do curso de Engenharia de Gestão de Energia da Ufrgs, Aline Pan, que falou sobre o Selo + Energia Sustentável. Trata-se de uma ação lançada no ano passado, através de uma parceria entre Ufrgs, Sebrae RS, Senai-RS e Banrisul, que procura auxiliar a qualificação das companhias gaúchas que atuam no mercado de sistemas fotovoltaicos.
As empresas são analisadas conforme suas práticas operacionais e a avaliação das 37 empresas inscritas na iniciativa começará em maio. Aline explica que pelos indicadores obtidos por essas companhias elas receberão distinções como ouro, prata, bronze ou em desenvolvimento, o que deve ocorrer até agosto. A professora comenta que a expectativa é que em setembro ou outubro seja lançado o segundo ciclo do selo. Ela enfatiza ainda que a participação na ação possibilita que as empresas aumentem a oportunidade de diversificar seu portfólio e lucratividade nos negócios. “Nós queremos mostrar que apostar em desenvolvimento sustentável é importante”, conclui.