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Economia

Energia

- Publicada em 05 de Abril de 2023 às 17:55

Porto Alegre sediará em abril encontros sobre energia renovável

Uso da fonte solar para atender a consumo próprio é acentuado no RS

Uso da fonte solar para atender a consumo próprio é acentuado no RS


TÂNIA MEINERZ/JC
A capital gaúcha receberá neste mês de abril dois importantes eventos para tratar da área de energia renovável. O primeiro deles, o Wind of Change - Encontro de investidores em Hidrogênio Verde e Eólicas Offshore/Nearshore acontecerá nos dias 18 e 19, no Hotel Laghetto Moinhos. Já o 18° Fórum GD Sul, que abordará a geração distribuída (em que o consumidor produz sua própria energia, usualmente através de painéis solares), será realizado entre 26 e 27, no BarraShopping Sul.
A capital gaúcha receberá neste mês de abril dois importantes eventos para tratar da área de energia renovável. O primeiro deles, o Wind of Change - Encontro de investidores em Hidrogênio Verde e Eólicas Offshore/Nearshore acontecerá nos dias 18 e 19, no Hotel Laghetto Moinhos. Já o 18° Fórum GD Sul, que abordará a geração distribuída (em que o consumidor produz sua própria energia, usualmente através de painéis solares), será realizado entre 26 e 27, no BarraShopping Sul.
Quanto à reunião sobre a atividade eólica offshore (no mar) e nearshore (em lagoas) e o hidrogênio verde, o presidente do Sindicato da Indústria de Energias Renováveis do Rio Grande do Sul (Sindienergia-RS), Guilherme Sari, detalha que a iniciativa será promovida pela entidade em parceria com a empresa de eventos Viex. O objetivo é agrupar no mesmo ambiente empresários e representantes do governo para discutir o futuro desses mercados. “A ideia é ter uma visão de negócios sobre o setor”, enfatiza Sari.
Entre os temas que serão tratados, adianta o dirigente, estão marco regulatório, questão logística e portuária, oportunidades e potenciais do País e do Rio Grande do Sul para o desenvolvimento dessas cadeias. O presidente do Sindienergia-RS lembra que esse é o primeiro evento que será realizado, mas a proposta é transformá-lo em um encontro anual. Ele acrescenta que o Estado tem muito interesse quanto a esses assuntos e cita o exemplo dos projetos eólicos offshore, pois hoje a maior soma de potência instalada em ações dessa natureza tramitando no Ibama (58.679 MW - o que é mais do que 14 vezes a demanda média de energia dos gaúchos) fica no Rio Grande do Sul. Além disso, o dirigente indica como diferencial dos gaúchos o porto de Rio Grande para dar amparo logístico para empreendimentos desse segmento.
Já sobre o 18° Fórum GD Sul, o CEO do Grupo FRG Mídias & Eventos e conselheiro da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD), Tiago Fraga, diz que a perspectiva é que empreendedores de toda a cadeia, que atuam com a fabricação de módulos fotovoltaicos, componentes, inversores e outros equipamentos, participem da reunião. Ele antecipa que o encontro servirá para fechar negócios e também debater temas relevantes para a área. “O evento deve gerar em torno de R$ 500 milhões em negócios, essa é a nossa expectativa”, aponta o CEO do Grupo FRG Mídias & Eventos.
Ele ressalta que uma das vantagens da geração distribuída é estar mais perto dos pontos de demanda, o que evita a necessidade da implantação de extensas linhas de transmissão e maiores perdas técnicas. No Brasil, a geração distribuída já superou o patamar de 19 mil MW em capacidade instalada. Fraga recorda que o Rio Grande do Sul possui mais de 2 mil MW de potência instalada em geração distribuída, atrás somente de São Paulo e Minas Gerais.
Quanto ao debate de tópicos relevantes para o setor durante o fórum, um tema que será abrangido é a Lei 14.300, que disciplina a geração distribuída e começou a vigorar a partir de janeiro deste ano. O gerente comercial da OIW Solar (empresa que tem foco na distribuição de kits fotovoltaicos e produtos de energias renováveis para integradores), Leandro Farina, comenta que ao final de 2022 houve uma “corrida” em busca dos painéis solares por parte dos consumidores para conseguirem se enquadrar nas regras anteriores à nova norma, que alongou o payback (retorno do investimento) dos equipamentos.
Farina admite que houve impactos no mercado neste primeiro trimestre de 2023 com a lei, contudo ele prevê que no segundo semestre haverá o reaquecimento do mercado. “Já vem apresentando sinais de melhora e achamos que vai ter uma retomada, talvez até recuperar as perdas do começo do ano”, destaca. Ele projeta que o segmento dos consumidores residenciais é que deverá alavancar as vendas nos próximos meses. De acordo com o gerente comercial da OIW Solar, a nova regra aumentou em cerca de 10 meses o payback do investimento. Atualmente, ele estima que o retorno do aporte em um sistema fotovoltaico residencial no Rio Grande do Sul esteja na média de seis anos e o desembolso no equipamento para atender a uma casa que tenha uma conta de luz na ordem de R$ 500,00 seria de aproximadamente R$ 18 mil.