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Economia

Energia

- Publicada em 25 de Abril de 2023 às 17:53

Governo gaúcho retoma discussão sobre térmica de Rio Grande na Aneel

Comitiva liderada pelo governador Eduardo Leite estará nesta quarta em Brasília para tratar do prosseguimento da iniciativa

Comitiva liderada pelo governador Eduardo Leite estará nesta quarta em Brasília para tratar do prosseguimento da iniciativa


ANEEL/Divulgação/JC
Considerado como um empreendimento estratégico para o Rio Grande do Sul, tanto pelo aumento da capacidade de geração de energia elétrica que proporcionaria ao Estado como por ser uma “âncora” para possibilitar a instalação de um terminal de gás natural liquefeito (GNL), o projeto da termelétrica de Rio Grande será novamente assunto na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Uma comitiva liderada pelo governador Eduardo Leite, acompanhado por outros integrantes do governo gaúcho e empresários, estará nesta quarta-feira (26), em Brasília, para tratar do prosseguimento da iniciativa.
Considerado como um empreendimento estratégico para o Rio Grande do Sul, tanto pelo aumento da capacidade de geração de energia elétrica que proporcionaria ao Estado como por ser uma “âncora” para possibilitar a instalação de um terminal de gás natural liquefeito (GNL), o projeto da termelétrica de Rio Grande será novamente assunto na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Uma comitiva liderada pelo governador Eduardo Leite, acompanhado por outros integrantes do governo gaúcho e empresários, estará nesta quarta-feira (26), em Brasília, para tratar do prosseguimento da iniciativa.

A reunião está marcada para às 12h30min, com o diretor-geral do órgão regulador, Sandoval Feitosa, e um dos participantes será o prefeito de Rio Grande, Fábio Branco. “Chegou a hora de uma decisão, nós temos a tranquilidade que existem condições para que se viabilize esse projeto”, defende Branco. Ele ressalta que a termelétrica tem uma relevância enorme para consolidar a segurança energética do Estado e do País, assim como para oportunizar uma nova oferta local de gás natural. O prefeito recorda que o gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol), que abastece o Rio Grande do Sul com esse combustível, encontra-se com a sua capacidade de abastecimento praticamente no limite.
Por sua vez o advogado da Termelétrica Rio Grande e sócio do escritório STP LAW, Celso Silva, considera a reunião na Aneel como muito importante porque reforça a busca por uma solução administrativa para que a construção da usina possa ir adiante. “E o Estado do Rio Grande do Sul comprova a luta pelo projeto”, acrescenta. Em março, Leite já havia participado de um encontro na Aneel, também para discutir o assunto.
O tema se arrasta há cerca de uma década. Em 2014, com a condução do grupo Bolognesi, a usina venceu um leilão de energia para comercializar a sua geração e permitir a sua implantação. No entanto, devido a atrasos quanto ao cronograma original das obras (a perspectiva era de que a operação da termelétrica acontecesse até janeiro de 2019), que passaram por dificuldades quanto à liberação do licenciamento ambiental na época, a outorga do projeto da usina foi revogada pela Aneel em 2017.
Atualmente, o grupo Bolognesi tem um acordo de transferência dos direitos do empreendimento para a companhia espanhola Cobra, contudo para essa medida ser concretizada é necessário o consentimento da Aneel e a confirmação que a térmica conseguirá vender sua produção de energia. A unidade foi planejada para uma potência instalada de 1.238 mil MW (o que corresponde a cerca de um terço da demanda média de energia elétrica do Rio Grande do Sul).
Somada à usina, o empreendimento em Rio Grande prevê a instalação de uma planta de regaseificação de GNL e de um píer no porto para receber as embarcações que movimentarão o combustível. Todo esse complexo significaria um investimento de mais de R$ 6 bilhões. No ano passado, a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) concedeu a licença ambiental prévia (LP) da unidade de regaseificação de GNL e a licença de instalação (LI) da termelétrica. Além da possibilidade de uma definição administrativa dentro da Aneel quanto ao futuro da usina, a questão também está sendo discutida judicialmente. Existe a expectativa da realização de uma audiência de conciliação entre as partes, porém esse encontro ainda não foi marcado.