Das balas Gasosa à alta cozinha

Sua incursão pelo universo gastronômico teve início pelo curso do Senac, em Porto Alegre, no qual foi, depois, instrutor por 13 anos e seguiu por Zaragoza, na Espanha, onde foi aprender culinária basca. Depois, Rogério Priori ainda testou temperos, harmonizou sabores e aprendeu elaboradas técnicas com chefs de primeira linha, estagiando na França, Alemanha e outras cidades espanholas. Mas bem antes disso, ainda pré-adolescente, já era responsável pela cozinha na fábrica de balas da família. Quem não se lembra das impagáveis balas Gasosa? Na Capital gaúcha, foi proprietário do restaurante e café do Theatro São Pedro e hoje está à frente do Café dos Cataventos, na Casa de Cultura Mario Quintana. Casado com Rosaura, que trabalha a seu lado na administração do restaurante, Rogério é pai de Carolina, de 22 anos. Colecionador de panelas, sua predileção é preparar peixes e frutos do mar. Aproveita o gancho e faz uma recomendação: “o peixe morre pela boca, nós também, por isso, é preciso ter muito cuidado com o que se come”. Na cidade, uma das coisas que mais o incomoda é a poluição visual e a indisfarçável falta de conservação, “sujeira, prédios mal-pintados, monumentos pixados, é deplorável”. Parte de seu tempo ele dedica à construção da Casa Santa Rita, destinada a portadores da síndrome de Down, “que está quase pronta, mas ainda precisa de ajuda”.