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Patrícia Comunello

Patrícia Comunello

Publicada em 01 de Maio de 2025 às 13:27

"Estou mais na linha de frente", diz lojista que ficou no Quarto Distrito pós-cheia

Ghesse (1º à esq.) e funcionários da Drystore, no bairro São Geraldo, que sofreu na enchente

Ghesse (1º à esq.) e funcionários da Drystore, no bairro São Geraldo, que sofreu na enchente

DRYSTORE/DIVULGAÇÃO/JC
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"Tem de voltar para o jogo", resume Fábio Ghesse, diretor e fundador da Drystore, no bairro São Geraldo, em Porto Alegre, que atua com varejo de componentes de painéis fotovoltaicos e elétricos. Ghesse teve a loja, depósito e outra operação de construção afetados pela enchente de 2024, com prejuízo de R$ 4,3 milhões.
"Tem de voltar para o jogo", resume Fábio Ghesse, diretor e fundador da Drystore, no bairro São Geraldo, em Porto Alegre, que atua com varejo de componentes de painéis fotovoltaicos e elétricos. Ghesse teve a loja, depósito e outra operação de construção afetados pela enchente de 2024, com prejuízo de R$ 4,3 milhões.

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A história da loja de materiais elétricos é uma das que a coluna Minuto Varejo mostra após a cheia histórica de maio do ano passado que fechou e mudou negócios e seus gestores, no retorno das atividades. São três exemplos, que têm em comum a localização no Quarto Distrito, antiga região industrial e que ganhou novas atividades nos anos recentes.

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"Cheguei a pensar que não ia conseguir continuar, que teria de demitir os 40 funcionários, mas focamos na ajuda às pessoas do bairro e depois todos (equipe) pegaram junto para voltarmos", recorda o comerciante. Além disso, a vizinhança e os clientes foram decisivos.

Loja fica no bairro São Geraldo e ficou mais de 20 dias com água acima de um metro | DRYSTORE/DIVULGAÇÃO/JC
Loja fica no bairro São Geraldo e ficou mais de 20 dias com água acima de um metro DRYSTORE/DIVULGAÇÃO/JC
"Muitas pessoas diziam que não sabiam o que iam fazer com os produtos, mas que estavam comprando para ajudar a loja", recorda. Resultado é que julho de 2024, logo depois da cheia e da reabertura da Drystore, foi o mês de venda recorde nos 23 anos do negócio, que agora começa a se estabilizar e deve crescer 15% em 2025. No ano passado, o efeito climático foi inevitável: o faturamento caiu 10% no ano.
O diretor lembra que chegou a ter em cima da mesa contrato para alugar imóvel e transferir o comércio a outro bairro, mas decidiu ficar na rua Santos Dumont, no bairro São Geraldo. Ele se deu conta que seria mais rápido remontar a loja, mas muita coisa mudou na condução da Drystore.
"Repensamos de forma geral, com foco em melhoria da área comercial. Estou hoje muito mais atento, na linha de frente com clientes", resume o varejista.

Todos os produtos e estoques, além de computadores e redes, foram perdidos  | DRYSTORE/DIVULGAÇÃO/JC
Todos os produtos e estoques, além de computadores e redes, foram perdidos DRYSTORE/DIVULGAÇÃO/JC
"Temos um passivo de R$ 5 milhões para pagar em cinco anos", cita Ghesse, sobre os financiamentos que a empresa obteve com bancos públicos de programas de reconstrução do Estado.
Na retomada, ele recorda que montou uma marcenaria dentro da loja para refazer o mobiliário. Para o futuro, algumas medidas: computadores foram trocados por notebooks e sistemas estão na nuvem, áreas físicas podem ser movimentadas, caso tenha nova inundação, e a meta de retomar a captação de clientes nos Estados Unidos para o braço de construção.

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