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A coluna foca novidades sobre operações, tendência e desempenho do consumo e traz olhar de quem empreende no varejo do Rio Grande do Sul, com conteúdo multimídia.
Publicada em 22 de Janeiro de 2025 às 00:01
Rede de farmácia deixa de vender carne, ovos e hortifruti
Filial da São João estreou na Zona Norte com atrativos como carne para churrasco e hortifruti
PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
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Patrícia Comunello
Depois de chamar a atenção por incluir picanha, ovo, pão e hortifruti no mix, uma das maiores redes de farmácias do Brasil recuou e deixou de vender os alimentos perecíveis. A coluna Minuto Varejo chegou a mostrar os produtos em uma filial que a gaúcha São João, com sede em Passo Fundo e quarta operação do Brasil, abriu, em setembro de 2024, na Zona Norte de Porto Alegre.
Depois de chamar a atenção por incluir picanha, ovo, pão e hortifruti no mix, uma das maiores redes de farmácias do Brasil recuou e deixou de vender os alimentos perecíveis. A coluna Minuto Varejo chegou a mostrar os produtos em uma filial que a gaúcha São João, com sede em Passo Fundo e quarta operação do Brasil, abriu, em setembro de 2024, na Zona Norte de Porto Alegre.
Outros atrativos eram máquina de café, acessórios para churrasco, geladeira com comidinhas congeladas e playground, com piscina de bolinhas, para filhos de clientes. A rede já vende brinquedos, eletroportáteis e salgadinhos, chocolates, doces em geral e cereais.
> VÍDEO: Minuto Varejo mostrou área com perecíveis
A comercialização de alimentos em farmácias - muitos leitores da coluna indicaram que o varejo farmacêutico estava cada vez mais parecido com um supermercado ou shopping center (devido à área de lazer) -, acabou chamando a atenção da vigilância sanitária de Porto Alegre.
O Minuto Varejo procurou a Secretaria da Saúde da Capital para esclarecer o tipo de comercialização. Em nota, o setor de Vigilância Sanitária informou que "vistoria drogarias em casos de denúncias ou licenciamento e renovação de alvará".
"A rede citada já teve fiscalização nas duas situações. Para lojas onde há comercialização de itens perecíveis, é exigido curso de boas práticas para comércio de alimentos", explicou a área da Saúde. A vistoria foi em 25 de novembro de 2024. Até esta quarta-feira (22), a rede não havia feito "comprovação de realização do curso (boas práticas)", diz o órgão. O prazo vence em 25 de janeiro.
A loja da São João na avenida Bernardino Silveira de Amorim foi visitada pela fiscalização, após receber a informação da comercialização.
Filial na Zona Norte de Porto Alegre estreou com venda de perecíveis
PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
"Quando fomos notificar para fazer o curso de boas práticas de alimentos, não tinham mais carnes, ovos, hortifruti. Mas ainda possuíam a maquina de café e freezer com congelados. A Vigilância Sanitária notificou para a necessidade do curso de boas práticas, sem retirada de produtos", detalhou o órgão, à coluna.
A gerente da Unidade de Vigilância Sanitária, Denise Garcia, esclareceu que farmácias que fazem parte da Associação Brasileira de Redes de Farmácia e Drogarias (Abrafarma) podem vender os itens devido a uma decisão judicial. O processo é o número 0006202-61.2010.4.01.3400, que tramita em vara federal.
"A sentença invalida restrição de duas normas da Anvisa (RDC 44/09 e Instrução Normativa 9/09), que estabelecem os produtos que podem ser dispensados e vendidos em farmácias e drogarias", diz a gerente.
O Minuto Varejo questionou a rede farmacêutica sobre a venda dos itens e aguarda retorno.
Supermercados querem vender remédios
A Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) acompanhou o caso da São João a distância. O episódio aquece mais um pleito do varejo supermercadista, que busca liberação para vender remédios que não exigem prescrição médicaou de farmacêutico.
A Agas é uma das líderes no movimento que é nacional, com atuação da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), que busca aval do Congresso Nacional (via aprovação de lei) e da Agência Nacional Vigilância Sanitária (Anvisa).
"É uma pauta social. Hoje mais de 400 municípios no Brasil não têm farmácia, mas têm supermercado, onde uma mãe poderia comprar paracetamol para o filho com febre", exemplifica Francisco Brust, que assessora a Agas.