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Patrícia Comunello

Patrícia Comunello

Publicada em 21 de Fevereiro de 2024 às 22:11

Starbucks e franqueada da Burger King no Brasil negociam licença de operação

Com crise da SouthRock, Starbucks como a do aeroporto de Porto Alegre tem falta de insumos

Com crise da SouthRock, Starbucks como a do aeroporto de Porto Alegre tem falta de insumos

PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
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Patrícia Comunello
Hamburguer com café? Tudo indica que este cardápio pode ser servido no Brasil, pelo menos no comando nos negócios, caso as negociações entre a licenciadora da Burger King (BK) e a Starbucks Corporation resultem no licenciamento da cafeteria no mercado brasileiro. As tratativas foram admitidas nesta quarta-feira (21) pela Zamp, franqueada master da BK e Popeys, em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e à B3, a bolsa de valores brasileira.
Hamburguer com café? Tudo indica que este cardápio pode ser servido no Brasil, pelo menos no comando nos negócios, caso as negociações entre a licenciadora da Burger King (BK) e a Starbucks Corporation resultem no licenciamento da cafeteria no mercado brasileiro. As tratativas foram admitidas nesta quarta-feira (21) pela Zamp, franqueada master da BK e Popeys, em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e à B3, a bolsa de valores brasileira.
As conversas haviam sido noticiadas pelo jornal Valor. Como a Zamp é de capital aberto e, obviamente, este tipo de negociação afeta a cotação do capital da companhia na bolsa de valores, o grupo foi notificado pelo órgão regulador para explicar a informação.
A resposta veio em fato relevante, que ode ser acessado no site do grupo:
"A Companhia iniciou tratativas com a Starbucks Corporation envolvendo o direito de explorar a marca e desenvolver as operações da Starbucks no Brasil, não tendo sido apresentada qualquer proposta ou celebrado qualquer acordo ou contrato com a Starbucks Corporation, exceto por um acordo de confidencialidade".
Ou seja, as tratativas estão em curso, mas podem ou não evoluir para um desfecho positivo. 
"A Companhia manterá os seus acionistas e o mercado informados sobre qualquer desdobramento
relevante acerca do tema", completa o grupo, na nota.
Nesta quarta-feira, também foi lançado fato relevante anunciando que fundo árabe Mubadala passou a ser o controlador do grupo, ao passar a ter 58,2% do seu capital social. O Mubadala administra US$ 276 bilhões (R$ 1,36 trilhão) em ativos ao redor do mundo, em mais de 50 países, segundo a Folhapress.
A informação não exclui que tratativas com outros eventuais candidatos a operar a marca estejam em andamento.
A Starbucks no Brasil enfrenta percalços em sua operação devido à crise que atinge a atual operadora SouthRock (SR), em recuperação judicial (RJ) por passivo declarado de R$ 1,8 bilhão. A situação está instalada desde novembro, quando veio à tona as dificuldades.
Parte das cafeterias, que são próprias e não franquias, da SR já foram fechadas - uma delas em Porto Alegre, a que ficava na área de check-in do Aeroporto Salgado Filho. Também já problemas de abastecimento de produtos e falta de pessoal, que afetou funcionamento de unidade na Capital.
A SouthRock também detinha licença da Subway, que foi retomada pela sede norte-americana, que busca novo franqueado master. Outra marca que era gerida pela SR é o food market Eataly, que entrou e saiu da RJ. Já saíram informações, dadas pelo próprio Valor, mas ainda sem confirmação, que a operação do Eataly teria sido passada a um fundo privado.
A marca italiana de complexo de alimentação, com mercearia, cafés e restaurantes, chegou a ser anunciada, em 2022, para ter unidade no Pontal Shopping, em Porto Alegre. Mas a negociação foi abortada justamente porque a SouthRock tinha assumido a operação brasileira. 

Zamp: bom ou ruim para Starbucks? 

Em reportagem da Folhapress, dados de desempenho da Zamp mostram que o grupo não vem tendo bons resultados. A receita líquida de 2022 foi de R$ 3,6 bilhões, com prejuízo de R$ 41,4 milhões. Os números de 2023 ainda não foram divulgados. Segundo a agência de notícias, de janeiro a setembro "a receita operacional líquida foi de R$ 2,7 bilhões, e o prejuízo de R$ 146,1 milhões".
São 1.003 restaurantes hoje no País, entre próprios e franqueados, diz a Folhapress. A injeção de aportes da Mubadala deve melhorar as condições da operação do grupo e com perspectiva de formar uma carteira mais robusta de marcas, caso a Starbucks entre no cardápio da Zamp.

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