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Com a palavra

- Publicada em 09 de Setembro de 2023 às 15:00

Marca Jorge Bischoff completa 20 anos de bom gosto e estilo

Designer Jorge Bischoff

Designer Jorge Bischoff


Rodrigo Fanti/Divulgação/JC
De sapateiro em Igrejinha a um dos principais nomes quando se fala em design de sapatos no Brasil. Essa é a trajetória de Jorge Bischoff, fundador da marca de calçados, bolsas e acessórios voltados aos públicos masculino e feminino que em 2023 completa 20 anos. Com lojas próprias e franquias, o grupo se transformou em sinônimo de estilo e um dos principais players do varejo do segmento, mantendo uma carteira de clientes fiéis. No exterior, está presente em lojas licenciadas, com cinco unidades - duas em Angola e outras três no Equador, abrindo a sexta neste ano nas Filipinas. Além da paixão por moda, o empresário é grande apreciador de vinhos, e assim como outras grifes internacionais, lançou uma marca própria da bebida, a Bischoff Wines. A ideia é levar o rótulo a redes de hotéis e restaurantes, se espalhando por todo o Brasil.
De sapateiro em Igrejinha a um dos principais nomes quando se fala em design de sapatos no Brasil. Essa é a trajetória de Jorge Bischoff, fundador da marca de calçados, bolsas e acessórios voltados aos públicos masculino e feminino que em 2023 completa 20 anos. Com lojas próprias e franquias, o grupo se transformou em sinônimo de estilo e um dos principais players do varejo do segmento, mantendo uma carteira de clientes fiéis. No exterior, está presente em lojas licenciadas, com cinco unidades - duas em Angola e outras três no Equador, abrindo a sexta neste ano nas Filipinas. Além da paixão por moda, o empresário é grande apreciador de vinhos, e assim como outras grifes internacionais, lançou uma marca própria da bebida, a Bischoff Wines. A ideia é levar o rótulo a redes de hotéis e restaurantes, se espalhando por todo o Brasil.
Empresas & Negócios - O que motivou a criação da marca Jorge Bischoff?
Jorge Bischoff - A minha história é muito antiga, sou sapateiro de origem e depois virei modelista. Quando passei a ser estilista, tinha meu estúdio, o Criativar Studio, e trabalhava para várias marcas no Brasil fazendo o design de sapatos. Um dia, um jornalista durante uma entrevista perguntou quando iria lançar a minha marca. Eu disse: 'a minha marca é a Criativar Studio', e ele respondeu 'não, estou falando a Jorge Bischoff'. Dei uma risada, como um 'alemãozinho' do Interior do Rio Grande do Sul lá de Igrejinha, nome complicado de pronunciar, vai ter a ousadia de colocar isso no mercado? Passou um tempo e decidi lançar a marca Jorge Bischoff e há 20 anos atrás inauguramos a primeira loja na rua Padre Chagas, em Porto Alegre.
E&N - Como foi o início dos negócios como marca?
Bischoff - Na época não éramos do mundo do varejo, o nosso mundo era desenvolvimento do produto e indústria. Tínhamos que entender de varejo. Montamos a loja própria e depois uma segunda no Shopping Iguatemi em Porto Alegre, uma loja pequena. Depois abrimos também em Gramado, onde há uma loja-conceito. E aí a gente começou a falar com três públicos diferentes. Em Gramado o público do Brasil inteiro, muita gente de fora; na Padre Chagas um público de moda e no Shopping Iguatemi um público variado. Temos também outra loja-conceito na Oscar Freire, em São Paulo.
E&N - Quando foi a entrada no mundo do franchising?
Bischoff - Operamos cinco anos com lojas próprias para entender de varejo até ter a decisão de lançar o projeto de franquias multimarca e exportação. Faz 15 anos que entramos para esse mundo. Hoje são mais de 67 países para os quais exportamos sapatos, dois milhões de itens produzidos, mais de 100 franquias no Brasil e quase mil multimarcas no Brasil. Chegamos em praças importantes e nosso planejamento é seguir forte neste ritmo.
E&N - As franquias são fiéis ao estilo das lojas próprias da marca?
Bischoff - A operação do nosso projeto em franquia é muito bacana. É um projeto que trabalha com moda rentável fundamentalmente porque às vezes fica um aspecto de que moda é só glamour, só passarela e na verdade precisa ter muita responsabilidade. O projeto das franquias Jorge Bischoff é muito benéfico para o franqueado e a franqueadora. Desde o primeiro dia sempre disse que queria que todas as nossas franquias fossem exatamente como as nossas lojas próprias em atendimento, padrão e qualidade, servindo espumante aos clientes. Tudo é feito com o mesmo cuidado desde o primeiro dia, há 20 anos, quando comecei a minha primeira loja pensando em espalhar pelo Brasil. Oferecemos aos franqueados o know-how que pode ser visto nos resultados, tanto na fidelidade de parceiros quanto de clientes.
E&N - Quais as projeções para o número de franquias da rede neste ano?
Bischoff - Somando as aberturas que estão acontecendo no País, a projeção é de encerrar o segundo semestre com 140 operações em funcionamento. A nossa expectativa é dobrar o tamanho da rede em até dois anos.
E&N - O produto da Jorge Bischoff é voltado a um público de melhor poder aquisitivo. Como estão as vendas para esse nicho?
Bischoff - Estamos crescendo e abrindo lojas. O mercado está um pouco mais desconfortável, mas trabalhamos com um tipo de consumidor que não sofre tanto com a falta de dinheiro e que estava acostumado a comprar muito no exterior. Com o dólar alto e o euro essas pessoas acabam consumindo no Brasil. Mas sei que quem trabalha com um produto voltado a outros tipos de público está sofrendo bastante por essas questões.
E&N - E como foi a entrada no mundo do vinho?
Bischoff - O sapato é minha paixão desde criança e eu, de origem germânica, sou tomador de cerveja. Com o tempo aprendi a tomar vinho, comecei a curtir e entrei em algumas confrarias. Numa das minhas viagens fui para Mendoza, na Argentina, e parei no Vale de Uco, que é um lugar maravilhoso onde são produzidos bons vinhos. Nos hospedamos no Hotel Casa de Uco, encostado da Cordilheira dos Andes e me apaixonei. Eu tinha a ideia de fazer vinho e decidi que seria lá que iria fazer. Comprei uma área em Uco e comecei a fazer. Isso foi em 2017, mas como é um vinho que leva 18 meses de barrica, tudo é muito demorado no processo, nós botamos ele no mercado em abril do ano passado. Na sequência fizemos o Wine Bar na loja de Gramado e agora estamos fazendo na loja da Oscar Freire, em São Paulo.
E&N - Onde os consumidores podem encontrar um dos vinhos da Bischoff Wines?
Bischoff - Estamos colocando o nosso vinho nos melhores hotéis já de Gramado e Santa Catarina. Começamos a subir o País para espalhar esse produto no Brasil também em ótimos restaurantes. A ideia é fazer o mesmo trabalho que fizemos com o sapato, ir colocando em lugares bacanas com um público formador de opinião, até porque é um produto 'top'. Além disso, tem o espumante que eu já fazia há muito tempo mas não comercializava, só servia em loja. Fazemos com a Cave Geisse de Pinto Bandeira, na Serra gaúcha, com o enólogo Mário Geisse. É um ótimo produto, um espumante brasileiro muito bom.