Formar 420 profissionais qualificados em 10 anos. Esse é o plano do Instituto de Tecnologia e Computação (Itec) apresentado pelo seu diretor de Desenvolvimento e Operações Cristiano Richter no evento Buy RS realizado em 9 de setembro.
O gestor abordou o projeto de formação de profissionais qualificados, com um investimento de R$ 400 milhões no Rio Grande do Sul. "O projeto visa formar 420 alunos, tendo a excelência acadêmica como norte. A proposta do Instituto é formar a próxima geração de lideranças em tecnologia do Brasil", afirmou.
Richter garantiu que a primeira turma de formação terá início em março de 2027 na estrutura a ser construída no Prado Bairro Cidade, em Gravataí. A instituição oferecerá graduação em Ciência da Computação e terá ensino imersivo com residência no campus de 20 hectares. "Vamos endereçar novos talentos para essa economia que está vindo."
Idealizado pelo empreendedor e filantropo Cristiano Franco, o Itec tem como fundadores e financiadores, além de Franco, os empresários Marcelo Lacerda e Sérgio Pretto, a Fundação Behring e a Telles Foundation. "Esse projeto tem três anos de maturidade, não foi um projeto que nasceu ontem. O Itec é o maior investimento de filantropia do Brasil hoje", celebra Richter.
O gestor destacou que um dos diferenciais do Itec é uma experiência imersiva de residência dentro do campus. "O aluno vai residir dentro do próprio campus. Há um programa de bolsas de inclusão, onde não só a mensalidade, mas também a moradia e a alimentação serão custeados pela filantropia para que o aluno possa ter uma experiência integral."
O diretor de Desenvolvimento e Operações do Itec salientou que um estudo usando metodologia do MIT (Massachusetts Institute of Technology, nos EUA) indicou que o projeto tem potencial para gerar até R$ 5 bilhões em 10 anos na economia em razão do impacto causado pelo capital humano formado na instituição.
Por fim, Richter, suscitou uma reflexão a respeito da necessidade de mais atenção à formação educacional que precede o Ensino Superior. "Vemos que toda a base dessa economia do conhecimento vem do STEAM (sigla em inglês para Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática). Se olharmos os dados do Brasil hoje, temos apenas 16% dos formandos em Ensino Superior nessa área. Se olharmos a Coreia do Sul, está acima de 30%, a China está em 35%, os Estados Unidos estão acima de 30%. Isso é investimento na base, no Ensino Básico e Médio para, depois, podermos gerar talentos. Temos de olhar também para o Ensino Básico e investir nessas áreas que são a base dessa economia", concluiu.