Porto Alegre, quarta-feira, 10 de outubro de 2018.

Jornal do Com�rcio

COMENTAR | CORRIGIR

HIST�RIA

Not�cia da edi��o impressa de 05/10/2018. Alterada em 10/10 �s 19h29min

Imama: 25 anos de for�a e credibilidade

Mastologista Maira Caleffi preside de forma volunt�ria a entidade desde sua funda��o, em 29 de julho de 1993

Mastologista Maira Caleffi preside de forma volunt�ria a entidade desde sua funda��o, em 29 de julho de 1993


MARCO QUINTANA/JC
O Instituto da Mama do Rio Grande do Sul (Imama) acaba de completar 25 anos. Além de organizar eventos como a Caminhada das Vitoriosas, que atrai centenas de pessoas todos os anos, sendo o ponto alto da programação do Outubro Rosa, a entidade também atua, diariamente, no suporte ao paciente com câncer de mama e seus familiares e luta para ampliar as conquistas e direitos em prol do diagnóstico precoce e tratamento da doença.
Orgulho é a palavra que resume o sentimento de quem está à frente destas atividades desde o início. No entanto, a médica mastologista Maira Caleffi, que preside de forma voluntária o Imama desde a sua fundação, em 29 de julho de 1993, diz também sentir muita responsabilidade quando vê a consolidação de ideias como o Instituto. "Projetos são como filhos, para sempre. Mas é importante que tenham parcerias, sejam sustentáveis, duradouros, pois, na área da saúde, esses planos passam a ter responsabilidade com as pessoas (pacientes e familiares) e todos os que se envolvem com a questão do câncer passam a contar com eles", avalia a especialista.
Entretanto, Maira admite sentir um pouco de frustração, uma vez que a entidade poderia ser ainda maior e atender a mais gente, pela força e credibilidade que possui. "Quem é comprometido com o Imama é indignado com o fato de que existe acesso à saúde para alguns e não para todos. Algumas pessoas se salvam, curam, outras não. Isso me incomoda, especialmente como médica, porque isso ainda não mudou. Melhorou, claro. Afinal, são 25 anos de trabalho de um time enorme", complementa.
Mas, quem, afinal, está ganhando essa luta? De acordo com a mastologista, nos últimos 25 anos quem mais evoluiu foi o tratamento, não a doença. Hoje, a chance de cura do câncer de mama chega a 95%. "Diagnóstico precoce e acesso rápido aos exames de diagnóstico, biópsia, e encaminhamento ao tratamento adequado. Precisamos disso", alerta. Os agentes de saúde dos postos também devem ter esse cuidado com os pacientes que dependem exclusivamente da rede básica e agir com rapidez em caso de suspeita de câncer.
"No início, não se falava nem o nome da doença. Hoje, em qualquer roda se fala sobre isso, inclusive nas escolas. Houve uma conscientização de que o câncer tem cura, o que não é mérito só do Imama", reconhece. "As pessoas não procuravam para não encontrar um câncer. Atualmente, o tratamento evoluiu muito, está personalizado e com menos uso da quimioterapia, de acordo com cada tipo de câncer de mama", destaca.
Para as próximas décadas, a médica espera que a instituição seja cada vez mais sustentável, com gerenciamento profissionalizado e que ganhe maior adesão da própria comunidade gaúcha. "Que o Imama seja cada vez mais eficiente para conquistar o aumento de cura que se almeja, já que o câncer de mama é curável", projeta a médica que, para o futuro, prevê sair da área executiva para presidir o Conselho de Honra do Instituto, que pode ser considerado seu filho caçula, depois de Thomas, 30 anos, e Nina, 26.
COMENTAR | CORRIGIR
Coment�rios
Seja o primeiro a comentar esta not�cia