Porto Alegre, quarta-feira, 10 de outubro de 2018.

Jornal do Com�rcio

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Not�cia da edi��o impressa de 05/10/2018. Alterada em 10/10 �s 18h57min

Inca prev� quase 60 mil novos casos de c�ncer de mama em 2018

Diagn�stico precoce � bandeira do Imama e um dos fatores mais importantes para a diminui��o da mortalidade

Diagn�stico precoce � bandeira do Imama e um dos fatores mais importantes para a diminui��o da mortalidade


CLAITON DORNELLES /JC
Para compreender a importância do  Instituto da Mama do Rio Grande do Sul (Imama) para o Estado, bem como para o País, é importante entender a gravidade do tema. Atualmente, o câncer de mama elimina 42 mulheres por dia no Brasil, de acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Também é considerado o tipo de câncer mais comum entre as mulheres, depois do de pele não melanoma, respondendo por cerca de 28% dos casos novos no mundo, a cada ano, sendo que a doença também acomete homens, representando 1% do total de casos da doença.
Para o Brasil, em 2018, o Inca prevê 59,7 mil novos casos de câncer de mama, com detecção de 1.148 por semana e 164 por dia, o que significa um risco de 57,88 casos a cada 100 mil mulheres. Entretanto, no Rio Grande do Sul, o risco de novos casos da enfermidade é ainda mais expressivo, de 88,23 para cada 100 mil mulheres. Já em Porto Alegre, a incidência de novos casos é de 114,25 para cada 100 mil mulheres.
Essa realidade que deve ser enfrentada com coragem. "Precisamos entender que moramos numa cidade e Estado que têm alto índice de câncer. Alguns fatores diretos ainda são desconhecidos. Mas não devemos ter medo disso e fazer de conta que não existe. Ao contrário", advertiu Maira Caleffi, presidente do Imama. "Devemos ser pró-ativos em cuidados com a saúde, desde jovem. Corrigir fatores de risco corrigíveis, como obesidade e sedentarismo, acreditar nas vacinas (anticâncer de colo de útero) e no diagnóstico precoce. Não é quem procura acha. Quem procura acha, mas acha cedo e acha a cura", reforça a médica mastologista.
Alguns estudos indicam que, apesar de menos frequente antes dos 35 anos de idade, a incidência da neoplasia cresce progressivamente, especialmente após os 50 anos. Como existem vários tipos de câncer de mama, alguns evoluem de forma rápida, outros não. A maioria dos casos tem bom prognóstico, apesar da doença já ser considerada um problema de saúde pública.
Dados alarmantes, recentemente divulgados pela Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (Iarc), garantem que as 36 variações da neoplasia vão matar 9,6 milhões de pessoas até o final do ano, no mundo. No total, serão mais de 18 milhões de novos casos, de diversos tipos. De acordo com o estudo, um em cada cinco homens e uma em cada seis mulheres, em todo o mundo, desenvolvem algum câncer durante a vida. Infelizmente, um em cada oito homens e uma em cada 11 mulheres morrem da doença.
Especificamente no caso do câncer de mama, um dos fatores mais importantes para contribuir com a diminuição da taxa de mortalidade é o diagnóstico precoce, bandeira pela qual o Imama luta há mais de duas décadas. Se diagnosticado cedo, o câncer de mama apresenta 95% de cura. Porém, atualmente, entre os casos de usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) diagnosticados no País, 53,90% já estão em estágios avançados. Há indicativos de que cerca de 80% dos tumores são descobertos pela própria mulher, apalpando suas mamas incidentalmente. Quando isto ocorre, eles já apresentam um tamanho grande, o que dificulta o tratamento.
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