Jornal do Com�rcio

A jornada de transformação vivenciada nos últimos anos pelo Banco Agibank foi acompanhada de perto pela área de segurança da informação da instituição, que recebeu investimentos 120% maiores entre 2017 e 2019, chegando a um total de R$ 20 milhões. Para 2020, a meta é seguir evoluindo todas as soluções construídas nos últimos dois anos.

O objetivo? Ampliar os controles e melhorar a experiência digital dos clientes. “Vivenciamos uma grande virada de chave da transformação digital que inclui novas ofertas de serviços em internet banking, aplicativos e outros canais não tão digitais, como call center, que foram aperfeiçoados”, explica o gerente de segurança da informação do Agibank, Marcos Donner.

Os aportes foram em todas as esferas da arquitetura de segurança construída e que envolve ferramentas, processos e pessoas para olhar tecnologias como computação em nuvem e padrões de segurança em software. A ideia é embarcar soluções nestes processos para garantir que a experiência dos usuários no uso dos canais digitais seja segura e também que permita uma boa experiência em usabilidade.

Foi em março de 2018 que o Agibank acelerou a sua caminhada digital, com a oferta do serviço de abertura de conta corrente via smartphone. A partir daí veio a possibilidade de transferência bancária, pagamentos de boletos, entre outros serviços. “A massificação do uso dos canais eletrônicos apresenta desafios do ponto de vista da proteção. Tivemos que nos preparar, pois são serviços que trazem maiores riscos”, explica Donner.

Uma das soluções que evidenciam o nível de segurança da informação empregado no Agibank está o mecanismo de autorização de transações financeiras. O sistema permite identificar o cliente de forma única e assinar digitalmente as operações bancárias envolvidas no processo. A tecnologia Blockchain está sendo utilizada para troca de chaves criptográficas entre o Agibank e seus clientes.

“Essa solução inovadora traz suavidade aos usuários, pois eles não precisam usar um segundo fator de autenticação como token e senha”, explica o gestor. No caso do internet banking, a novidade foi a possibilidade de capturar em tela o QR Code, solução 100% desenvolvida pelo time interno do Agibank.

De acordo a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), dos R$ 19,6 bilhões investidos em tecnologia no ano passado, 10% são destinados para segurança da informação. Mesmo com as demandas regulatórias existentes, como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e a resolução 4.658 do Banco Central, que estabelece a obrigação de uma política de segurança cibernética, os gastos na área tecnológica seguem consistentes, com um crescimento de 3%.

Além dos próprios controles em relação a segurança dos dados, o banco digital também investe em educação e orientação para ajudar o cliente a ampliar a própria consciência sobre o tema. “Apesar dos investimentos das instituições, os índices de fraudes eletrônicas ainda são expressivos, com os golpes direcionados aos próprios usuários dos canais eletrônicos. O nosso papel reforçar a cultura da segurança e da proteção de dados privados, por meio de campanhas de comunicação, de consultoria aos nossos colaboradores no processo de atendimento ao cliente”, reforça Donner.