Com atividades paralisadas há um ano e dois meses, o setor de eventos gaúcho aposta as fichas no
novo modelo de gestão da pandemia no Estado, que será divulgado na sexta-feira (14), para organizar a retomada das atividades e recuperar fôlego. Nesta quinta-feira (13), as
sugestões de ajustes do segmento ao projeto de controle da crise sanitária foram reforçadas por um dos coordenadores do Grupo Live Marketing RS, Rodrigo Machado, e pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado Gabriel Souza (MDB), ao governador Eduardo Leite.
Na terça (11), as solicitações foram oficializadas ao governo, com aval de 25 entidades representativas da economia, 18 instituições de eventos e de 35 deputados estaduais. O grupo cobra mudanças nos protocolos apresentados pelo Executivo no anteprojeto do modelo e reabertura urgente. "Fizemos a entrega em mãos do documento, já encaminhado aos gabinetes de crise e de dados, e expusemos ao governador a reunião que antecedeu a elaboração das sugestões, que contou com apoio de mais de 30 deputados", comenta Machado, sócio da Opinião Produtora.
O presidente do Legislativo gaúcho aproveitou a ocasião para manifestar a importância da readequação dos protocolos para as atividades econômicas, bem como da abertura para que os municípios decidam sobre as flexibilizações. "Esse novo modelo deve constar o princípio da subsidiariedade, o Estado não deve fazer intervenções (aos municípios), a não ser que seja realmente necessário. Enquanto o Estado puder não intervir e atuar de forma colaborativa com os outros entes federados, e criar formas de que os municípios possam tomar suas decisões, me parece que seria o modelo mais adequado", destacou Souza.
O novo modelo de distanciamento, que substituirá a classificação por bandeiras, entrará em vigor no sábado (15), e terá um sistema de alertas baseado em "três As": aviso, alerta e ação, a partir da análise diária de indicadores.
Entre as propostas governamentais para a área de eventos no pré-projeto estariam a liberação de feiras, exposições, seminários e congressos, mediante autorização dos municípios para público superior a 300 pessoas (trabalhadores e público); autorização de dois terços dos municípios da região ou do gabinete de crise da região para público entre 600 e 1,2 mil pessoas e, ainda, necessidade das autorizações anteriores, do gabinete de crise do RS e encaminhamento da prefeitura para eventos acima de 1,2 mil pessoas. Os mesmos critérios valeriam para teatros, auditórios, casas de espetáculos, casas de show, circos e similares.
Já a retomada de eventos sociais e infantis em bufês e casas de festa, casas de shows e pubs seguiriam em avaliação. Demais tipos de eventos, em ambiente fechado ou aberto não especificados, ainda ficariam proibidos pela proposta inicial, contestada pelos profissionais de eventos.