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Digital

- Publicada em 03h00min, 01/03/2021. Atualizada em 09h40min, 01/03/2021.

'As experi�ncias h�bridas n�o vieram para ficar'

Costa diz que empresas precisam entregar servi�os e produtos que superem as expectativas

Costa diz que empresas precisam entregar servi�os e produtos que superem as expectativas


�CLB/Divulga��o/JC
Patricia Knebel
O setor de entretenimento foi um dos mais prejudicados pela pandemia da Covid-19, cenário que trouxe junto uma imensa incógnita sobre o modelo de realização de eventos desde então. Shows, festivais e grandes conferências tiveram que ser cancelados e, aos poucos, algumas iniciativas começam a apresentar alguns caminhos para seguirem acontecendo. É o caso do Web Summit Lisboa, em versão digital, que teve uma participação de mais de 100 mil pessoas, de 168 países esse ano.
O setor de entretenimento foi um dos mais prejudicados pela pandemia da Covid-19, cenário que trouxe junto uma imensa incógnita sobre o modelo de realização de eventos desde então. Shows, festivais e grandes conferências tiveram que ser cancelados e, aos poucos, algumas iniciativas começam a apresentar alguns caminhos para seguirem acontecendo. É o caso do Web Summit Lisboa, em versão digital, que teve uma participação de mais de 100 mil pessoas, de 168 países esse ano.
Mas, afinal, qual será o futuro das experiências? Para Franklin Costa, co-fundador do ØCLB, 1ª comunidade de criadores de experiências do Brasil, o modelo híbrido não deve permanecer. "Não acredito que as experiências híbridas tenham vindo para ficar. Mas, as experiências digitais vão ganhar cada vez mais relevância e as presenciais serão cada vez mais serão valorizadas", aponta. O ØCLB foi criado por Costa e Carol Soares em 2017, quando passaram a viver como nômades pesquisando experiências nos principais eventos, festivais e hubs de criatividade e inovação do mundo.
Jornal do Comércio - O setor de entretenimento estava atento para o tema da transformação, ou a pandemia pegou grande parte do mercado nos estágios mais iniciais da cultura digital?
Franklin Costa - O setor do entretenimento não estava preparado. O maior festival de inovação do mundo, o SXSW, levou um ano para poder responder à pandemia e criar uma edição digital, que será realizada em março desse ano. Muitos profissionais ainda esperam voltar ao antigo normal, mas, enquanto não houver um plano de vacinação eficiente e enquanto tivermos uma taxa de mortes na faixa de 1 mil a 1,2 mil pessoas por dia, vai ficando mais e mais distante a probabilidade de grandes festivais, por exemplo, serem realizados ainda nesse ano.
JC - O mercado de entretenimento foi um dos mais afetados na pandemia. Quais as saídas para esse setor se transformar?
Costa - A principal saída, para quem teve essa oportunidade, foi acelerar o seu processo de transformação digital. É o que alguns festivais e conferências de negócio fizeram ao migrar seus eventos presenciais para plataformas digitais, explorando novos modelos de negócios e ampliando seu alcance e acesso. Entre os exemplos notáveis estão o festival belga de música eletrônica, Tomorrowland, que teve 1 milhão de participantes, e o Web Summit Lisboa, que teve uma participação de mais de 100 mil pessoas, de 168 países. Tendências foram aceleradas e as experiências digitais não só evoluíram a passos largos, como também se tornaram protagonistas para marcas em busca de engajamento e alcance. Isso é algo que dificilmente voltará atrás, mesmo com a volta dos eventos presenciais.
JC - Mudou a forma de gerarmos uma boa experiência para as pessoas hoje em dia?
Costa - Gerar uma boa experiência para as pessoas hoje em dia continua funcionando como antes. Você deve conhecer muito bem o seu público e entregar um serviço ou produto que supere as suas expectativas. Em resumo é isso, mas no dia a dia é bem mais complexo e demanda muita prática.
JC - Você acredita que as experiências híbridas vieram para ficar?
Costa - Não acredito que as experiências híbridas tenham vindo para ficar. Mas, as experiências digitais vão ganhar cada vez mais relevância e as presenciais serão cada vez mais serão valorizadas. Uma complementa a outra. Elas são duas faces da mesma moeda. Ganha quem entender isso.
JC - Que iniciativas criativas estão sendo desenvolvidas pelas marcas e que podem inspirar as empresas no Brasil?
Costa - As iniciativas criativas buscam se focar em suas próprias comunidades ou ganhar escala através do uso da tecnologia. Um exemplo brilhante é o que o Airbnb fez ao lançar o seu programa de Experiences Online. É uma experiência que as pessoas podem consumir, de suas próprias casas, mas que cria uma intimidade entre anfitrião e convidado. Ao mesmo tempo, se tornou um bom modelo de negócios para quem atua no entretenimento e turismo. Existem diversas experiências on-line.
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