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Com a palavra

13/11/2021 - 14h00min. Alterada em 29/11 �s 19h31min

Aos 55 anos, Gota Limpa investe R$ 15 milh�es em expans�o

Camile diz que perspectiva da empresa de produtos de limpeza � um crescimento de 20% para 2022

Camile diz que perspectiva da empresa de produtos de limpeza � um crescimento de 20% para 2022


GOTA LIMPA/DIVULGA��O/JC
Leonardo Machado
Buscando melhorar a cadeia produtiva e seguir com crescimento projetado, a Gota Limpa irá expandir em 2,6 mil metros quadrados sua planta fabril, em Imigrante, além construir mais 1,2 mil metros quadrados destinados à administrativa. O valor investido nas obras entre 2021 e 2022 será de R$ 15 milhões. O início será ainda neste ano. "Com isso, a gente vai oferecer melhores condições aos profissionais para que eles possam fazer uma refeição mais confortável. E ainda teremos uma sala de treinamento e um auditório adequado, para poder seguir com os treinamentos que hoje já fazemos", explica Camile Bertolini, sócia e diretora Comercial e Marketing, sobre a expansão administrativa. Na entrevista, ela dá mais detalhes dos planos da Gota Limpa, empresa que comemorou, no início do mês de outubro, 55 anos de fundação. A empresa começou sua trajetória em 1966 e oferece, hoje, mais de 200 produtos de higiene e limpeza doméstica em seu portfólio.
Jornal do Comércio - Nesses 55 anos, o como foi o trajetória da empresa? Com quantos produtos vocês começaram?
Camile Bertolini - Quando a empresa iniciou, em 1966, ela trabalhava com sabão em barra e isso seguiu até 1999, quando começaram os investimentos para trabalharmos com muitas linhas de produtos que eram de um consumo massivo. Porque o sabão estava caindo cada vez mais em desuso, as pessoas não estavam mais utilizando o produto e, se a gente seguisse, naquele ritmo, a tendência era estagnarmos. Um detalhe: a marca Gota Limpa iniciou, em 1999, com a linha de produtos de consumo massivo, antes, os nossos produtos eram comercializados, ainda são, pela marca Campeão e Santo Antônio. E hoje a gente mantém essas linhas, mas elas estão passando por uma mudança de embalagem e receberão a chancela da Gota Limpa, que virou uma marca muito mais expressiva do que as marcas originais da empresa.
JC - E nesse sentido, qual seria o carro-chefe hoje?
Camile - Até o ano passado, eu não iria pestanejar em responder, afirmando que era o detergente de louças. Em quantidade, segue sendo o item mais vendido, entretanto, em faturamento, o lava-roupas em pó se aproximou muito do detergente. O lava-roupas em pó cresceu muito nos últimos anos. Em especial, no ano passado, só o lava-roupas em pó teve o crescimento de 80%.
JC - Como vocês se enxergam no mercado?
Camile - Somos uma empresa regional que trabalha melhor a relação de custo-benefício, ou seja, nossos produtos podem cumprir a imposição de menor custo, mas isso depende mais da rede de supermercado. A gente sabe que tem marcas com preços menores do que o nosso, apesar de não contarem com a mesma qualidade. Então, procuramos encontrar um equilíbrio da qualidade e do preço do produto. Por isso, vamos ter formulações que são mais equilibradas, mas que trazem um resultado esperado pelo consumidor e, ao mesmo tempo, eles não vão sofrer pagando valores além do que necessário.
JC - Qual a importância do mercado externo?
Camile - Desenvolvemos exportações com muito carinho porque sabemos a importância dela para a empresa. Hoje, temos uma participação de 5% no nosso faturamento de exportação. Dito isso, nosso foco é a América do Sul e o continente africano. Com essa crise também no setor de transporte marítimo (com falta de contêineres), muitos países estão buscando novos fornecedores para responder essa demanda e o Brasil tem sido procurado para atender essa demanda de produtos de limpeza.
JC - Como a pandemia impactou os negócios da Gota Limpa?
Camile - A pandemia impactou positivamente nossas vendas, porque as pessoas começaram a cuidar mais da limpeza doméstica. Então, no nosso caso, diferentemente de muitas empresas, o impacto foi positivo. A gente seguiu contratando na pandemia. Com isso, seguimos crescendo, atendendo com velocidade nossos clientes e satisfazer os consumidores que estavam buscando os produtos. No ano passado, crescemos 25% e, este ano, registramos um crescimento acumulado de 30%.
JC - A alta do dólar tem atrapalhado ou ajudado?
Camile - O importante é encontrar um ponto de equilíbrio para que as indústrias possam seguir produzindo (ofertando produtos) e o consumidor consiga comprar, tenha renda para fazer essa compra sem ter uma perda significativa, que já aconteceu. Então é sempre uma caixa de surpresas. Qualquer opinião que se emite é muito volátil, o que hoje tá valendo, daqui a duas horas, já não vale mais. É muito difícil acertar alguma coisa relacionada ao dólar. Mas se você me perguntar qual seria um ponto de equilíbrio saudável para consumidor e para empresas, acredito que um dólar abaixo de R$ 5,00 seria o melhor para o nosso mercado como um todo.
JC - Existe uma média de lançamento de produtos anualmente? Como vocês desenvolvem novos produtos?
Camile - Normalmente, trabalhamos com uma programação de lançamento de 24 meses, onde a área de pesquisa e desenvolvimento precisa saber deste escopo para poder fazer certo, com a fragrância certa, na melhor embalagem e com a melhor rotulação possível.
JC - A Gota limpa é uma empresa que trabalha com produtos químicos, qual é a preocupação de vocês com esse tema da ecologia e preservação ambiental?
Camile - Hoje, temos um comitê de sustentabilidade da área da limpeza com participantes de fora, que são empresas especialistas no cuidado com a questão da sustentabilidade. Então, este comitê vai identificar oportunidades que a gente tem de melhoria e trabalha essas ações. Um exemplo disso é que nós começamos essa conscientização pelos nossos profissionais. E agora estamos criando ponto de coleta de material para o descarte correto através de empresas de reciclagem. Além disso, fizemos uma bolsa de material reciclado em conjunto com mulheres em situação de vulnerabilidade social e esse projeto recebeu o prêmio Bornancini por design sustentável.
JC - Qual a perspectiva de mercado para o próximo ano?
Camile - Trabalhamos com expectativa de crescimento. A gente entende que o mercado de limpeza vai seguir forte. Como as pessoas estão com a renda prejudicada por conta do aumento de preços, entendemos que as marcas que apresentarem um custo-benefício melhor serão as mais procuradas pelo consumidor. As pessoas estarão mais abertas para experimentar e optar por marcas mais regionais. Então, dentro dessa tendência, acreditamos no crescimento na faixa de 20% para o ano que vem.
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