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rela��es internacionais

Not�cia da edi��o impressa de 07/05/2018. Alterada em 06/05 �s 20h10min

Especialistas alertam para erro do foco na m�o de obra barata

Baixo custo operacional j� n�o � mais atrativo na China, uma vez que os sal�rios sobem rapidamente

Baixo custo operacional j� n�o � mais atrativo na China, uma vez que os sal�rios sobem rapidamente


STR/AFP/JC
O baixo custo da mão de obra não é mais um atrativo nem uma realidade para as companhias brasileiras que pretendem se estabelecer na China. A empresa que estiver em busca disso como um diferencial estratégico para se desenvolver em terras chinesas terá problemas, alertam empresários e especialistas no país oriental.
O baixo custo da mão de obra não é mais um atrativo nem uma realidade para as companhias brasileiras que pretendem se estabelecer na China. A empresa que estiver em busca disso como um diferencial estratégico para se desenvolver em terras chinesas terá problemas, alertam empresários e especialistas no país oriental.
Para ter um baixo custo com pessoal, as companhias estão buscando outros países, como por exemplo a Índia, destaca o diretor das unidades Fras-le Brasil e Fras-le Ásia, Anderson Pontalti. A empresa possui uma unidade fabricante de lonas para caminhões no país desde 2009.
"Por isso mesmo estamos nos focando em modernização e automatização da unidade chinesa, onde os custos de operação têm crescido bastante, como da mão de obra. Um exemplo é o dissídio dos trabalhadores, que tem variado entre 10% e 15% ao ano", exemplifica Pontalti.
O alerta sobre a questão dos baixos custos de produção também é feito por Túlio Cariello, coordenador de análise e pesquisa do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC), e por Larissa Wachholz, sócia-diretora da Vallya, consultoria de negócios internacionais com atuação também na China.
"Quem quer produzir com foco nos baixos custos agora se volta agora para o Sudoeste Asiático, como para o Vietnã. Os salários na China sobem rapidamente, e quem tem esse foco e quer produzir lá terá dificuldades. Mas, se o foco da empresa for logístico, encontrará um sistema eficiente interno quando para exportações", destaca Cariello.
Entre os empecilhos para o ingresso de empresas no mercado chinês, destaca Larissa, além da língua, está a já elevada concorrência interna com muitas multinacionais lá instaladas, como no ramo de alimentos (com presença marcante de gigantes como Nestlé e Kraft Foods), além da burocracia para estruturar um negócio no país.
Outro ponto importante a ser levado em conta pelos empresários brasileiros sãos os interesses do governo chinês, que vai facilitar mais a entrada de empresas em setores nos quais busca obter desenvolvimento, como tecnologia, e frear em área em que quer proteger os interesses das companhias nacionais, em setores considerados estratégicos, como por exemplo o de petróleo.
"Mas existe uma classe média ascendente muito grande na China e bem afeita ao consumo dentro dos padrões ocidentais, com consumo de carne sendo elevado, por exemplo", pondera Larissa.