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Porto Alegre, ter�a-feira, 03 de abril de 2018.

Jornal do Com�rcio

Economia

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Infraestrutura

Not�cia da edi��o impressa de 04/04/2018. Alterada em 03/04 �s 23h27min

Leil�o de energia renov�vel de hoje dever� manter forte concorr�ncia

Maior parte dos projetos cadastrados para oferta s�o de usinas movidas pelos ventos, com 53,8% do total

Maior parte dos projetos cadastrados para oferta s�o de usinas movidas pelos ventos, com 53,8% do total


/SPENCER PLATT/GETTY IMAGES/AFP/JC
O leil�o para contratar novas usinas de energia renov�vel ser� realizado hoje com uma expectativa de forte competi��o e pre�os baixos, tal como as concorr�ncias realizadas no fim de 2017. Ser�o contratados projetos de fontes solar, e�lica, hidr�ulica e termel�tricas a biomassa, que come�ar�o a operar at� 2022 e vender�o energia ao governo federal por prazos de 20 a 30 anos.
A realiza��o de dois leil�es de energia nova em dezembro do ano passado n�o foi suficiente para desovar o alto n�mero de empreendimentos que as empresas t�m na gaveta. Neste certame, foram cadastrados 1.672 projetos. Destes, ao menos 77% j� concorreram em 2017. A maior parte deles s�o usinas e�licas (53,8%) e solares (41,1%). "A demanda ainda n�o � a que gostar�amos, a economia est� se recuperando. Mas ser� um bom leil�o, com muita competi��o", afirmou ontem Paulo Pedrosa, secret�rio executivo do Minist�rio de Minas e Energia. "Os �ltimos leil�es assustaram parte dos participantes pelos pre�os baixos atingidos. Os des�gios m�dios foram de 54,65%, no primeiro certame, e de 38,7%, no segundo. Com isso, o pre�o das energias e�lica e solar chegaram a patamares hist�ricos.
No �ltimo leil�o do g�nero (chamado A-4, em que os empreendimentos t�m quatro anos para entrar em opera��o), as fontes chegaram, respectivamente, a R$ 145,68 e R$ 108,00 por MWh. No leil�o A-6 (entrega com prazo de seis anos), ocorrido tamb�m em dezembro, a energia e�lica chegou a R$ 98,60. Segundo um investidor que n�o teve nenhum projeto contratado nas concorr�ncias de dezembro, a expectativa para o leil�o de hoje � forte, mas os des�gios ocorridos no ano passado assustaram.
O principal perfil dos vencedores em 2017 foram as grandes multinacionais de energia. Essa foi a principal justificativa para os fortes descontos: as empresas teriam conseguido financiamento fora do Pa�s, mais barato, e pre�os mais baixos com fabricantes de equipamentos, por terem parcerias com eles em projetos em todo o mundo.
Neste leil�o, a proje��o � que essas companhias - como a italiana Enel e a norte-americana AES - voltem a se destacar. Para Pedrosa, a expectativa � que os pre�os baixos se repitam no leil�o desta quarta-feira, mas poder�o subir nos pr�ximos com a mudan�a na forma de contrata��o prevista pelo governo.
At� agosto, o minist�rio prev� um segundo leil�o de gera��o A-6, com prazo de entrega de seis anos para as usinas. Nessa concorr�ncia, o governo prev� contratar os projetos por quantidade, ou seja, os geradores passar�o a ter risco de sobras ou d�ficits de energia.
Hoje, a contrata��o, que � por disponibilidade, prev� uma remunera��o fixa ao gerador. "Neste leil�o, os pre�os ser�o bons como no passado, n�o houve mudan�a que sinalize algo diferente. Para o futuro, � natural que o pre�o da energia e�lica suba um pouco, mas para acomodar fatores que permitem compara��o com outras fontes, e com certeza ainda com uma competitividade extraordin�ria", afirmou Pedrosa.

Distribuidoras da Eletrobras j� t�m interessados, mas plano B est� encaminhado

As seis distribuidoras da Eletrobras colocadas � venda j� t�m interessados - inclusive as empresas consideradas mais complexas, como a Amazonas Energia -, segundo o secret�rio executivo do Minist�rio de Minas e Energia, Paulo Pedrosa. Ainda assim, o plano B, de liquidar as companhias e vender suas concess�es separadamente, j� est� sendo preparado pela Aneel (ag�ncia reguladora do setor el�trico). A liquida��o ocorrer� caso o governo n�o consiga viabilizar o leil�o at� cerca de 21 de maio, que � a data hoje prevista. Cada uma das seis empresas ser� vendida separadamente.
Hoje, o interesse pelas distribuidoras da Regi�o Norte, especialmente a Amazonas, � o que causa mais d�vida em analistas do setor. "A privatiza��o das distribuidoras � a solu��o menos traum�tica para todo mundo. A concess�o dessas empresas j� acabou. Se n�o privatizar, vai haver a liquida��o, isso n�o vai proteger os trabalhadores", afirmou Pedrosa ontem.
Para o secret�rio, a situa��o desafiadora das companhias - que hoje tem opera��es deficit�rias - atrai um determinado tipo de investidor com forte experi�ncia no setor el�trico, e com capacidade para reverter os problemas das distribuidoras. Para essas empresas, o leil�o das distribuidoras � visto uma oportunidade de levar essas concess�es sem enfrentar tanta concorr�ncia, segundo Pedrosa. Caso o leil�o de alguma das empresas fracasse, as concess�es ser�o ofertadas separadamente. "Se separar, atrai outro tipo de investidor. O ambiente de competi��o � outro", afirma.
De acordo com Pedrosa, a data prevista de 21 de maio j� est� pr�xima de um limite, mas atrasos curtos, de at� uma semana, n�o seriam "uma trag�dia", disse. No entanto, caso esse prazo se estenda, Pedrosa afirma n�o o processo de privatiza��o da Eletrobras n�o ser� descontinuado e que o plano de liquida��o ser� acionado.
Hoje, o edital ainda passa por "�ltimas acomoda��es no texto", mas n�o h� previs�o para sua publica��o, segundo o secret�rio. Em rela��o � an�lise do TCU (Tribunal de Contas da Uni�o), Pedrosa diz que n�o espera que haja problemas, e que o minist�rio tem bons argumentos em rela��o �s observa��es feitas pelo tribunal.
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