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Porto Alegre, quinta-feira, 29 de junho de 2017. Atualizado �s 17h36.

Jornal do Com�rcio

Panorama

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TEATRO

Not�cia da edi��o impressa de 28/06/2017. Alterada em 29/06 �s 17h38min

Paulo Betti apresenta em Porto Alegre pe�a Autobiografia autorizada

Paulo Betti traz para o palco um recorte voltado para a sua inf�ncia e a adolesc�ncia em Sorocaba

Paulo Betti traz para o palco um recorte voltado para a sua inf�ncia e a adolesc�ncia em Sorocaba


MAURO KHOURI/DIVULGA��O/JC
Michele Rolim
Apesar de estar completando 40 anos de carreira, Paulo Betti não traz à tona memórias da sua trajetória profissional na peça Autobiografia autorizada, que dirige ao lado de Rafael Ponzi. A montagem ocorre neste sábado, às 21h, e domingo, às 18h, no Theatro São Pedro. O espetáculo integra o projeto Vivo EnCena.
A peça, escrita e protagonizada por Betti, apresenta textos seus escritos durante a adolescência, além de artigos autobiográficos, publicados por ele durante 30 anos no jornal Cruzeiro do Sul, de Sorocaba (SP). "Eu sempre escrevi, anotei, era uma forma de desafogar, de tentar compreender o que acontecia comigo e com a minha família. Foi uma surpresa até para mim, pois eu não queria falar da minha vida, mas quando vi tudo que tinha redigido, percebi que a história merecia ser contada", revela o ator de 64 anos.
A peça propõe um recorte voltado para a infância e a adolescência do ator em Sorocaba - ele saiu da cidade aos 20 anos. Nascido em Rafard (SP), Betti é o caçula dos 15 filhos do casal Ernesto e Adelaide. Oito deles, porém, morreram antes ou durante os partos.
Presença frequente no teatro, no cinema e na TV, Betti exibe, no palco, uma faceta de superação e esperança que poucos conhecem. "É a história do pessoal que saiu da roça para morar na cidade. História dos imigrantes italianos no Brasil, história dos negros, dos esquizofrênicos, dos analfabetos, dos que estudaram em escolas públicas, dos que amam o futebol", destaca.
Betti é oriundo de um mundo rural em que o avô, um imigrante italiano, trabalhava para um fazendeiro negro. É filho de uma camponesa analfabeta, que mudou para a cidade, onde foi empregada. Seu pai era esquizofrênico. Apesar disso, estudou em boas escolas, cursou um ginásio industrial em tempo integral, se formou pela Escola de Arte Dramática da USP e foi professor na Unicamp.
Autobiografia autorizada também terá momentos de poesia e humor. "No espetáculo, reforço a importância do ensino público e do trabalho social. Coisas importantes para esse momento político. O público sai com alguma esperança", explica ele.

Encontros e desencontros

Paralelamente ao espetáculo, Paulo Betti finaliza um novo longa-metragem, A fera na selva, baseado na obra do escritor norte-americano Henry James. A direção é do próprio Betti, ao lado de Eliane Giardini.
Trata-se da adaptação para o cinema do espetáculo que ele encenou com Eliane, atriz e ex-mulher, em 1992, e com o qual recebeu o Prêmio Shell de melhor ator, sob a condução de Luiz Artur Nunes. As filmagens ocorreram em Sorocaba, cidade onde Paulo Betti passou a infância e a adolescência, e conheceu Eliane.
O enredo mostra os encontros e desencontros entre John Marcher e May Bartram. Eles passaram os 10 anos que se seguiram ao dia em que se conheceram sem notícias um do outro, até se reencontrarem ocasionalmente em Londres.
Para divulgar esse novo filme, Paulo Betti estará no saguão do Theatro São Pedro esperando o público e solicitando aos espectadores que anotem seus e-mails para estabelecer um canal de divulgação direto com o público.
Segundo ele, pelo e-mail, será enviado o roteiro adaptado do filme - o público vai saber, de antemão, quando o longa vai passar na sua cidade, e também poderá realizar um pequeno curso no qual ele vai disponibilizar aulas sobre o processo de criação, que inclui informações sobre o autor, a adaptação, a filmagem e a montagem, além de 40 minutos extras do filme.
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