Com um repertório recheado de canções ícones da música brasileira, Angela Maria sobe ao palco do Teatro do Bourbon Country, neste domingo, às 20h. Acompanhada apenas pelo violonista Ronaldo Rayol, a Sapoti (apelido carinhoso da cantora) promete um show intimista, com mais interação com a plateia. Os ingressos, entre R$ 140,00 e R$ 180,00, estão à venda na bilheteria do local.
"Eu brinco com o público, conto histórias, converso bastante. É um show para se divertir e ouvir boa música", avisa Angela. Na lista de canções estão clássicos jamais gravados por ela, como Nunca (Lupicínio Rodrigues), Retalhos de cetim (Benito Di Paula), Só louco (Dorival Caymmi) e Manhã de Carnaval (Luiz Bonfá e Antônio Maria), além de seus grandes sucessos: Gente humilde, Vida de bailarina, Tango pra Tereza, Lábios de mel, Falhaste coração e Babalú.
Angela interpreta, também, temas de Cartola (As rosas não falam), Caetano Veloso (Esse cara), Roberto e Erasmo (O portão), entre outros; e atende a pedidos da plateia, que sempre pede alguma canção que não está no roteiro e acaba funcionando como momento surpresa do espetáculo.
No ano passado, Angela lançou o álbum Reencontro com seu companheiro de palco Cauby Peixoto - com ele, apresentou um show que visitou 10 capitais do Brasil. "Cauby foi mais que um amigo, foi um irmão de toda a vida. Convivemos por 65 anos", lembra ela, com saudade, do cantor falecido neste ano.
Também é com nostalgia e reverência que Angela ressalta a admiração por Dalva de Oliveira - "para mim, a maior voz que o Brasil já teve". Ela lembra que as duas tinham agendas corridas, em rádios concorrentes, e pouco se viam. Inclusive, Dalva representava, no início da carreira de Angela, aos 19 anos, um modelo a ser seguido. Angela gravou, inclusive, um álbum todinho dedicado ao Rouxinol brasileiro (apelido de Dalva) em 1997.
Recentemente, o Canal Brasil lançou um documentário musical chamado Angela Maria - Estrela da Canção Popular. Nele, a própria cantora conta histórias marcantes de sua carreira e interpreta seus grandes sucessos entre cenas de um show realizado em maio do ano passado no Teatro Fecap, em São Paulo, e imagens de arquivo da TV Cultura e da TV Globo, além de filmes dos anos 1950. Afinal, não é qualquer um que tem no currículo 110 discos gravados, um recorde dela - melhor para nós.