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Publicada em 10 de Novembro de 2025 às 19:27

Votação do Plano Diretor divide base governista

Pressão para votar projeto ainda neste ano causou descontentamento em alguns dos parlamentares

Pressão para votar projeto ainda neste ano causou descontentamento em alguns dos parlamentares

Ederson Nunes/CMPA/JC
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Sofia Utz
Sofia Utz
A votação do Novo Plano Diretor não é consenso entre os vereadores da base na Câmara de Porto Alegre. O ponto de discordância não é o projeto em si, mas sim a data estipulada para o início de sua votação. De acordo com a presidente do Legislativo, vereadora Comandante Nádia (PL), o projeto entrará em discussão no plenário a partir de 8 de dezembro, reforçando o objetivo da parlamentar de aprovar a proposição ainda este ano. O prazo apertado, entretanto, desagradou uma parte dos governistas, que desejam mais tempo para estudar e debater o projeto. 
A votação do Novo Plano Diretor não é consenso entre os vereadores da base na Câmara de Porto Alegre. O ponto de discordância não é o projeto em si, mas sim a data estipulada para o início de sua votação. De acordo com a presidente do Legislativo, vereadora Comandante Nádia (PL), o projeto entrará em discussão no plenário a partir de 8 de dezembro, reforçando o objetivo da parlamentar de aprovar a proposição ainda este ano. O prazo apertado, entretanto, desagradou uma parte dos governistas, que desejam mais tempo para estudar e debater o projeto. 
De acordo com o calendário aprovado pela Comissão Especial do Plano Diretor, o relatório final do colegiado deve ser entregue até dia 1º de dezembro, apenas uma semana antes do início das discussões em plenário. A proposta também contará com um grande número de emendas, que alongam o debate. A intenção de Nádia é estender a discussão pelo tempo necessário, inclusive abrindo sessões extraordinárias para vencer a pauta.
Na visão de alguns vereadores da base, o projeto é muito complexo para ser votado em um período tão curto de tempo. "Já ficamos 15 anos sem mexer, não precisa ser tudo em um dia, no atropelo", disse um dos parlamentares à reportagem. A intenção de dar mais tempo à discussão do texto também está ligada à vontade de construir acordos entre a base e a oposição, facilitando a aprovação da propostas. 
A pressão para que o projeto seja votado ainda em 2025, no entanto, não vem da prefeitura, mas da presidência do Legslativo. De acordo com um dos parlamentares, Nádia deseja acelerar a votação do projeto para que a aprovação ocorra ainda em seu mandato como líder do parlamento. "Quer pendurar (em um quadro) dizendo que foi ela", afirmou um dos vereadores. 
A posição de Nádia, no entanto, não é rechaçada por toda a base. O vereador Ramiro Rosário (Novo), por exemplo, afirma que o projeto deve ser votado ainda em 2025, especialmente pelas dificuldades de votar um texto polêmico durante o ano eleitoral. "Tem muitos que não querem se comprometer", ponderou.
 

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