Vereadores de Porto Alegre que compõem a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) realizaram ontem uma vistoria nas obras da prefeitura da Capital no dique do Sarandi. Os parlamentares acompanharam o andamento dos serviços de elevação do aparelho de contenção de cheias para 5,80 metros. Atualmente, a altura está entre 4 metros e 4,5 metros.
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O dique fica na rua Aderbal Rocha de Fraga, onde a Justiça autorizou a demolição de casas, que haviam sido construídas em cima da estrutura de proteção, para o avanço das obras.
Há no dique do Sarandi um trecho que foi rompido durante as cheias de maio de 2024, em que foi colocado um material emergencial, que agora deve ser removido pela prefeitura de Porto Alegre para os serviços de reconstrução e elevação da estrutura. A atual fase dos trabalhos é de limpeza do local.
Além dos vereadores, participou da vistoria o diretor-executivo do Dmae, Vicente Perrone, que disse aos parlamentares que a próxima etapa de obras no dique exigirá a demolição de 500 residências e a realocação dos moradores.
Ao fim da visita dos integrantes da CPI, a presidente da comissão, vereadora Natasha Ferreira (PT), afirmou que protocolará um pedido de informação oficial para cobrar respostas da Prefeitura sobre a condução das obras. "Mais de um ano após a enchente, ainda vemos improvisos, entulho acumulado e sem solução definitiva. A gestão Melo precisa explicar por que medidas básicas como essa ainda não foram resolvidas."
Os recursos investidos nas obras do dique do Sarandi são da própria prefeitura, mas serão parcialmente ressarcidos pelo Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs), criado após as cheias de 2024 para concentrar verbas para reconstrução e gerenciado pelo governo estadual.