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Publicada em 26 de Junho de 2025 às 12:58

Justiça autoriza demolição de casas abandonadas no dique do Sarandi

Desejo do prefeito Melo era derrubar, inclusive, casas ainda ocupadas

Desejo do prefeito Melo era derrubar, inclusive, casas ainda ocupadas

Cesar Lopes/PMPA/JC
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A prefeitura de Porto Alegre anunciou na manhã desta quinta-feira (26) que a Justiça autorizou a retomada da demolição das casas já desocupadas e em escombros localizadas junto ao dique do Sarandi para permitir as obras emergenciais de reparo.
A prefeitura de Porto Alegre anunciou na manhã desta quinta-feira (26) que a Justiça autorizou a retomada da demolição das casas já desocupadas e em escombros localizadas junto ao dique do Sarandi para permitir as obras emergenciais de reparo.
Na quarta-feira (25), o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, havia afirmado que pretendia descumprir a decisão judicial e demolir as casas mesmo sem autorizaçãodo Judiciário.
A decisão do juiz Mauro de Borba, do Núcleo de Justiça 4.0 - Enchentes, foi proferida nesta manhã, e manteve a proibição de desocupação das casas ainda ocupadas. Seis famílias permanecem no local. A prefeitura afirma que irá recorrerda decisão e voltar a pedir a desocupação das edificações ainda ocupadas.
Vamos retomar o mais rapidamente possível as intervenções na área de casas desocupadas no Sarandi para dar sequência à recuperação, assim como a que já entregamos no dique da Fiergs. Importante ficar claro que é um avanço parcial, porque a obra que representará segurança para milhares de moradores da região Norte só pode ser concluída com a remoção das últimas moradias remanescentes", afirma o prefeito Sebastião Melo.
A interrupção das obras de recuperação do dique ocorreu por decisão judicial de março deste ano. Segundo a prefeitura, das 57 famílias que moravam na rua Aderbal Rocha de Fraga junto ao dique, 36 haviam assinado o termo de demolição e encaminharam os trâmites para o atendimento habitacional definitivo, por meio do programa Compra Assistida.
Durante as negociações, a prefeitura ofereceu aos moradores a opção do Estadia Solidária, que consiste no pagamento de R$ 1 mil no prazo de 12 meses ou o atendimento habitacional definitivo pelo governo federal.
Obras
As obras emergenciais visam à elevação da cota da estrutura à marca de 5,8 metros - nível superior ao registrado na cheia histórica. Em 3 de janeiro, a primeira etapa foi concluída, compreendendo o trecho de 1,1 quilômetro localizado entre as Estações de Bombeamento de Águas Pluviais (Ebaps) 9 e 10. Enquanto isso, no trecho que permanece habitado, a cota de proteção ainda varia entre 4 e 4,5 metros.

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