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Publicada em 23 de Junho de 2025 às 18:48

Deputado do Republicanos protocola pedido de impeachment de Eduardo Leite na Assembleia

Capitão Martim, que pediu afastamento do governador, integra partido da base aliada de Leite

Capitão Martim, que pediu afastamento do governador, integra partido da base aliada de Leite

ALRS/Divulgação/JC
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Bolívar Cavalar
Bolívar Cavalar Repórter
Um pedido de impeachment do governador gaúcho Eduardo Leite (PSD) foi protocolado nesta segunda-feira (23), na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, pelo deputado estadual Capitão Martim (Republicanos). O documento que pede a abertura de um processo de afastamento conta com 12 tópicos que, na avaliação do parlamentar, podem configurar crimes de responsabilidade e atos de improbidade administrativa por parte da atual gestão estadual. “Todas as opções foram esgotadas, e a ferramenta que a gente tem como parlamentar é sim a questão de pedir o afastamento, o impeachment desse governador, porque a gente não pode mais esperar”, afirmou Martim sobre a sua motivação para protocolar o pedido. Conforme o deputado, as razões para pedir o afastamento de Leite são várias, mas a sua iniciativa foi tomada após diversos municípios gaúchos serem impactados por novas enchentes entre a semana passada e a atual. Um dos argumentos do parlamentar é quanto a uma suposta autopromoção do governador em campanhas governamentais de publicidade, com o destaque para o documentário “Todos Nós por Todos Nós”, que trata das cheias históricas de maio de 2024. Em 12 de junho, o secretário de Comunicação do RS, Caio Tomazeli, prestou esclarecimentos na Assembleia sobre a peça audiovisual, em que sustentou não haver na obra uma promoção pessoal de Eduardo Leite. O que chama atenção no pedido de impeachment de Capitão Martim é que o seu partido, o Republicanos, integra o governo do Rio Grande do Sul, sendo que o presidente estadual da sigla, Carlos Gomes, atua no primeiro escalão, como secretário de Habitação e Regularização Fundiária. Sobre isso, o parlamentar afirmou que sua atuação legislativa é como deputado independente. “Isso é uma posição totalmente minha. Não tem nenhuma relação com o partido. A questão do partido eu sempre deixei muito clara, desde o início do meu mandato, que apesar de o Republicanos estar na base do governo Leite, eu me considerava independente”, defendeu o deputado. Agora, o pedido de impeachment do governador deve passar pelos trâmites legais na Assembleia Legislativa para que, no caso de serem aprovadas as questões jurídicas e políticas pela presidência, seja encaminhado para apreciação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Parlamento. Havendo aprovação na CCJ, a matéria pode ir ao plenário para votação dos deputados.
Um pedido de impeachment do governador gaúcho Eduardo Leite (PSD) foi protocolado nesta segunda-feira (23), na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, pelo deputado estadual Capitão Martim (Republicanos). O documento que pede a abertura de um processo de afastamento conta com 12 tópicos que, na avaliação do parlamentar, podem configurar crimes de responsabilidade e atos de improbidade administrativa por parte da atual gestão estadual.

“Todas as opções foram esgotadas, e a ferramenta que a gente tem como parlamentar é sim a questão de pedir o afastamento, o impeachment desse governador, porque a gente não pode mais esperar”, afirmou Martim sobre a sua motivação para protocolar o pedido. Conforme o deputado, as razões para pedir o afastamento de Leite são várias, mas a sua iniciativa foi tomada após diversos municípios gaúchos serem impactados por novas enchentes entre a semana passada e a atual.

Um dos argumentos do parlamentar é quanto a uma suposta autopromoção do governador em campanhas governamentais de publicidade, com o destaque para o documentário “Todos Nós por Todos Nós”, que trata das cheias históricas de maio de 2024. Em 12 de junho, o secretário de Comunicação do RS, Caio Tomazeli, prestou esclarecimentos na Assembleia sobre a peça audiovisual, em que sustentou não haver na obra uma promoção pessoal de Eduardo Leite.

O que chama atenção no pedido de impeachment de Capitão Martim é que o seu partido, o Republicanos, integra o governo do Rio Grande do Sul, sendo que o presidente estadual da sigla, Carlos Gomes, atua no primeiro escalão, como secretário de Habitação e Regularização Fundiária. Sobre isso, o parlamentar afirmou que sua atuação legislativa é como deputado independente.

“Isso é uma posição totalmente minha. Não tem nenhuma relação com o partido. A questão do partido eu sempre deixei muito clara, desde o início do meu mandato, que apesar de o Republicanos estar na base do governo Leite, eu me considerava independente”, defendeu o deputado.

Agora, o pedido de impeachment do governador deve passar pelos trâmites legais na Assembleia Legislativa para que, no caso de serem aprovadas as questões jurídicas e políticas pela presidência, seja encaminhado para apreciação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Parlamento. Havendo aprovação na CCJ, a matéria pode ir ao plenário para votação dos deputados.
No início da noite, o chefe da Casa Civil, Artur Lemos, divulgou nota afirmando que "o pedido de impeachment apresentado à Assembleia Legislativa, além de juridicamente inconsistente, ignorou informações amplamente divulgadas pela mídia e pelos canais do governo".

No que se refere à Escola de Samba Portela, ele informa que "não havia nenhum recurso destinado, e nesta tarde (23) o governo informou que oferecerá apenas apoio institucional do Estado". O texto segue ressaltando que "o pedido parece mais voltado a gerar tensionamento institucional do que a defender o interesse público".
E finaliza: "Sem apresentar argumentos factíveis ou qualquer base jurídica consistente, o gesto revela-se uma tentativa de uso político das instituições, sem compromisso com a verdade dos fatos nem com a estabilidade democrática no Rio Grande do Sul. A democracia exige vigilância e pluralidade – mas também responsabilidade, sobriedade e respeito às instituições".
O movimento ocorre após o vereador de Porto Alegre Jessé Sangalli (PL) ter protocolado na Assembleia, na última sexta-feira (20), um pedido no mesmo sentido, de impeachment do governador gaúcho Eduardo Leite. 

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