Ex-ministro de Estado durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL), Onyx Lorenzoni oficializou nesta segunda-feira (16) a sua filiação ao PP, em solenidade na sede do partido em Porto Alegre. A cerimônia contou com a presença do presidente da sigla no Rio Grande do Sul, deputado federal Covatti Filho, e do vice-presidente da executiva partidária, deputado federal Afonso Hamm.
Ao ser questionado sobre a possibilidade de concorrer ao governo do Estado nas eleições de 2026, Onyx afirmou que as decisões só devem ocorrer no ano que vem.
“Não há nenhuma condicionante na minha entrada. Eu entro na condição que eu estava. E, bom, eu vou trabalhar. Se lá na frente, em abril ou março do ano que vem, que é quando as definições irão ocorrer, se a minha família Progressista achar que eu posso ter condição de representá-los, eu vou dizer a mesma coisa para o presidente Covatti, para o vice-presidente Afonso Hamm e para os membros do PP: vou honrá-los e quero fazer um trabalho que eu possa me orgulhar”, afirmou o ex-ministro.
Ao ser questionado sobre a possibilidade de concorrer ao governo do Estado nas eleições de 2026, Onyx afirmou que as decisões só devem ocorrer no ano que vem.
“Não há nenhuma condicionante na minha entrada. Eu entro na condição que eu estava. E, bom, eu vou trabalhar. Se lá na frente, em abril ou março do ano que vem, que é quando as definições irão ocorrer, se a minha família Progressista achar que eu posso ter condição de representá-los, eu vou dizer a mesma coisa para o presidente Covatti, para o vice-presidente Afonso Hamm e para os membros do PP: vou honrá-los e quero fazer um trabalho que eu possa me orgulhar”, afirmou o ex-ministro.
• LEIA TAMBÉM: Gabriel Souza é pré-candidato do MDB ao Piratini
Covatti Filho, por sua vez, destacou um objetivo do partido de assumir um protagonismo nas eleições gerais de 2026, tendo em vista o resultado eleitoral do PP no pleito municipal do ano passado, em que se consagrou a sigla com maior número de prefeitos eleitos no Rio Grande do Sul.
“Hoje está uma grande mostra (filiação de Onyx Lorenzoni) de que os Progressistas vão estar capitaneando um projeto para o Rio Grande do Sul nas eleições de 2026", disse o dirigente, apesar de não confirmar Onyx como possível candidato ao Piratini.
A partir do ingresso ao PP, o ex-ministro se desligou do PL, sigla do seu aliado e ex-presidente da República, Jair Bolsonaro. Questionado sobre como se deu este desligamento do Partido Liberal, Onyx disse que o processo foi tranquilo e contou, inclusive, com a anuência de Bolsonaro, a partir de uma reunião realizada em Brasília na semana passada e que contou com a presença de outros ex-integrantes do governo federal, o presidente nacional do PP, Ciro Nogueira, e a ex-ministra Teresa Cristina.
“Quando eu decidi caminhar ao lado do presidente Jair Bolsonaro, a convite dele, eu era do Democratas e ele era do PSL. E nada impediu que nós construíssemos o que construímos: uma grande e forte amizade e parceria”, pontuou Onyx, que aproveitou a solenidade para enaltecer o governo do ex-presidente.
Bolsonaro indicou, na semana passada, o deputado federal e líder da oposição na Câmara dos Deputados, Luciano Zucco, como pré-candidato do PL ao Palácio Piratini. Sobre isso, Onyx disse ver a indicação com naturalidade, e que movimentos como este fazem parte da política.
“É muito natural. Ele é o líder da oposição na Câmara, é um parlamentar aguerrido, a quem eu tenho muito respeito e amizade. Eu acho que está tudo certo, e eu não vejo problema nenhum nisso”, afirmou o ex-ministro. Onyx completou: “A centro-direita brasileira tem que estar unida para retomar o Brasil e retomar o Rio Grande do Sul. Esse é um trabalho que tem que ser feito a muitas mãos”.
Além de Onyx, quem está se desligando do PL e migrando para o PP é o seu filho, o deputado estadual Rodrigo Lorenzoni. Por ser parlamentar em exercício do mandato, ele precisa de um consentimento oficial do Partido Liberal para sair da sigla ou aguardar a janela partidária de 2026, que ocorre seis meses antes de uma eleição.
De acordo com Rodrigo, as tratativas para a sua saída do PL já estão encaminhadas junto à executiva nacional do partido, presidida por Valdemar da Costa Neto. O parlamentar afirmou que nesta terça-feira (17) a sigla deve encaminhar a sua carta de liberação da sigla para avaliação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Após os trâmites legais, o deputado irá se filiar ao PP.
Enquanto deputado estadual do PL, Rodrigo se posiciona como parlamentar independente ao governo Eduardo Leite (PSD). Ou seja, tem liberdade para votar contrário a projetos do Executivo. O PP, por outro lado, integra a atual gestão estadual e, inclusive, conta com o líder do governo no Parlamento, o deputado estadual Frederico Antunes.
Rodrigo Lorenzoni afirmou que o seu ingresso ao PP foi acordado sob uma condicionante: de que poderia manter a sua posição de parlamentar independente ao governo Eduardo Leite.
Onyx Lorenzoni também comentou esta participação do PP no governo. Segundo o ex-ministro, apesar de ter muitas diferenças com Eduardo Leite, a sua filiação ao partido não será para estabelecer conflitos.“Eu não venho aqui para estabelecer nenhum conflito. Nós caminhamos para o encerramento de um ciclo e vai se abrir no próximo ano a oportunidade de um novo ciclo”, pontuou.
O ex-ministro concorreu ao governo do Rio Grande do Sul em 2022, quando foi derrotado em segundo turno para o atual governador Eduardo Leite. Durante o governo de Jair Bolsonaro, chefiou de quatro ministérios, sendo que a última pasta que ocupou foi a do Trabalho e Previdência Social.