De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), 19.561 eleitores da cidade de São Paulo anularam seus votos para prefeito no segundo turno da eleição municipal digitando o número 28 na urna eletrônica. Os dígitos pertenciam ao candidato Pablo Marçal (PRTB), derrotado ainda na primeira etapa do pleito, realizada no dia 6 de outubro. Esse foi o segundo número mais utilizado para anular o voto, atrás apenas do "99", que não corresponde a nenhum partido existente e que foi usado por 20.375 pessoas.
Outros números de partidos que ficaram de fora do segundo turno — ou que sequer concorreram encabeçando chapas — também foram utilizados por eleitores para anularem seus votos. O 45, do PSDB, foi escolhido por 15.511 pessoas; o 13, do PT, por 13.011; o 22, do PL, por 8.226; e o 40, da candidata Tabata Amaral (PSB), por 7.442.
Apoiado pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) durante a campanha, o candidato Guilherme Boulos (PSOL), que acabou derrotado pelo atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) no pleito, fez questão de enfatizar várias vezes que seu número era o 50. No primeiro turno, o psolista teria ficado em primeiro lugar com os votos dos mais de 48 mil eleitores que digitaram o 13.
Para o professor da Fundação Getulio Vargas (FGV) e cientista político Marco Antônio Teixeira, a presença de Lula na campanha reforça o número 13 para o eleitor, mesmo que Boulos tenha tentado enfatizar o 50. "Os líderes trazem essa confusão. Lula é associado ao 13, assim como Bolsonaro é ligado ao 22. Não tem outro jeito de resolver a confusão que não seja divulgar amplamente", afirma o professor.
O atual prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), foi reeleito com 3.393.110 votos (59,35% dos votos válidos).
Folhapress