O Dia do Idoso é comemorado nesta terça-feira (01). A data foi instituída para relembrar a importância de proteger e cuidar dessa população. Em Porto Alegre, o percentual de habitantes com mais de 60 anos é de 15%, mais do que os 13% observados no Rio Grande do Sul e os 10% do Brasil. A tendência, aliás, é que os índices cresçam ainda mais nos próximos anos, com a diminuição da taxa de natalidade e o aumento da longevidade. Com isso, quem assumir a prefeitura de Porto Alegre precisará pensar em ações específicas para a população idosa — o que a maioria dos candidatos já perceberam.
Carlos Alan (PRTB) é um dos candidatos com o maior número de propostas nesse sentido. De acordo com o programa de governo disponibilizado no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ele pretende multiplicar grupos de convivência e as ações de inclusão e participação dos idosos na sociedade. Além disso, foca em obras de infraestrutura para a ampliação da acessibilidade em espaços públicos e a promoção de atividades de cultura, lazer e esporte para pessoas com mais de 60 anos. No aspecto dos cuidados a essa população, propõe desenvolver projetos para a capacitação voluntária de cuidadores e para a moradia de pessoas idosas sem proteção familiar.
Enquanto isso, Fabiana Sanguiné (PSTU) aborda a população idosa em apenas um dos tópicos do seu programa de governo. Nele, propõe a formação para profissionais do município que trabalhem com indivíduos que necessitem de acessibilidade, incluindo, além dos idosos, pessoas com deficiência e neurodivergentes. Nesse aspecto, determina que essas capacitações devem ser focadas em “fornecer o atendimento adequado à população que necessite”.
Já Felipe Camozzato (Novo) foca em duas vertentes: a acessibilidade e o acesso a atendimento especializado. Assim, propõe a padronização das calçadas da cidade e políticas públicas de saúde específicas para a população idosa. De acordo com o programa de governo, iniciativas que focalizam as políticas públicas aumentam sua eficiência.
A candidata Juliana Brizola (PDT) também apresenta dois tópicos relacionados aos idosos. Um deles, é voltado para a formação para o uso de ferramentas digitais com foco em “integrar poder público e usuários para melhorar a confiança na relação a partir da proteção contra fraudes, golpes e notícias falsas”. A outra iniciativa é de cumprir com o compromisso de garantir a convivência e o fortalecimento de vínculo da população idosa.
- LEIA TAMBÉM: Saiba o que propõem os candidatos à prefeitura de Porto Alegre para a segurança pública
Outro a apresentar duas propostas é Luciano Schafer (UP). Ele pretende articular de maneira conjunta com as associações de moradores os investimentos nos bairros, de maneira semelhante ao que ocorre com o orçamento participativo. Nesse aspecto, cita que um dos projetos a serem aplicados com essa política é a criação de grupos de convivência para idosos. A outra iniciativa é a criação de espaços de lazer em bairros periféricos que atinjam diferentes públicos: crianças, adultos e idosos.
A candidata com o maior número de propostas para a população idosa é Maria do Rosário (PT), com cinco proposições. Entre elas, está uma política de cuidado específico na área da saúde, principalmente focado no Sistema Único de Saúde (SUS), um programa de construção de moradias públicas que atenderá, entre outros públicos, a população idosa e a implantação de espaços de convivência e cuidados. Além disso, sugere o apoio a projetos para acolhimento de idosos LGBTQIA+.
O atual prefeito e candidato à reeleição, Sebastião Melo (MDB), tem duas proposições. Uma delas, é expandir o projeto Centro Dia do Idoso (CDI), que possui atualmente duas unidades na Capital, uma na Zona Norte e outra na Zona Sul. O outro é de reforçar a cobrança de subsídios do governo federal para a manutenção da gratuidade de idosos com mais de 65 anos no transporte público, que é assegurada por lei federal.
O único candidato a não apresentar propostas focadas na população idosa é César Pontes (PCO).