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Publicada em 09 de Abril de 2024 às 17:26

Governo gaúcho reúne empresários no Piratini, mas não deve abordar ICMS

Executivo apresenta nova agenda de desenvolvimento econômico do Estado no Piratini

Executivo apresenta nova agenda de desenvolvimento econômico do Estado no Piratini

Gustavo Mansur/Divulgação/JC
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Diego Nuñez
Diego Nuñez Repórter
O governo do Rio Grande do Sul reunirá empresários de diferentes setores da economia gaúcha para apresentar a nova agenda de desenvolvimento econômico do Estado. Na reunião, que ocorre às 14h desta quarta-feira (10) e deve contar com a presença do governador Eduardo Leite (PSDB), não deve ser abordada a possível alta do ICMS ou cortes de benefícios — em uma semana crucial para a pauta fiscal do Executivo.
O governo do Rio Grande do Sul reunirá empresários de diferentes setores da economia gaúcha para apresentar a nova agenda de desenvolvimento econômico do Estado. Na reunião, que ocorre às 14h desta quarta-feira (10) e deve contar com a presença do governador Eduardo Leite (PSDB), não deve ser abordada a possível alta do ICMS ou cortes de benefícios — em uma semana crucial para a pauta fiscal do Executivo.
O convite traz como objetivo uma reunião de trabalho para a construção dessa nova agenda econômica. O encontro será conduzido pela McKinsey, uma consultoria contratada para apoiar o setor público neste projeto. A agenda tem duração prevista de três horas.
O governo adiantou a entidades que a pauta fiscal não deve ser tratada na ocasião, em meio a forte expectativa sobre um possível projeto que aumentaria a alíquota modal do ICMS gaúcho de 17% para 19%.
Na segunda-feira (9), durante a entrega da Medalha da 56ª Legislatura ao cônsul-geral da Itália em Porto Alegre, Valerio Caruso, em agenda preparatória para o missão gaúcha à Itália e Alemanha a partir da próxima sexta-feira (12), Leite afirmou haver possibilidade de uma definição ainda nesta semana para a pauta fiscal, ainda antes da viagem.
O governador concentra esforços na articulação com as bancadas da Assembleia Legislativa, em um cenário que encontra sua base dispersa no Parlamento. No ano passado, o governador teve que retirar o projeto de aumento de ICMS (na ocasião, a alíquota debatida era 19,5%) diante de falta de apoio.
Mais recentemente, a votação que derrubou o parecer da deputada governista Delegada Nadine Anflor (PSDB) sobre os requerimentos que querem revogar os decretos do Executivo sobre cortes de benefícios fiscais teve apoio de deputados que compõem a base do governo no Parlamento. Legendas como MDB, do vice-governador Gabriel Souza, PP, PDT, Republicanos e Podemos se dividiram na apreciação e foram fundamentais para a derrota do governo, por placar mínimo de um voto de diferença.
Também nesta quarta-feira, a Comissão de Defesa do Consumidor vai debater o possível aumento da alíquota do ICMS. O colegiado formalizou convite a entidades representativas de setores da economia que assinaram um documento propondo a volta do debate do aumento de alíquota do ICMS em troca do adiamento e posterior revogação dos decretos sobre benefícios fiscais.
São 27 entidades ligadas ao agronegócio e ao setor supermercadista que assinam o pedido, lideradas pela Cotrijal. O convite se estende às entidades que não dão acordo a nenhuma das alternativas apresentadas pelo governo para incrementar a arrecadação.
Na quinta-feira (11), entidades empresariais devem comparecer desta vez à Comissão de Finanças do Legislativo para debater o mesmo tema. Na ocasião, a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) deve apresentar um estudo defendendo que o Estado tem ampliado a arrecadação mesmo sem aumentar a alíquota básica do ICMS ou cortar benefícios fiscais. Devem participar também Federasul e Fecomercio.
Na sexta, viaja o governador, assim como o presidente da Assembleia Legislativa, Adolfo Brito (PP), o líder do governo, Frederico Antunes (PP) e outros deputados e autoridades. O relógio está correndo e o governador tem poucos dias para decidir se vai protocolar o projeto antes de sua agenda no exterior.

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