O governo do Rio Grande do Sul convocou coletiva na manhã desta terça-feira (5) para prestar esclarecimentos sobre as denúncias envolvendo fraude de escalas no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O vice-governador Gabriel Souza (MDB) explicou o motivo de não ter tomado conhecimento quando o fato foi levado ao seu gabinete, ainda em abril.
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No primeiro pronunciamento do Palácio Piratini, durante a 46ª Expointer, sem a presença do vice ou do governador Eduardo Leite (PSDB), o governo afirmara apenas ter tomado conhecimento das denúncias através da imprensa. Após o pronunciamento, o denunciante afirmou novamente à imprensa de que teria alertado ao gabinete do vice-governador sobre possíveis irregularidades envolvendo médicos do Samu ainda em abril.
Souza afirmou só ter tomado conhecimento do fato em 13 de agosto. Reconheceu que o encontro de abril realmente aconteceu, mas disse que os fatos não foram levados ao seu conhecimento e o denunciante teria sido instruído a formalizar as denúncias com provas nos canais oficiais do governo.
“Em 13 de agosto, um amigo disse que teve acesso a uma informação que seria possível sair matéria na imprensa que abordaria eventuais irregularidades no Samu e que teria sido denunciado ao meu gabinete, sem providências. Minha chefe de gabinete não sabia. Foi procurar em todos lugares possíveis e não se encontrou denúncia”, relatou o vice-governador.
“Naquela noite, recebi o relato de uma servidora que trabalha no departamento de assessoria institucional, não era na minha antessala ou em uma tarefa que reporte diretamente a mim, que havia recebido uma pessoa e orientado a apresentar provas e formalizar a denúncia. Não aconteceu”, continuou Gabriel.
Leite se disse indignado com os fatos revelados pela denúncia: “Os fatos que vieram a público nos causam profunda indignação. Estamos atuando, como o governo sempre atuou. Todo esforço do governo foi sempre de qualificar o atendimento em saúde”.
No momento, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) realiza uma sindicância para apurar a fraude na escala e o não cumprimento dos horários por parte de médicos do Samu. A apuração iniciou em 27 de agosto e tem previsão de duração de 30 dias.
Até o momento, foram afastados o diretor de regulação da SES, Eduardo Elsade, e o coordenador do Samu no Estado, Jimmy Herrera, além de uma das médicas envolvidas no esquema.
No primeiro pronunciamento do Palácio Piratini, durante a 46ª Expointer, sem a presença do vice ou do governador Eduardo Leite (PSDB), o governo afirmara apenas ter tomado conhecimento das denúncias através da imprensa. Após o pronunciamento, o denunciante afirmou novamente à imprensa de que teria alertado ao gabinete do vice-governador sobre possíveis irregularidades envolvendo médicos do Samu ainda em abril.
Souza afirmou só ter tomado conhecimento do fato em 13 de agosto. Reconheceu que o encontro de abril realmente aconteceu, mas disse que os fatos não foram levados ao seu conhecimento e o denunciante teria sido instruído a formalizar as denúncias com provas nos canais oficiais do governo.
“Em 13 de agosto, um amigo disse que teve acesso a uma informação que seria possível sair matéria na imprensa que abordaria eventuais irregularidades no Samu e que teria sido denunciado ao meu gabinete, sem providências. Minha chefe de gabinete não sabia. Foi procurar em todos lugares possíveis e não se encontrou denúncia”, relatou o vice-governador.
“Naquela noite, recebi o relato de uma servidora que trabalha no departamento de assessoria institucional, não era na minha antessala ou em uma tarefa que reporte diretamente a mim, que havia recebido uma pessoa e orientado a apresentar provas e formalizar a denúncia. Não aconteceu”, continuou Gabriel.
Leite se disse indignado com os fatos revelados pela denúncia: “Os fatos que vieram a público nos causam profunda indignação. Estamos atuando, como o governo sempre atuou. Todo esforço do governo foi sempre de qualificar o atendimento em saúde”.
No momento, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) realiza uma sindicância para apurar a fraude na escala e o não cumprimento dos horários por parte de médicos do Samu. A apuração iniciou em 27 de agosto e tem previsão de duração de 30 dias.
Até o momento, foram afastados o diretor de regulação da SES, Eduardo Elsade, e o coordenador do Samu no Estado, Jimmy Herrera, além de uma das médicas envolvidas no esquema.
Governo defende avanço no Samu
Durante a coletiva, o governo apresentou um balanço da prestação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) no Estado. Os indicadores apontam redução no tempo médio de resposta aos atendimentos solicitados na emergência.
O tempo médio dos chamados de socorro, entre a entrada da ligação para a emergência e a chegada da equipe no local de atendimento, que chegou a ser de mais de 32 minutos em agosto de 2018, no mesmo mês de 2023 está em 22 minutos e 31 segundos.
“Nos causa indignação o não cumprimento de escalas, mas é importante reforçar que a prestação do serviço funciona e temos muitos bons profissionais cumprindo seus papéis”, defendeu o governador Eduardo Leite (PSDB).
O levantamento, contudo, não demonstrou o tempo médio para as respostas dos médicos reguladores, que precisam indicar a medicação e o hospital que o paciente deve ser encaminhado durante os atendimentos dos socorristas do Samu. Segundo denúncia realizada por socorrista não identificado à RBS TV, esse tempo de espera pode chegar até 30 minutos.
“É importante separar situações que têm ocorrido de forma isolada do que acontece. São mais de 700 ligações por dia. Naturalmente, cada vez que há uma situação fora da média, é uma vida humana. Temos que ter essa compreensão de não fazer as ações na gestão da saúde simplesmente nas estatísticas. O governo tem essa consciência. Mas é importante dizer que casos isolados não representam o que é a regra do Samu”, respondeu Leite, após questionamento da reportagem.
O tempo médio dos chamados de socorro, entre a entrada da ligação para a emergência e a chegada da equipe no local de atendimento, que chegou a ser de mais de 32 minutos em agosto de 2018, no mesmo mês de 2023 está em 22 minutos e 31 segundos.
“Nos causa indignação o não cumprimento de escalas, mas é importante reforçar que a prestação do serviço funciona e temos muitos bons profissionais cumprindo seus papéis”, defendeu o governador Eduardo Leite (PSDB).
O levantamento, contudo, não demonstrou o tempo médio para as respostas dos médicos reguladores, que precisam indicar a medicação e o hospital que o paciente deve ser encaminhado durante os atendimentos dos socorristas do Samu. Segundo denúncia realizada por socorrista não identificado à RBS TV, esse tempo de espera pode chegar até 30 minutos.
“É importante separar situações que têm ocorrido de forma isolada do que acontece. São mais de 700 ligações por dia. Naturalmente, cada vez que há uma situação fora da média, é uma vida humana. Temos que ter essa compreensão de não fazer as ações na gestão da saúde simplesmente nas estatísticas. O governo tem essa consciência. Mas é importante dizer que casos isolados não representam o que é a regra do Samu”, respondeu Leite, após questionamento da reportagem.
PGE prepara normativa para aumentar denúncias em canais oficiais
Até esta quarta-feira (6), será publicada uma Ordem de Serviço (OS) orientando os servidores públicos sobre como proceder em caso de denúncias informais. O documento está sendo preparado pela Procuradoria-Geral do Estado (PGE).
“Nós sabemos que todo servidor público pode ser acionado, muitas vezes por competências de outras pastas, e ter ciência de denúncias. Evidentemente que essa não é a forma apropriada. Precisamos que seja ao canal específico da ouvidoria, que é o órgão central, para que essa denúncia possa chegar aos órgãos competentes”, afirmou o procurador-geral Eduardo Cunha da Costa.
“Nós sabemos que todo servidor público pode ser acionado, muitas vezes por competências de outras pastas, e ter ciência de denúncias. Evidentemente que essa não é a forma apropriada. Precisamos que seja ao canal específico da ouvidoria, que é o órgão central, para que essa denúncia possa chegar aos órgãos competentes”, afirmou o procurador-geral Eduardo Cunha da Costa.


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