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Câmara de Porto Alegre

- Publicada em 26 de Fevereiro de 2023 às 17:17

PT deve barrar refiliação do vereador Marcelo Sgarbossa ao partido

Atualmente sem partido, Sgarbossa exerce mandato de vereador na Câmara Municipal de Porto Alegre

Atualmente sem partido, Sgarbossa exerce mandato de vereador na Câmara Municipal de Porto Alegre


Ederson Nunes/CMPA/Divulgação/JC
A Executiva municipal de Porto Alegre do Partido dos Trabalhadores (PT) se reúne nesta segunda-feira (27), às 18h, para novamente deliberar sobre o pedido de impugnação da refiliação do vereador Marcelo Sgarbossa, atualmente sem partido. A tendência é de manutenção da decisão que impediu a volta de Sgarbossa ao PT.A disputa de suplentes, que se arrasta no ambiente interno do PT desde o início deste ano, teve origem em 2021. Sgarbossa, então sem mandato, deixou o PT para se filiar ao PV, em uma tentativa de puxar a sigla para a esquerda em uma federação com os petistas, mirando as eleições gerais de 2022. Na época, Sgarbossa havia ficado de fora da bancada do PT na Câmara Municipal – o partido conquistou quatro cadeiras na a Câmara da Capital em 2020, com Leonel Radde (5,6 mil votos), Laura Sito (5,4 mil), Jonas Reis (5,1 mil) e Aldacir Oliboni (4,6 mil). Sgarbossa foi eleito segundo suplente.Ocorre que Radde e Sito foram eleitos deputados estaduais no ano passado. Reginete Bispo, primeira suplente do partido com 4 mil votos, renunciou ao cargo para ser deputada federal em Brasília, no lugar de Paulo Pimenta, que assumiu como ministro na Secretaria de Comunicação Social (Secom) em 2023. A lista de suplência, para duas cadeiras vagas, era Sgarbossa (3,8 mil votos), Engenheiro Comassetto (3,4 mil) e Adeli Sell (2,3 mil). Sgarbossa, então, tentou retornar ao PT para assumir cadeira na Câmara pelo partido. A refiliação do vereador foi alvo de pedido de impugnação por parte de Adeli, que acredita ter direito à cadeira. Em 31 de janeiro, o PT decidiu impugnar a filiação do ex-petista por “ato de infidelidade partidária”. Mesmo assim, Sgarbossa assumiu como vereador sem partido em 2 de fevereiro de 2023 e recorreu internamente da decisão. Agora, o partido voltará a julgar o caso após coletar as oitivas de Sgarbossa e Adeli, que puderam realizar argumentação oral e por escrito para a executiva do PT de Porto Alegre. A tendência é de que o resultado se mantenha o mesmo. “Como já tivemos esse processo e uma decisão, que precisou ser revista em função do prazo de direito de resposta, acredito que vai ser mais simples. Vamos abrir a discussão e será feita uma votação de maioria simples. Acredito que vai se manter a decisão anterior, pelo menos pelo que pude observar por conversas”, descreveu Maria Celeste, presidente do PT de Porto Alegre. Apesar de a decisão parecer encaminhada, apenas dois votos de diferença impugnaram a decisão de Sgarbossa. Em tese, o vereador precisaria convencer apenas um dos dirigentes a mudar de lado. Participam da reunião, além de Celeste, outros 14 membros da executiva municipal e o líder da bancada  na Câmara Municipal, Jonas Reis.
A Executiva municipal de Porto Alegre do Partido dos Trabalhadores (PT) se reúne nesta segunda-feira (27), às 18h, para novamente deliberar sobre o pedido de impugnação da refiliação do vereador Marcelo Sgarbossa, atualmente sem partido. A tendência é de manutenção da decisão que impediu a volta de Sgarbossa ao PT.

A disputa de suplentes, que se arrasta no ambiente interno do PT desde o início deste ano, teve origem em 2021. Sgarbossa, então sem mandato, deixou o PT para se filiar ao PV, em uma tentativa de puxar a sigla para a esquerda em uma federação com os petistas, mirando as eleições gerais de 2022.

Na época, Sgarbossa havia ficado de fora da bancada do PT na Câmara Municipal – o partido conquistou quatro cadeiras na a Câmara da Capital em 2020, com Leonel Radde (5,6 mil votos), Laura Sito (5,4 mil), Jonas Reis (5,1 mil) e Aldacir Oliboni (4,6 mil). Sgarbossa foi eleito segundo suplente.

Ocorre que Radde e Sito foram eleitos deputados estaduais no ano passado. Reginete Bispo, primeira suplente do partido com 4 mil votos, renunciou ao cargo para ser deputada federal em Brasília, no lugar de Paulo Pimenta, que assumiu como ministro na Secretaria de Comunicação Social (Secom) em 2023.

A lista de suplência, para duas cadeiras vagas, era Sgarbossa (3,8 mil votos), Engenheiro Comassetto (3,4 mil) e Adeli Sell (2,3 mil).

Sgarbossa, então, tentou retornar ao PT para assumir cadeira na Câmara pelo partido. A refiliação do vereador foi alvo de pedido de impugnação por parte de Adeli, que acredita ter direito à cadeira.

Em 31 de janeiro, o PT decidiu impugnar a filiação do ex-petista por “ato de infidelidade partidária”. Mesmo assim, Sgarbossa assumiu como vereador sem partido em 2 de fevereiro de 2023 e recorreu internamente da decisão.

Agora, o partido voltará a julgar o caso após coletar as oitivas de Sgarbossa e Adeli, que puderam realizar argumentação oral e por escrito para a executiva do PT de Porto Alegre.

A tendência é de que o resultado se mantenha o mesmo. “Como já tivemos esse processo e uma decisão, que precisou ser revista em função do prazo de direito de resposta, acredito que vai ser mais simples. Vamos abrir a discussão e será feita uma votação de maioria simples. Acredito que vai se manter a decisão anterior, pelo menos pelo que pude observar por conversas”, descreveu Maria Celeste, presidente do PT de Porto Alegre.

Apesar de a decisão parecer encaminhada, apenas dois votos de diferença impugnaram a decisão de Sgarbossa. Em tese, o vereador precisaria convencer apenas um dos dirigentes a mudar de lado. Participam da reunião, além de Celeste, outros 14 membros da executiva municipal e o líder da bancada  na Câmara Municipal, Jonas Reis.
O PT já decidiu que vai ingressar na Justiça para recuperar a cadeira hoje ocupada por Sgarbossa para o partido.

A bancada do PT na Câmara de Porto Alegre

O PT elegeu quatro vereadores em Porto Alegre na eleição municipal de 2020.
Leonel Radde - 5.611 votos - renunciou para assumir como deputado estadual em 2023
Laura Sito - 5.390 votos - renunciou para assumir como deputada estadual em 2023
Jonas Reis - 5.133 votos - exerce mandato de vereador, é lider da bancada do PT
Aldacir Oliboni - 4.612 votos - exerce mandato de vereador na Capital
Reginete Bispo - 4.008 votos - renunciou para assumir como deputada federal em 2023
Marcelo Sgarbossa - 3.770 votos - primeiro suplente, assumiu o mandato de vereador em 2023; como havia se defiliado do PT, pode perder o mandato para o partido
Engenheiro Comassetto - 3.419 votos - eleito suplente, exerce mandato de vereador na Capital
Adeli Sell - 2.344 votos - eleito suplente de vereador, pode asssumir como vereador, caso o PT retome a cadeira ocupada por Sgarbossa